quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Meados de Maio





Chuvoso maio!

Deste lado oiço gotejar
sobre as pedras.
Som da cidade ...
Do outro via a chuva no ar.
Perpendicular, fina,
Tomava cor,
distinguia-se
contra o fundo das trepadeiras
do jardim.
No chão, quando caía,
abria círculos
nas pocinhas brilhantes,
já formadas?
Há lá coisa mais linda

que este bater de água
na outra água?
Um pingo cai
E forma uma rosa...
um movimento circular,
que se espraia.
Vem outro pingo
E nasce outra rosa...
e sempre assim!

Os nossos olhos desconsolados,
sem alegria nem tristeza,
tranquilamente
vão vendo formar-se as rosas,
brilhar
e mover-se a água.




Estamos em Maio? Com certeza que não. Mas gostei tanto deste poema de Irene Lisboa que não resisto em publicá-lo agora, mesmo estando nós em Novembro...  



Zeca Afonso


Maio maduro Maio





Veja Irene Lisboa, aqui, no Xaile de Seda



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Imagem-desenho digital: pixabay


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Poema, aqui

domingo, 3 de novembro de 2024

Esta lembrança







Esta doce lembrança
Cruel no seu âmago
Colou-se-me à pele
Imprimiu-se em mim

É força positiva, aliás,
Energia quasi negativa
Conforme eu visiono
O meu mundo interior

Um desejo insatisfeito
Muito para além de mim
Universo assaz perdido
Num dia aziago, distante

Dinola Melo



Andrea Bocelli
Jennifer Lopes 






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Imagem: pixabay

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Eva Azevedo: "a engenheira que semeia África com os pés"

Engenharia do Ambiente. Dança clássica. A descoberta da dança africana. Investigadora, professora. 

Uma vida dedicada a essa paixão pela expressão corporal e ritmo, criando o seu método de ensino "Farisogo Sira - O Caminho do Corpo",

Desenvolveu desde 2009 projetos de pesquisa, formação e criação artística realizados na Europa, Burkina, Benim e Brasil, apoiados pela GDA e Fundação Calouste Gulbenkian».


Oiçamos Eva Azevedo, contando a sua história de vida:




E veja aqui um pormenor da sua entrega à arte que escolheu.




Faleceu aos 47 anos.
Notícia de 30/10/24.


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Notícia: aquiaqui e aqui