sexta-feira, 29 de novembro de 2013

'O Mistério da Casa das Quatro Cabeças'




É uma casa quase encantada, lendária, com traçado arquitectónico da época moderna iniciado no século XV, mas, há quem diga que a data da sua construção é posterior ao terramoto de 1755, que destruiu o Bairro de Troino - Setúbal (esquina da rua de Fran Paxeco com a rua do Carmo). A porta mostra o nº 44, ao lado deste uma cabeça e em baixo a inscrição: Si Deus pro nobis, quis contra nos.


Diz a tradição que as cabeças serviriam para assinalar o local do atentado que deveria dar-se contra o Rei D.João II na sua passagem, a pé, na procissão de Corpus Christi, em Setúbal.

Três das cabeças representariam o rosto de D. João II ladeado pelos de D.Diogo, Duque de Viseu e de D. Lopo de Albuquerque, Conde Penamacor. Naquele local os dois teriam combinado deixar cair os bastões e baixando-se para os apanhar deixariam a descoberto a pessoa do Rei, a quem, um terceiro conjurado de dentro das casas, atacaria a tiro de arcabuz. 

Há muitas dúvidas sobre se o monumento teria alguma coisa a ver com um eventual atentado contra o rei, sobre se as cabeças teriam sido lá colocadas todas na mesma época, e mesmo, se a posição delas teria sido, originalmente, a que vemos presentemente.

Estas e outras polémicas são tratadas e resolvidas, segundo o autor, Rocha Souto, num trabalho intitulado, 'O Mistério da Casa das Quatro Cabeças'. Na conclusão, o autor sublinha a importância histórica do monumento, e alerta para a necessidade da sua inclusão entre os Monumentos sob a protecção do Estado.





E parece que é o que vai acontecer.

Li num jornal regional, em 12 deste mês, que a Câmara Municipal de Setúbal pretende acelerar a expropriação do imóvel. Este foi considerado património de interesse municipal e não tem sido possível contactar os donos da propriedade, não só para procederem à sua conservação como, agora, quando se trata da expropriação. Até nisto o mistério se mantém...


Notícia:
Diário da Região
Imagens: Internet

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

É nas minhas noites insones que elas me namoram, fugidias, voláteis

Sinto-as a entrar pé-ante-pé. Surgem de nenhures, ligeiras e afáveis prometendo descobertas, com um não sei quê de mistério. Um laivo de sabor a fruta, de perfume, de mil odores. Passam, e deixam o seu rasto. Sigo-as assim, ouvindo os seus sussurros, um risinho casquinado destaca-se. Oiço rumores da sua passagem. Subo escadas, desço escadas. Procuro nos cantos e recantos. Perscruto sombras, uma réstia de luz que distingo por entre as frinchas. A espaços, oiço o silêncio da noite. É um silêncio familiar que fala comigo. Já lhe conheço a cadência. Uma cadência que se vai alterando conforme a madrugada se anuncia. Também elas a adivinham. Saem para a brisa fresca, de sabor a sal. Vou-lhes no encalço. Vejo que a alvorada vai tingindo a linha do horizonte. Elas já menos irrequietas, menos ariscas, alinham-se. Os meus joelhos afundam-se na areia molhada e, com elas, começo a desenhar formas. Apercebo-me de uma onda que começa a formar-se. Uma coisa linda que me enternece. É um espectáculo para os meus olhos que, entretanto, se aplicam na sua tarefa. Elas ajudam, eu sei, mostram-se afáveis. E, a pouco e pouco, surge: 'Para ser grande sê inteiro'. Contente, contemplo a minha obra. Consegui por fim agarrá-las e construir uma ideia. Mas será que a ideia é minha? Há qualquer coisa de estranho que ecoa dentro de mim. Há um sentimento de impotência que se afirma. Debato-me com esta dúvida e também com a quase certeza de que já não há ideias novas. Fogem de nós a sete pés. Um marulhar fininho, sorrateiro, aproxima-se. É a onda que vem buscar o que lhe pertence. Espraia-se e cobre as palavras alinhadas na areia e leva-as...






Da querida Emília, o contraponto (comentário):

Mas...

Serão novas as ideias? Novas acho que nunca são; muitas já vêm do nosso passado, fruto das ideias dos nossos antepassados e do passado desse antepassados; são as mesmas as ideias, mas cada um as foi melhorando à sua maneira...cada um as foi transformando de acordo com as suas necessidades...de acordo com as suas perspectivas de vida...de acordo com os seus sonhos.E o dia chega...algumas das ideias são postas em prática, mas outras nem sequer nelas pensamos. Resta-nos esperar que a noite caia...que o sono chegue e que desta vez a insonia nos poupe a mais ideias. 

=====


Muito obrigada, amiga.

Beijinhos

Olinda



Imagem: Internet

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Canção - Alexandre O'Neill


Que saia a última estrela 
da avareza da noite
e a esperança venha arder 
venha arder em nosso peito

E saiam também os rios
da paciência da terra
É no mar que a aventura
tem as margens que merece

E saiam todos os sóis
que apodreceram no céu
dos que não quiseram ver
— mas que saiam de joelhos

E das mãos que saiam gestos
de pura transformação
Entre o real e o sonho
seremos nós a vertigem

    1924-1986

sábado, 16 de novembro de 2013

Rio-me sim rio-me do que fazem - Almada Negreiros

Rio-me, sim, rio-me
                            para ver se se solta a carne desta caveira
           coberta de simulacros de vida




Rio-me sim rio-me do que fazem
do que crêem, de tudo o que todos usam
e eu-mesmo o fiz e cri como qualquer
até que do asco me despeguei disso tudo
pra morrer de verdade, sem fingir.
Ri-me e espantei-me de me ter rido assim
ri-me por não poder suportar
sentir a morte em mim
Que a morte seja eu quem a mereça
e não o limite até onde eu possa suportar.
Por todos já morreu um há séculos
e repeti-lo é sempre por todos.
Por todos é no que não creio.
Morrer por todos é o que fazemos cada um
mesmo sem querer.
Mas morrer por cada um,
sobretudo se se é o próprio
é mais do que morrer por todos.
Admiro a renúncia mas não em mim
que renunciado nasci de herança.
Morro por mim.
Devo ao meu sangue aqueles dias
de que gerações inteiras se privaram.
Sou um exemplar daquela humanidade que hoje apenas a sabemos sonhar
uma lembrança viva de quando tudo era vivo até cada um.
Trouxeram-me clandestino através das tribos, das raças, de catacumbas e de catedrais
d’Impérios, de Revoluções, de guerras
e das mais maneiras que dizem respeito a todos.
A todos! eis o que me faz morrer.

A partida dos emigrantes, c. 1948, tríptico 
(paineis central e lateral direito), 

Por todos não fica ninguém há séculos e séculos
e os que parece terem deixado um nome
não deixaram senão renome
são de facto um cimo de todos,
o cadáver que ficou por cima na pirâmide dos mortos.
Tenho uma fé única: é cada um!
Cansado da humanidade creio só nas pessoas
naqueles que se levam consigo
e em nenhuma ocasião se perdem da sua própria mão
.

             1893-1970

*******

Um poema que mostra a força deste poeta. A mesma força dramática que se vê no Reconhecimento à Loucura . Almada Negreiros é visto como um autor polémico, aguerrido no panorama do futurismo em Portugal. Destacou-se em diversas áreas artísticas, da pintura, do desenho à dança, da escrita à crítica de arte, e deixou um vasto espólio vanguardista que ainda está a ser estudado pelos especialistas. Na semana passada, de 13 a 15, decorreu o Colóquio Internacional Almada Negreiros, na Fundação Gulbenkian, assinalando os 120 anos do seu nascimento e os 100 anos da sua primeira exposição, reunindo 50 investigadores.


A todos os que por aqui passarem desejo um excelente fim de semana.

Abraço

Olinda


Imagens: Internet

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Eu, Miguel Torga - O mais importante na vida é... vivê-la

Eu, Miguel Torga, é o título do livro escrito por José María Moreiro e prefaciado por Jorge Amado que, a dada altura, considera o livro uma longa entrevista, uma biografia, um estudo crítico, uma análise histórica, um tratado de poesia e tantas outras coisas. Um Torga que ora se mostra tímido e reservado como também se comove, de quando em vez, falando de si e do seu trabalho como escritor sem falsa modéstia. Jorge Amado põe a tónica na pergunta que Moreiro lhe faz, à laia de despedida:- A la altura de la suya, usted tiene que saber qué es lo mas importante en la vida, Torga.-Lo mas importante en la vida, Moreiro, es vivirla.





De facto, Miguel Torga (Adolfo Correia da Rocha), viveu a vida intensamente. A sua obra traduz uma grande rebeldia contra as injustiças e o seu inconformismo perante os abusos de poder, do mesmo passo que perpassa por toda ela o amor às suas origens. Também não esquece o tempo que passou no Brasil, numa idade em que tudo nos marca de forma indelével (dos 13 aos 18 anos). É assim que ele se refere à sua segunda pátria, em 1957, no seu livro Diário:

Pátria de emigração,
É num poema que te posso ter...
A terra - possessiva inspiração;
E os rios -como versos a correr (...)
Guardei-te como pude
Onde podia;
Na doce quietude
Da força represada da poesia.

E, no livro em apreço, Eu, Miguel Torga, na página 58, podemos ler em relação a Jorge Amado, o mais universal dos autores brasileiros de hoje: 

Almoço com Jorge Amado. Perdiz brava de Montesinho, posta mirandesa e tinto maduro do Doiro. Ementa a preceito, em homenagem à humanidade do escritor que na minha admiração parece ter aliado harmoniosamente, na vida e na obra, o calor da urbanidade baiana à grandeza da alma transmontana. A dizê-lo assim simplesmente, arrisco-me a ser mal interpretado, mas foi o que senti justificadamente durante aquelas três horas, íntimas, simples, fraternas, sem literatura, só gustativas, de preito e comunhão.




Ele é um homem de preitos, mas apenas em relação àqueles que mais admira. Vemos isso no seu pseudónimo em que, segundo consta, adopta o nome de Miguel em homenagem a Cervantes e Unanumo. E Torga? Uma plantinha, uma raiz de urze, talvez pela sua ligação à terra. Terra muito amada e cantada em versos, terra-mulher, terra-inspiração.



A terra

Também eu quero abrir-te e semear
Um grão de poesia no teu seio!
Anda tudo a lavrar,
Tudo a enterrar centeio,
E são horas de eu pôr a germinar
A semente dos versos que granjeio.
….
Terra, minha aliada
Na criação!
Seja fecunda a vessada,
Seja à tona do chão,
Nada fecundas, nada,
Que eu não fermente também de inspiração!
Terra, minha mulher!
Um amor é o aceno,
Outro a quentura que se quer
Dentro dum corpo nu, moreno!
Terra, minha canção!
Ode de pólo a pólo erguida
Pela beleza que não sabe a pão
Mas ao gosto da vida!






Muito há para dizer sobre Miguel Torga que, pela sua dimensão como autor e como ser humano, este pequeno post não consegue abarcar. Inicialmente era minha intenção abordar apenas o livro Eu, Miguel Torga, obra que encontrei nas minhas deambulações à procura de livros que não estão na berra, mas que comportam experiências de leituras muito interessantes. 

Mas as palavras são como as cerejas e eu não resisto em deixar aqui o prefácio que o próprio escreveu em relação à sua 'Criação do Mundo', onde ele se identifica como um Homem de palavras e, como sabemos, com elas construiu um mundo à sua e à nossa medida:

Todos nós criamos o mundo à nossa medida. (...) O meu tinha de ser como é, uma torrente de emoções, volições, paixões e intelecções a correr desde a infância à velhice no chão duro de uma realidade proteica, convulsionada por guerras, catástrofes, tiranias e abominações, e também rica de mil potencialidades, que ficará na História como paradigma do mais infausto e nefasto que a humanidade conheceu, a par do mais promissor. Mundo de contrastes, lírico e atormentado, de ascensões e quedas, onde a esperança, apesar de sucessivamente desiludida, deu sempre um ar da sua graça, e que não trocaria por nenhum outro, se tivesse de escolher. Plasmado finalmente em prosa — crónica, romance, memorial, testamento —, tu dirás, depois da última página voltada, se valeu a pena ser visitado. Por mim, fiz o que pude. Homem de palavras, testemunhei com elas a imagem demorada de uma tenaz, paciente e dolorosa construção reflexiva frita com o material candente da própria vida. Coimbra, Julho de 1984-Miguel Torga 




Este video é o registo primeiro de um ciclo de conversas promovido pela Casa-Museu Miguel Torga, onde vemos a filha do escritor, Clara Rocha.



Torga com a filha



Meus amigos, desejo-vos um excelente fim de semana.

Abraço

Olinda


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Poema : A Terra, na íntegra - aqui
Imagens: Internet

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Rumemos a Marvão - É lá que vai acontecer o 'Maior Magusto do Mundo'

Marvão, a vila medieval que tem no seu horizonte a candidatura a Património Mundial da UNESCO, pela sua paisagem natural, história e identidade cultural, também tem, aliada a este desideratum, a vontade de realizar e conquistar o título de: 'Maior Magusto do Mundo'. 

Para isso, a sua 30ª Feira da Castanha, que se realizará nos próximos dias 9 e 10, vai ser assinalada em grande, com muitíssimas castanhas e também bastante vinho. Poderia ser também com jeropiga e agua-pé, mas parece que isso já foi proibido por lei, não? 

Mas passando adiante, para compor ainda mais a festa também vai haver provas de vinhos e licores, degustações da mais diversa doçaria com castanhas, produtos regionais, mostra e venda de artesanato local, exposição de fotografia, bailes populares, teatro de rua, concertos e iniciativas de animação circense.


CastillodeMarvao.jpg


Em lá estando, poderemos passear pela vila, pelas suas ruas, apreciar as casas, subir ao Castelo, este que se inscreve no Parque Natural da Serra de São Mamede e em posição dominante sobre a vila e estratégica sobre a linha da raia, controlando, no passado, a passagem do rio Sever, afluente do rio Tejo. 


Localização de Marvão
Localização da
 Mui Nobre e Sempre Leal Vila de Marvão

De Marvão chegam-nos notícias desde, pelo menos, o período romano. Já no nosso tempo histórico, a localidade foi conquistada aos muçulmanos por D. Afonso Henriques durante as campanhas de 1160/1166, tendo sido novamente tomada pelos mouros na contra-ofensiva de Almansor, em 1190. Em 1226, D. Sancho II dá foral à população e manda ampliar o casteloD. Dinis disputa-o e apodera-se do castelo, que foi incluído no plano das suas reedificações militares.


É para lá que eu vou, esperando que São Martinho nos traga a graça do seu belo Verão. Estes últimos dias não me têm parecido muito auspiciosos, mas dando uma vista de olhos à previsão meteorológica afigura-se-me que o tempo estará de feição, muito embora me tenham aparecido algumas nuvens por alturas de Portalegre. Acredito que o caridoso bispo não nos deixará na mão, fazendo jus à sua lendária bondade.

Entretanto, vou apreciando estas belas imagens, com os meus agradecimentos a quem as produziu:


  

E o Outono não é Outono sem aquele cheirinho e gostinho inconfundíveis da castanha assada embrulhada em folhas de listas telefónicas*...isto, lá para os lados do Cais do Sodré** e da Praça do Comércio**, com a neblina vinda do rio misturada com o fumo saído dos assadores de castanhas.




Mas, alteraram-se as rotas, anda-se por outros caminhos, talvez mais fáceis de caminhar, em termos de acesso, no entanto, estranhamente, perdura aquela saudade. 




Imagens:Internet
*Prática proibida, tendo sido imposta aos vendendores a aquisição de saquinhos de papel, para o efeito.
**Lisboa

sábado, 2 de novembro de 2013

Imersa em crise sem precedentes, União Europeia completa 20 anos de existência

Nesta sexta-feira (01/11), a União Europeia completa 20 anos de existência imersa na maior crise de sua história. Passadas duas décadas, o processo de união monetária do bloco está sendo questionado, principalmente após os desdobramentos da turbulência econômica de 2008.
Segundo Thiago Rodrigues, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal Fluminense, o momento atual do bloco é não só de crise financeira, mas, também, de tensão política. Para ele, os dois pilares que mantêm a coesão da União Europeia, as políticas financeiras e de defesa, estão fragilizados, uma vez que os principais atores do bloco divergem em termos que vão desde o apoio à Aliança Atlântica, em parceria com os Estados Unidos, até o suporte à invasão norte-americana no Iraque ou na Síria.
Carlos Latuff
Tempos de crise: Xenofobia, racismo e discursos protecionistas se alastram pela União Europeia

“As diferentes políticas de defesa e de relações exteriores dos Estados membros acendem um alerta para os otimistas que acreditavam na crescente harmonização do bloco”, afirma o especialista, ressaltando as decisões individuais de cada país, em detrimento das resoluções conjuntas.  
Rodrigues aponta para o fato de a crise atual fazer florescer algumas práticas, como o racismo latente e os discursos protecionistas. “Há uma securitização extrema de temas como o da imigração, e políticas xenófobas que já existiam vem ganhando espaço justamente por unirem as diferentes nacionalidades do bloco no temor ao estrangeiro, ao extracomunitário”, relata o professor.
Ele também ressalta a existência de uma divisão interna à própria unidade. Romenos e búlgaros, por exemplo, são tratados como “sub cidadãos” dentro da comunidade da qual seus países de origem são membros legítimos, sofrendo preconceito e se submetendo a péssimas condições trabalhistas.
Desde 2008, a taxa de desemprego da União Europeia disparou, atingindo a marca de 10,6% em setembro de 2013. Na Grécia, um dos países mais afetados com o colapso financeiro, o contingente de desempregados chega a ultrapassar 25%, de acordo com o Eurostat.
O país é palco de diversos levantes sociais, nos quais os jovens questionam as políticas de austeridade impostas pela Alemanha, no comando da União, e aceitas passivamente pelo governo grego.
“Os levantes gregos explicitam a fissura existente no bloco, pois estes jovens estão questionando não apenas as políticas de austeridade, mas o próprio modo de organização da grande união liberal-capitalista”, afirma Rodrigues.


Bloco



O bloco foi constituído em 1º de novembro de 1993, a partir da CEE (Comunidade Econômica Europeia), criada após a Segunda Guerra Mundial, e é constituído atualmente por 28 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Romênia e Suécia, sendo que somente 17 deles adotam o euro como moeda. 
O livre-comércio é adotado desde 1968 entre os países da CEE. No entanto, somente após a assinatura e a vigência do Tratado de Maastricht o grupo passou a se chamar “União Europeia”. O Tratado estabelece normas relativas à política externa, à segurança e à cooperação em assuntos internos ao grupo, além de fornecer diretrizes para a moeda única.

Fui buscar este texto que transcrevi na íntegra ao História UPF, que, por sua vez, indica como fonte original Opera Mundi. Aqui também se pode encontrar um link para o tema: 'Portugal: O número de pessoas que deixam país é maior que o de nascimentos'.
Temas que nos interessam e que colocam a velha Europa sob o radar de especialistas internacionais. Os seus dirigentes que atentem nos caminhos a percorrer na procura de soluções credíveis para o momento que atravessamos.

Um bom fim de semana.
Abraço
Olinda