Que é isso? Perguntei-me. Amar devagar, amar sem pressas, com todo o tempo do mundo... talvez. E como fazê-lo? À boleia deste título, rolei nas suas ondas, viajei por esquinas e socalcos até à percepção de uma realidade que vive tão perto, tão ao nosso lado.
Percorri as ruas e os corações do Bairro, mas antes segui o Ripas e o amigo, em visita ao irmão na prisão, o Palhas, 19 anos, e que à notícia: O Palhas, enforcou-se!, mostra todo o seu sentimento de desespero e impotência nesta expressão: Fosga-se man! O Palhas?
Segui a sotôra Marília, nas suas reflexões, ela que tem uma turma de repetentes, que não só repetiam a escola, mas a vida dia após dia...Um desfile de jovens por amar: A Cecília, a Susana, a Rosa, o André, o Rui, o Cravo, a Luísa, a Carla, a Joana, o Alfredo, o Miguel...
Destas vidas já com marcas tão profundas, detenho-me um momento junto ao Cravo. Miúdo de 14 anos, que ajudava a mãe no seu sonho de um dia saírem do bairro. E conseguiram-no. Contudo, não estão felizes. Oiço a Cecília dizer ao ouvido do Rui, em coma, depois de uma intervenção cirúrgica que correu mal: -Não entendo por que é que as pessoas são assim. O Cravo e a mãe mereciam aplausos e vai a ver-se e afinal...Andam infelizes e algumas pessoas riem-se deles e acham que não deviam ter saído do bairro da Terra Salgada.
Destas vidas já com marcas tão profundas, detenho-me um momento junto ao Cravo. Miúdo de 14 anos, que ajudava a mãe no seu sonho de um dia saírem do bairro. E conseguiram-no. Contudo, não estão felizes. Oiço a Cecília dizer ao ouvido do Rui, em coma, depois de uma intervenção cirúrgica que correu mal: -Não entendo por que é que as pessoas são assim. O Cravo e a mãe mereciam aplausos e vai a ver-se e afinal...Andam infelizes e algumas pessoas riem-se deles e acham que não deviam ter saído do bairro da Terra Salgada.
Mas, a principal preocupação deste rapaz é a Luísa, ela que sofrera um inferno de 23 dias nas mãos de um desconhecido e que agora não sai de casa e leva uma vida apática. Contara à mãe o problema dela, ainda na velha barraca, e ali chorara lágrimas sentidas, sentindo as dores dela dentro do seu próprio peito.. Se isso não era amor era uma coisa muito parecida.
A mãe dissera-lhe com uma voz muito rara de sabedoria:
-É preciso amar devagar.
- Não entendo.
-O amor não quer pressas nem sobressaltos. Nem que aconteça antes de ter mesmo de acontecer.
- Não entendo.
-O amor é como a certeza da Lua no céu, mesmo que não se veja fica connosco se for verdadeiro e volta se tiver de voltar, porque nunca chegou a partir.
Tantas coisas para aprender. Tanta vida ainda para cumprir. Diz-nos o autor, isso e tantas outras coisas, pois a vida destes personagens continua nas páginas deste livro de 127 páginas, sem pressas. Um livro cheio. Incrível. É assim, Alexandre Honrado, escreve com o coração, com a alma, com a sageza de quem sabe observar o que se passa à nossa volta.
E, pela sua mão, fiz-me parte desta história. Diria como Laurinda Palma, 16 anos: "Li o primeiro volume, 'lágrimas quebradas', e quando comecei a ler este julguei que ia saber tudo sobre os personagens. Acabei o 'é preciso amar devagar' e sinto-me amiga de todos eles. Não sei se quero saber como acabam as histórias. Só quero que a vida lhes corra bem."
Uma boa semana.
Abraço
Olinda
***
Referências:
Alexandre Honrado
É preciso amar devagar
2001-Colecção: Casos Reais
****
Querida amiga
É PRECISO AMAR DEVAGAR...
Amar exige cuidado.
Sentir o perfume para entendê-lo.
Aprender o gosto para entender o alimento.
Amar exige paciência.
Com o outro e com nós mesmos.
Paciência para entender o ritmo do outro
E também o nosso ritmo,
E como consequência entender o ritmo do amor.
Assim, é preciso amar sem pressa.
Amar é um milagre,
E aprender a senti-lo, também...
Que o amor nos vista a vida,
com as suas mais preciosas cores...
****
Obrigada, Caro Aluísio, por estas belas palavras.
Grande abraço.
Olinda
É PRECISO AMAR DEVAGAR...
Amar exige cuidado.
Sentir o perfume para entendê-lo.
Aprender o gosto para entender o alimento.
Amar exige paciência.
Com o outro e com nós mesmos.
Paciência para entender o ritmo do outro
E também o nosso ritmo,
E como consequência entender o ritmo do amor.
Assim, é preciso amar sem pressa.
Amar é um milagre,
E aprender a senti-lo, também...
Que o amor nos vista a vida,
com as suas mais preciosas cores...
****
Obrigada, Caro Aluísio, por estas belas palavras.
Grande abraço.
Olinda
Minha querida amiga Olinda !!!
ResponderEliminarPerdoa-me por estar um pouco ausente,
Mas estou com problemas no PC, no
Navegador e em meu Incredimail há
Mais de 2 semanas. Já estou buscando
Um técnico para acertá-lo.
Passando para lhe desejar-lhe um belo
Carnaval com muita alegria e amor.
Que Haja muitas luzes em seus caminhos.
Beijos de Luz,
POETA CIGANO – 03/03/2014
http://carlosrimolo.blogspot.com
“Poesias do Poeta Cigano”
Obs: No lado direito do meu Blogue,
Embaixo, no “Selos para os amigos”,
Tem um mimo para seu belíssimo Blogue.
“ESTE BLOGUE VALE OURO”. Basta
Copiá-lo (Capturá-lo) para seus arquivos ,
Salvá-lo e colá-lo em seu Blogue. Você é uma
Amiga especial e me sentiria honrado.
.........................................................................
Querida amiga
ResponderEliminarVenho lhe desejar um bom carnaval.
Tudo do melhor para voce
Abraço amigo
Maria Alice
Na verdade
ResponderEliminarem vagarosos instantes
Bj
Querida amiga
ResponderEliminarÉ PRECISO AMAR DEVAGAR...
Amar exige cuidado.
Sentir o perfume para entendê-lo.
Aprender o gosto para entender o alimento.
Amar exige paciência.
Com o outro e com nós mesmos.
Paciência para entender o ritmo do outro
E também o nosso ritmo,
E como consequência entender o ritmo do amor.
Assim, é preciso amar sem pressa.
Amar é um milagre,
E aprender a senti-lo, também...
Que o amor nos vista a vida,
com as suas mais preciosas cores...
Muito interessante o livro, cheio de histórias cheias, elas também, de vida!
ResponderEliminarBeijinhos, boa noite!
que texto lindo. :}
ResponderEliminarDevagar desfrutamos o sabor das coisas!
:}
É preciso amar intensamente ........e fugir de
ResponderEliminartodos os carnavais.....
Abraço
Amar devagar... sou adepto desse desporto.
ResponderEliminarPara correrias já basta a vida em geral.
Olinda, tem um bom resto de semana.
Beijos.
A propósito dos vagares, deixo-te um poema meu de Janeiro, que não sei se leste:
Pertenço à multidão,
que sei temporária, de pássaros
indiferentes aos ramos
cada vez mais desusados,
já sem a esperança de frutos.
Espero, sereno,
a migração sem retorno,
não com a pressa da vida,
mas no passo ronceiro da lesma,
a menos que venha a ser empurrado.
Enquanto aguardo, prefiro o pousio
das tuas asas de ave sedenta
e pensar-me perpétuo,
que o perene germina
se na doçura o semeiam.
Acredita, meu amor, sou um pássaro
a salvo do alvoroço do tempo
e talvez a predição
de uma alvorada permanente.
Sou vagarosamente teu.
Nilson Barcelli
Minha querida
ResponderEliminarÉ preciso amar e cada vez essa palavra tem menos significado. Adorei o texto. Nunca li esse livro, mas deve ser interessante.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Muito bonito texto!!! É preciso até viver devagar, mas não nos deixam!
ResponderEliminarBeijinhos ;)
Um livro a ler, querida Olinda! Não conhecia, mas será a minha próxima leitura. Amar é preciso, mas sempre devagar, sem correrias, porque ele não foge; não o verdadeiro; esse fica para sempre, mesmo que a vida o interrompa, pois esse é o destino de todos nós e, portanto de todos os amores. mas...vai-se o corpo, fica o amor transformado em recordação...em saudade. Como dizia alguém.
ResponderEliminar: " saudade é o amor que fica. Muito obrigada, amiga, por mais esta maravilhosa partilha!. Beijinhos e bom fim de semana, hoje com um sol lindo.
Emília
Pareceu-me que a obra dele desvenda vidas em caminhos nem sempre prazerosos. Mas releva o amor, fonte de inspiração. Este sentimento não tem urgências, próprias da paixão. Há que ser alimentado com cautela e vagar. Bjs.
ResponderEliminarAdoro Alexandre Honrado!
ResponderEliminarTenho o prazer de o ter como amigo!