sexta-feira, 25 de abril de 2025
Diz
quarta-feira, 23 de abril de 2025
Tourada
FERNANDO TORDO
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Com bandarilhas de esperança
Afugentamos a fera
Estamos na praça da primavera
Nós vamos pegar o mundo
Pelos cornos da desgraça
E fazermos da tristeza graça
...
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Excerto da canção, Tourada.
segunda-feira, 21 de abril de 2025
Francisco, o Papa
Pregou a simplicidade e o amor entre todos. A igreja é para todos, todos, disse. Ainda apareceu ontem e deixou a sua mensagem. Esperamos que o mundo em efervescência pare um pouco e consiga ouvir os ecos da sua voz.
A seguir, o Conclave.
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Ver post, do Xaile de Seda: aqui
Imagens: Net
domingo, 20 de abril de 2025
ALELUIA
sexta-feira, 18 de abril de 2025
Rasgões da alma
Desdobra-se a mesa e a toalha alva
Como se o tempo fosse agora vivo e a memória
O gesto perturbado acariciando a pele macerada
Dos finados...
E nesta ausência se despenhasse
A cúpula emoldurada dos dias pregoeiros...
Respondem à chamada um a um em volta
Da azulada luz
Quais inesperados fulgores que medeiam o frio
E a chama e os clarões acesos como rasgões de alma
Em sintonias ancestrais outrora latejantes
Como arados galgando terra chã...
Vergo-me, perante os mortos. E ergo-me.
Que a hora é de bençãos. E de tecer liames.
Como se meu corpo fosse passagem
Ou ponte entre margens.
Ou inscrição. Ou barro amassado.
Ou casulo que guarda os ténues fios...
E minhas mãos fossem cadinho. Ou pedra de ara.
Ou exorcismo marcando os sinais. E meus olhos
Fossem guarida e lume.
E meu sangue fosse pasto:
Carne da minha carne
E grito da Humanidade...
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O blog: Relógio de Pêndulo
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In: Do esplendor das coisas possíveis, Abril 2016
Pg.49
Caçador de Sóis
domingo, 13 de abril de 2025
Escrito no muro
domingo, 6 de abril de 2025
Gargalhada
Quando me disseste que não mais me amavas,
e que ias partir,
com a impassibilidade de um executor,
dilatou-se em mim o pavor das cavernas vazias...
Mas olhei-te bem nos olhos,
belos como o veludo das lagartas verdes,
e porque já houvesse lágrimas nos meus olhos,
tive pena de ti, de mim, de todos,
e me ri
da inutilidade das torturas predestinadas,
guardadas para nós, desde a treva das épocas,
quando a inexperiência dos Deuses
ainda não criara o mundo...
Guimarães Rosa
Caetano Veloso