segunda-feira, 30 de junho de 2025

Em que língua escrever?






'Em que língua escrever
As declarações de amor?
Em que língua cantar
As histórias que ouvi contar?

Em que língua escrever
Contando os feitos das mulheres
E dos homens do meu chão?
Como falar dos velhos
Das passadas e cantigas?
Falarei em crioulo?
Mas que sinais deixar
Aos netos deste século?
Ou terei de falar
Nesta língua lusa
E eu sem arte nem musa
Mas assim terei palavras para deixar
Aos herdeiros do nosso século
Em crioulo gritarei
A minha mensagem
Que de boca em boca
Fará a sua viagem
Deixarei o recado
Num pergaminho
Nesta língua lusa
Que mal entendo
Ou terei de falar
Nesta língua lusa
E eu sem arte nem musa
Mas assim terei palavras para deixar
Aos herdeiros do nosso século
Em crioulo gritarei
A minha mensagem
Que de boca em boca
Fará a sua viagem

Deixarei o recado
Num pergaminho
Nesta língua lusa
Que mal entendo
E ao longo dos séculos
No caminho da vida
Os netos e herdeiros
Saberão quem fomos




Apesar de ter nascido solta e desenvolta, livre, ainda há quem pense ser dela o dono policiando no escuro a língua, não vá um mal-intencionado beliscar um acento ou acrescentar uma abertura em lugar incerto ou, ainda, quem sabe?, virgular o que deve ser pontofinalizado. 
Mas a língua não se importa que a façam voar em vozes e falas, que a enrolem em pergaminhos, folhas simples ou papel reciclado; o certo é que em silêncio ela grita e mesmo quando, inseguros, nela deitamos a mão... questionando... a língua é sempre testemunha.




Canta Tchuba
Eneida Marta






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Odete Semedo -aqui no Xaile de Seda
 

sábado, 28 de junho de 2025

São Pedro Apóstolo

 

Desafio de 

Juvenal Nunes

Blogue - Palavras aladas





São Pedro, pescador  de  almas
de chaves bem presas à ilharga
chama todos e livra das chamas
trabalho bem feito com ternura

Abre as portas, corre pressuroso
os anjos ajudam na grande tarefa 
de juntar bom rebanho venturoso
ofício tem mais ajudas sem blefa

Pois seremos todos eleitos, penso
temos o Francisco a cuidar de nós
o Leão cá em baixo a rezar o terço
bons protectores, estes apóstolos! 

Olinda





Conjunto Típico Os Lusitanos
Ó São Pedro popular



O dia 29 de Junho é celebrado como o Dia de São Pedro, na Póvoa de Varzim e Sintra. Esta data foi escolhida em referência à tradição católica de celebrar o martírio de São Pedro e São Paulo, ambos considerados os principais santos da Igreja Católica. Neste mesmo dia é celebrado o dia do Papa, visto São Pedro ter sido o primeiro Papa da Igreja Católica.



***



Olá, amigo Juvenal
Em vez de uma quadra fiz três, mas nem
por isso melhoraram.
Não sei se elas, as quadras, obedecem
a alguma regra, procurei rimar, ficaram
um pouco sem graça, mas já sabe não
sou muito de versos. :)

Obrigada pela sua gentileza.

Abraços a todos.


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quarta-feira, 25 de junho de 2025

MÊS DOS ENAMORADOS (4)



Comemoração do Dia dos Enamorados, no Brasil, 
12 de Junho
Convite da Amiga Rosélia
Blog: AmorAzul


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Jamais esqueci o seu nome.
 
Eu, menina, no Liceu, passava toda senhora de mim, 
e olhava sempre em frente. 

Parecia que o mundo era meu e tudo o que gravitava 
à minha volta não tinha importância alguma. 

Ele andava alguns passos atrás, nos intervalos, 
e fazia tudo para se fazer notado. 

Um dia fez chegar até mim um papel todo dobradinho. 

O meu primeiro impulso foi deitá-lo fora. Contudo, 
a minha curiosidade foi mais forte. 

A principio não percebi bem do que se tratava, mas 
por fim consegui ver além do óbvio. 

Era o meu nome ao contrário, em acróstico, 
num poema singelo e belo. 

Impressionou-me. 

Emocionei-me. 

Tentei agradecer a sua delicadeza e quase devoção. 

Debalde. 

Ele tinha seguido viagem com outros da sua idade, 
para continuar os estudos. 

Percebi que o seu gesto tinha sido uma despedida. 
Conservei a sua dádiva. 

Por vezes, uso o nome que ele inverteu e escreveu
no papelinho. 

E jamais esqueci o dele.
 
De coração de pedra, aparentemente, passei a 
assumir o meu verdadeiro eu.

Aprendi a lição...


Olinda


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Tema desta semana:
Coração de Pedra



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Imagem: pixabay

domingo, 22 de junho de 2025

Contrição





           (a pretexto de uma mulher de Portinari
           que lembra Picasso (ou Antonello?
)

Meus versos já têm o seu detractor sistemático:
uma misoginia desocupada entretém os ócios
compridos, meticulosamente debruçada sobre
a letra indecisa de meus versos.
Em vigília atenta cruza o périplo das noites
de olhos perdidos na brancura manchada do papel,
progredindo com infalível pontaria
na pista das palavras e seus modelos.

Aqui se detecta Manuel Bandeira e além
Carlos Drummond de Andrade também
brasileiro. Esta palavra vida
foi roubada a Manuel da Fonseca
(ou foi o russo Vladimir Maiacovsky
quem a gritou primeiro?). Esta,
cardo, é Torga indubitável, e
se Deus Omnipresente se pressente,
num verso só que seja, é um Deus
em segunda trindade, colhido no Régio
dos anos trinta. Se me permito uma blague,
provável é que a tenha decalcado em O’Neill
(Alexandre), ou até num Brecht
mais longínquo. Aquele repicar de sinos
pelo Natal é de novo Bandeira (Porque não
Augusto Gil, António Nobre, João
de Deus?). Estão-me interditas,
com certos ritmos, certas palavras. Assim,
não devo dizer flor nem fruto,
tão-pouco utilizar este ou aquele nome próprio,
e ainda certas formas da linguagem comum,
desde o adeus português (surrealista)
ao obrigatório bom-dia! (neo-realista).
Escrevendo-o quantos poetas, sem o saber,
mo interditavam apenas a mim; a mim, perplexo
e interrogativo, perguntando-me, desolado:
— E agora, José?, isto é, — E agora, Rui?

Felizmente, é pouco lido o detractor de meus versos,
senão saberia que também furto em Vinícius,
Eliot, Robert Lowell, Wilfred Owen
e Dylan Thomas. No grego Kavafi,
no chinês Po-Chu-I, no turco
Pir Sultan Abdal, no alemão
Gunter Eich, no russo André Vozenesensky
e numa boa mancheia de franceses. Que desde
a Pedra Filosofal arrecado em Jorge de Sena.
Que subtraio de Alberto de Lacerda
e pilho em Herberto Hélder e que
— quando lá chego e sempre que posso —
furto ao velho Camões. Que, em suma,
roubando aos ricos para dar a este pobre,
sou o Robin Hood dos Parnasos e das Pasárgadas.

Mas bastando-lhe o pouco que sabe de meus delitos,
e sem esse tanto que ignora, o detractor de meus versos.
relata circunstanciadamente e com detalhes perversos,
a feia história de meus feios actos.
A distracção de grupos sonolentos
acorda enfim para o timbre esquisito do meu nome
(Na sombra envenenada se entretece
o primeiro braçado dos louros que hão-de
cingir-me a fronte…). Por isso não quero mal
ao detractor de meus versos. Antes lhe quero
bem. Pela teimosa persistência do seu trabalho
vigilante é afinal um detractor amoroso,
o sistemático detractor de meus versos.

Rui Knopfli

(de Mangas Verdes com Sal, 1969)


Rui Manuel Correia Knopfli (InhambaneMoçambique10 de agosto de 1932 - Lisboa25 de dezembro de 1997), foi um poetadiplomata e crítico literário e de cinema português.




Veja aqui a interessante biografia de
Rui Knopfli  



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Poema -  aqui
Considerações sobre a escrita de Rui Knopli - aqui
Imagem: pixabay

terça-feira, 17 de junho de 2025

MÊS DOS ENAMORADOS (3)

 



Comemoração do Dia dos Enamorados, no Brasil, 
12 de Junho
Convite da Amiga Rosélia
Blog: AmorAzul

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Amor generoso

Como um ramo de rosmaninho tão cheiroso nestes tempos de raiva, trouxeste-me alvíssaras da minha terra amada. De lá também recebi pelas tuas mãos uma cartinha perfumada de quem sinto saudades.
 
Saudades que enchem o peito de pena pelo sofrimento dos que lá vivem e que são perseguidos pelas vicissitudes e pelas injustiças cada dia mais atrozes.
 
Tu vieste, enfrentando perigos que eu sei enormes, e a que não deste importância porque o que desejavas era chegar até mim e consolar-me.
 
Senti que me tinhas trazido o céu, um céu estrelado com cânticos de anjos, um dia cheio de sol com flores de várias cores, um mar azul com veleiros no horizonte.
 
Por momentos, esqueci o mundo desfeito que tenho à minha volta e apreciei a generosidade do amor que me dedicas, tão grande como a imensidão do oceano.

Por tudo isso, sinto que por mais anos que viva serás sempre aquele por quem o meu coração baterá e que terei em ti o esteio por que sempre ansiarei.

Olinda

 


***



LURA
Só um cartinha



Tema desta semana:
Amor generoso


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Imagem flores: pixabay

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Aminimigos?





Ouvi há dias, na TV, não sei em que canal e em que contexto, este termo: aminimigo. Talvez em algum comentário, mas no momento não pude prestar atenção. Contudo, percebi que se tratava de amigo e inimigo aglutinados e lembrei-me de George Orwell no seu 1984, em que aborda a destruição das palavras na óptica de Winston (personagem renitente, mas que acaba por soçobrar) e de outro interveniente, Syme, que trabalha no ministério dedicado a essa função e que parecia ser a política vigente. 

Segundo a ideologia do Grande Irmão ou Big Brother a ideia era simplificar, criando uma novilíngua, com palavras que seriam perfeitamente compreensíveis sem se ter de acrescentar mais nada. Enquanto que uma palavra pode ter diversos significados na velhílíngua, nessa nova visão, crimepensar, duplopensar, imbom, e muitas outras seriam suficientes sem necessidade de haver sinónimos e antónimos. Assim sendo, um Dicionário estava a ser elaborado e até 2050 não haveria qualquer palavra obsoleta.

Sabemos que o termo aminimigo não foi criado agora. Aparece na imprensa em 1953 e parece querer descrever relações pessoais, geopolíticas e comerciais tanto entre indivíduos quanto entre grupos ou instituições. Este termo também descreve uma amizade competitiva.

Portanto, preparemo-nos. Temos abreviaturas, mas isso já vem desde a Idade Média. Engolem-se palavras, sendo eliminadas tanto da escrita como oralmente... Lêem-se textos com siglas e acrónimos de instituições que muitas vezes não conseguimos identificar. Temos a IA que pensa por nós, produz textos, activa conexões, cria imagens de acordo com as nossas instruções. Temos vozes que vêm do além e que contam as suas vidas...  robots que poderão fazer os trabalhos mais pesados ou porque a tecnologia tem de avançar e sempre é mais cómodo...

Enfim, os pobres continuarão pobres, a guerra e a fome continuarão a fazer estragos. A falta de compaixão e as intrigas permanecerão.

Eu sei. 
Pareço o Velho do Restelo.


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Aminimigo

Imagem: pixabay

quinta-feira, 12 de junho de 2025

Meu Santo Antoninho


Hoje é dia de desfile das marchas populares. Haverá trajes brilhantes, manjericos, música alta, dançares. Tudo para manter a tradição e, ao fim e ao cabo, para ver qual o bairro que consegue fazer melhor e no fim haverá um prémio depois de um ano de intenso trabalho e sacrifício. Trata-se de pessoas que têm o seu trabalho, que labuta no dia-a-dia e ao fim do dia arranja forças para dar voz e corpo a essa manifestação cultural.

Gosto de sardinha assada, do cheiro dos manjericos, do ambiente de festas nos recantos dos bairros de Alfama, Mouraria, Madragoa. Alguns desses bairros, como sabemos, vão a pouco e pouco perdendo as suas características populares. Muitos estão pejados de alojamentos locais, a bem do turismo. Contudo, ainda se sentem os cheiros e os sabores e a espontaneidade das gentes.





Santo António de Lisboa (ou de Pádua?), é, decididamente, o Santo de Lisboa. O seu dia é feriado municipal. Embora mais conhecido como santo casamenteiro foi um intelectual famoso da Idade Média, com um admirável dom como pregador, com uma eficácia tanta que lhe foi dado o apelido de malleus hereticorum (o martelo dos heréticos).

E hoje temos outro famoso intelectual, escritor, marca indelével da Literatura Portuguesa. Homem que não só escreve em nome próprio como em nome dos heterónimos que criou, dando-lhes vida e personalidade. Já se sabe de quem se trata: Fernando Pessoa ou seja Fernando António Nogueira Pessoa, nascido a 13 de Junho de 1388.

A seguir, um excerto do poema de Fernando Pessoa dedicado a Santo António:




SANTO ANTÓNIO

Nasci exactamente no teu dia —

Treze de Junho, quente de alegria,

Citadino, bucólico e humano,

Onde até esses cravos de papel

Que têm uma bandeira em pé quebrado

Sabem rir...

Santo dia profano

Cuja luz sabe a mel

Sobre o chão de bom vinho derramado!


Santo António, és portanto

O meu santo,

Se bem que nunca me pegasses

Teu franciscano sentir,

Católico, apostólico e romano.


(excerto)


Hoje à noite é o desfile das Marchas Populares, como referi acima. Amanhã digo-vos o nome do Bairro que ganhou.

Abraços.
Olinda

Nota

Ontem foi o dia dos Noivos de Santo António, 16 ao todo.

Houve duas Marchas vencedoras ex aequo: a Marcha de Alcântara e a Marcha do Bairro Alto.


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Imagens: net

Poema de Fernando Pessoa: aqui

terça-feira, 10 de junho de 2025

10 de Junho

 



Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Também dia do Anjo Custódio de Portugal. Dia cheio de efemérides.

Neste ano há uma coisa nova: 14 personagens desempenham numa peça de teatro, tendo como pano de fundo "Os Lusíadas", a obra do imortal Luís Vaz de Camões, várias perspectivas sobre a actualidade do país. Vai acontecer no Porto, no Teatro Carlos Alberto, no Porto.  

A peça de teatro intitula-se "Babel". São 14 histórias contadas ao telemóvel, de imigração, de racismo, de empresários machistas... Enfim, vejam aqui. Lembrei-me de Gil Vicente que, com as suas farsas, criticava os vários tipos da sociedade portuguesa.

Diz o Expresso:
Cinco séculos após o seu nascimento, Camões volta ao centro do debate. Quem foi o autor de Os Lusíadas - génio literário, aventureiro ou mito?
Neste podcast especial, gravado na Biblioteca Nacional de Portugal, damos a ouvir um ciclo de debates que explora a vida, a obra e os mistérios que ainda envolvem o autor de Os Lusíadas. Uma viagem sonora pela história e lenda de uma das figuras mais fascinantes da lusofonia.




O culto ao Anjo Custódio de Portugal vem desde D. Manuel I. A sua devoção quase desapareceu depois do Sec.XVII, tendo sido restaurada em 1952 e a sua comemoração foi incluída no calendário litúrgico de 10 de Junho. Terá surgido a D. Afonso Henriques na Batalha de Ourique.

Bom feriado, meus amigos.
Abraços 
Olinda



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Nota: As Comemorações do "10 de Junho" decorrem em Lagos, lugar onde  se verificou o desembarque dos primeiros escravos negros, em 1444.

.As Comemorações dos 500 anos do nascimento de Camões vão até 2026.

.Dia para, também, homenagear as Forças Armadas

imagens: net

domingo, 8 de junho de 2025

MÊS DOS ENAMORADOS (2)

 


Comemoração do Dia dos Enamorados, no Brasil, 
12 de Junho
Convite da Amiga Rosélia
Blog: AmorAzul

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Amantes Enamorados


Sempre soube que eras a minha alma gémea. 

Esperei por ti toda a vida e quando chegaste já era um pouco tarde.

 Entre problemas e dificuldades procurámos idealizar esse amor quase no fio da navalha. 

Obstáculos vários concorreram para a não realização desse desejo. 
Para não magoarmos outros que dependiam de nós preferimos sacrificar as nossas vidas.
 
O tempo que escoou jamais regressaria, não com aquela pureza que sempre almejei.
 
O passado ficou no passado.
 
Hoje, sempre que te vejo passar sinto em minha alma o que não vivemos e que poderia ter sido belíssimo. 

Talvez não estivéssemos destinados um ao outro.
 
Contudo, sinto que perdi algo de muito precioso e que poderia preencher o vazio que há em mim.

Olinda




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Marisa Monte
Amor I Love You



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imagem: pixabay

sábado, 7 de junho de 2025

Em todas as ruas te encontro...

 



Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco




...Militante e defensor acérrimo do Surrealismo, Mário Cesariny de Vasconcelos (1923-2006) dirá mais tarde: “Eu acho que se se é surrealista, não é porque se pinta uma ave, ou um porco de pernas para o ar. 
É-se surrealista porque se é surrealista!”. aqui







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Poema: daqui
consta do livro Pena Capital (1957)
Cesariny-Serigrafia 1997

Casa da Liberdade de Mário Cesariny- aqui

terça-feira, 3 de junho de 2025

MÊS DOS ENAMORADOS (1)

 


Comemoração do Dia dos Enamorados, no Brasil, 
12 de Junho
Convite da Amiga Rosélia
Blog: AmorAzul




Consolem o meu Pedro


Menina e moça que saiu da casa de seus pais

e do seu país, casando com Pedro

também jovem e moço 

humano  e sensível


Festejada a sua chegada a esta terra

desconhecida, gostou de Sintra que

 lhe lembrou a sua terra, mais do 

que de Lisboa


Mas é ali que se encontra o

Hospital pediátrico que o jovem Pedro

mandou fundar, e que tem o seu nome:

Estefânia


Menina e moça deixou este mundo,

seguida por Pedro, o "Bem-amado", filantropo,

 que fundou obras

meritórias, pondo acima de tudo o

seu amor pelos outros 


Consolem o meu Pedro, consta

que terá dito esta frase, mal sabendo

que cedo se haviam de reencontrar  

numa outra dimensão.


Olinda 



Embora o tema desta semana verse sobre Castelos e, obviamente, deveria ter trazido o Castelo dos Mouros, optei por publicar este video sobre o Palácio da Pena que nos dá uma panorâmica não só da história do Palácio como de Sintra. 

Além disso, o Palácio da Pena foi mandado construir por D. Fernando II, pai de D. Pedro V, sendo originalmente "um humilde mosteiro do sec. XVI". A paixão do rei pela arquitetura romântica levou à criação de uma mistura única de estilos do palácio, incluindo o neogótico, o neo-renascentista e o neo-islâmico.  


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História:

Dona Estefânia (1837-1859)  - morreu aos 22 anos, vítima de difteria
D.Pedro V (1837-1861) - morreu aos 24 anos, vítima de febre tifóide
Obs: Reza a História que o casamento não foi consumado.

Menina e moça - Consta da frase de abertura da novela de Bernardim Ribeiro, Sec.XVI