terça-feira, 31 de outubro de 2017

Poupar, poupar e...poupar

No poupar é que está o ganho, lá diz o povo na sua infinita sabedoria. Mas a Dona Maria, senhora de fino trato que já vos trouxe a estas páginas, está a cada dia que passa mais descrente desse aforismo popular. Encontrei-a a sair da mercearia da nossa aldeia e prontifiquei-me a ajudá-la com os sacos que, na verdade, era só um. 



Ela atalhou logo: 
-Ai filha, nem vale a pena. Veja como está levezinho. Quando não é uma coisa é outra e lá se vai a reforma. Tem uma coisa boa. Com a carestia, já não preciso de ajuda para levar as compras para casa. É um favor que me fazem. E também já não preciso de muito. 
-Vá lá, não diga isso.
-Digo, digo (sorriu com tristeza). Antigamente quando se pensava em poupar víamos o resultado dessa poupança. Agora a "poupança" tem outro significado. Nos tempos da troika a poupança era aquilo que nos tiravam com ajustamentos e outros eufemismos.
-Mas, presentemente...
-Ah, isso! (sorriu de novo). Ouve-se falar em devolução. Compreendo que se refiram à devolução de direitos. Em todo o caso acho que devolver era outra coisa. Era, em termos retroactivos, entregar o que nos tinha sido retirado ao mesmo tempo que eram repostos direitos. Mas, que digo eu? Isto é sonhar acordada, não acha?
-Bem, o sonho comanda a vida, diz o poeta.
-Valha-nos ao menos a poesia. Gosto muito de poesia, sabe? Claro que sabe. Já temos falado sobre isso. Mas, voltando à crueza da vida no outro dia fui à Caixa receber a reforma e sabe qual foi o meu espanto? Passaram a cobrar-me a manutenção da conta...
-Então, como é agora? Bastava a domiciliação do salário e se não fosse o caso ter determinada quantia na conta, não?
-Pois, agora mudou tudo. A partir de um salário e meio passamos a pagar 5€ e não interessa se a pessoa tem alguma poupança, coisa que eu não tenho e ainda bem senão ficaria mais revoltada ainda.
-Realmente, todos os dias sai uma novidade...
-E que novidade! Mas, ainda há outra coisa. Disseram-me que se não quisesse que me fossem retirados os tais 5€ tinha de assinar uma carta e assim passaria a pagar só 2.50€. Claro que assinei e era já um impresso pré-definido o qual não cheguei a ler de modo que estou na dúvida sobre o que terei assinado. Deram-me um duplicado, tenho de o ler pois não percebi nada.
-Ah, acho que sim, devia lê-lo. 
-Há outra coisa, no meio de tantas outras, que me pôs hoje muito mal-disposta. Como sabe gosto de ver alguns canais do Cabo, como História, Discovery, National Geographic e mais um ou outro. Pois, qual não foi o meu espanto desapareceram de um momento para o outro apesar de ter o pagamento em dia...
-Então, tem de ligar para lá para saber o que se passa. E quanto mais depressa melhor. Se precisar de ajuda é só dizer.
-Minha amiga, muito obrigada. Já o fiz. E sabe qual foi a resposta? Como o meu televisor não é daqueles XPTO tenho de adaptar nele um sincronizador, um DTA (imagine), de modo a poder aceder aos tais canais. A operadora informou-me que aluga o dito aparelho e apresenta a conta mensalmente na factura. Pedi a um dos meus netos para ir ver se eventualmente poderia comprá-lo, está esgotado.
-Já não é a primeira pessoa que me fala nisso. No outro dia uma vizinha também esteve a queixar-se...
-O passo seguinte será obrigarem-nos a deitar fora televisores bons para seguirmos na onda do desperdício. E ainda se fala em poupança e poupanças. Mas chega de falar de tristezas. Tenha um bom dia, filha.

-O mesmo lhe desejo, Dona Maria. Até um dia destes.

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Curiosidade sobre XPTO
Imagem: Pixabay

domingo, 29 de outubro de 2017

Deixai que a vida sobre vós repouse






Deixai que a vida sobre vós repouse
qual como só de vós é consentida
enquanto em vós o que não sois não ouse

erguê-la ao nada a que regressa a vida.
Que única seja, e uma vez mais aquela
que nunca veio e nunca foi perdida.

Deixai-a ser a que se não revela
senão no ardor de não supor iguais
seus olhos de pensá-la outra mais bela.

Deixai-a ser a que não volta mais,
a ansiosa, inadiável, insegura,
a que se esquece dos sinais fatais,

a que é do tempo a ideada formosura,
a que se encontra se se não procura.

in: As Evidências

     (1919-1978)


Jorge de Sena é considerado um dos grandes poetas de língua portuguesa e uma das figuras centrais da cultura do nosso século XX.

A sua obra, vasta e multifacetada, compreende mais de vinte coletâneas de poesia, uma tragédia em verso, uma dezena de peças em um ato, mais de trinta contos, uma novela e um romance, e cerca de quarenta volumes dedicados à crítica e ao ensaio (com destaque para os estudos sobre Camões e Pessoa, poetas com os quais a sua poesia estabelece um importante diálogo), à história e à teoria literária e cultural (os seus trabalhos sobre o Maneirismo foram pioneiros, tal como a sua história da literatura inglesa, e a sua visão comparatista e interdisciplinar das literaturas e das culturas foi extremamente fecunda), ao teatro, ao cinema e às artes plásticas, de Portugal, do Brasil, da Espanha, da Itália, da França, da Alemanha, da Inglaterra ou dos Estados Unidos, sem esquecer as traduções de poesia (duas antologias gerais, da Antiguidade Clássica aos Modernismos do século XX, num total de 225 poetas e 985 poemas, e antologias de Kavafis e Emily Dickinson, dois poetas que deu a conhecer em Portugal), as traduções de ficção (Faulkner, Hemingway, Graham Greene, entre 18 autores), de teatro (com destaque para Eugene O’Neill) e ensaio (Chestov). Ler mais...

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Poema: Citador
Imagem: Pixabay

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Ignorância sábia




Aconteceu aos verdadeiros sábios o que se verifica com as espigas de trigo, que se erguem orgulhosamente enquanto vazias e, quando se enchem e amadurece o grão, se inclinam e dobram humildemente. Assim esses homens, depois de tudo terem experimentado, sondado e nada haverem encontrado nesse amontoado considerável de coisas tão diversas, renunciaram à sua presunção e reconheceram a sua insignificância.(...)

Quando perguntaram ao homem mais sábio que já existiu o que ele sabia, ele respondeu que a única coisa que sabia era que nada sabia. A sua resposta confirma o que se diz, ou seja, que a mais vasta parcela do que sabemos é menor que a mais diminuta parcela do que ignoramos. Em outras palavras, aquilo que pensamos saber é parte — e parte ínfima — da nossa ignorância. 

in:Ensaios

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Texto:Citador
Imagem:Pixabay

domingo, 22 de outubro de 2017

Catalunha - o impasse

Momentos houve na História em que Portugal e a Catalunha andaram a par e passo na moldagem dos seus próprios destinos.

No dia 1º de Dezembro 1640 um grupo de 40 conjurados, como ficaram conhecidos, num golpe de estado revolucionário restauraram a independência de Portugal, dando por finda a dinastia filipina que nos governou durante 60 anos. Foi aclamado rei o duque de Bragança, D.João IV. A guerra da Restauração arrastou-se por 28 longos anos (1640 a 1668). Foram várias as batalhas que se travaram as quais iam sendo ganhas por Portugal, algo quase incompreensível sabendo que tínhamos saído de uma situação de grande fragilidade.

Meses antes, no dia 7 de Junho de 1640 a Catalunha sublevou-se tendo como motivos mais próximos a vinda de soldados do resto de Espanha para o seu território num dos episódios da Guerra dos 30 anos que opunha várias nações da Europa, tendo como causas rivalidades religiosas, dinásticas, territoriais e comerciais. A revolta da Catalunha, conflito bélico, durou até 13 de Outubro de 1652 e, nesse ínterim, em 1641, foi proclamada a República da Catalunha. Entretanto faleceu o seu líder Pau Claris. O conflito aumentou de proporções e várias foram as situações da referida guerra dos 30 anos que levaram à assinatura do Tratado dos Pirenéus, 1659, tendo Espanha cedido a França as partes norte da Catalunha, incorporadas no condado do Rossilhão. 

Nesse Tratado, Portugal continuava a ser referido como parte de Espanha, não obstante ter declarado a restauração da sua independência em 1640. Continuavam as batalhas nas fronteiras portuguesas, talvez, mais escaramuças do que outra coisa. Essa situação só era possível porque a pressão da revolta da Catalunha não permitia que Espanha se concentrasse nas frentes de batalha com todas as suas forças no caso português que, por sua vez, vê os seus objectivos concretizados com a assinatura do Tratado de paz de 1668, já no reinado de D. Afonso VI, pela mão do Regente D. Pedro (Infante/Regente). 

Claro que esta história não se esgota neste pequeno texto cheio de imprecisões. Convido-vos a uma leitura mais aturada, pelo que indico abaixo alguns links para o efeito.


Mas, chegados à actualidade, a Catalunha revê-se no seu passado e as pretensões enraízadas no Sec. XVII, ou mais atrás, e postas à prova em várias ocasiões têm vindo a tornar mais forte a sua vontade de ascender à independência. Aquando da votação do referendo, alguns catalães levavam um cravo vermelho, um símbolo de liberdade e de revolução pacífica relembrando o nosso 25 de Abril 1974

O que de concreto se sabe agora é que foi decretada a suspensão do governo catalão e que o Presidente da Generalitat promete a proclamação da independência para daqui a dias, se é que ouvi bem. É legal? Não é legal? Nada sei da Constituição espanhola e da aplicação do famoso artigo 155º. O que me parece é que é hora de ambas as partes entrarem em diálogo a bem do povo catalão.

Desejo-vos um bom domingo.

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Catalunha - ver aqui
Opinião:A independência da Catalunha:O labirinto juridico-político
Imagem: Uma vista de Barcelona


quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Estar aqui e ser agora

O poder político é, conforme a clássica definição de Max Weber, uma estrutura complexa de práticas materiais e simbólicas destinadas à produção do consenso. Isto é, o poder político, ao contrário das restantes formas de poder social, implica que haja uma relação entre governantes e governados, onde o governante exerce um poder-dever e o que obedece, obedece porque reconhece o governante pela legitimidade deste.

Assim, o espaço normal do processo político é o da persuasão. O da utilização da palavra para a comunicação da mensagem e a consequente obtenção da adesão, enquanto consenso e não unanimidade, onde há obediência pelo consentimento, onde o poder equivale à negociação.

Só quando falha este processo normal de adesão comunicativa é que o governante trata de utilizar a persuasão com autoridade, com o falar como autor para auditores, onde o autor está situado num nível superior e o auditor no nível inferior da audiência. Com efeito, o emissor da palavra não está no mesmo plano do receptor, está num lugar mais alto, aquele onde se acumula o poder.

Num terceiro passo vem a astúcia, o ser raposa para conhecer os fios da trama, esse olhar de coruja, que nos tenta convencer, actuando na face invisível do poder, nomeadamente para enganar o outro quanto à identificação dos seus próprios interesses, ou criando, para esse outro, interesses artificiais. Isto é, quando falha a comunicação pela palavra, mesmo que reforçada pela autoridade, vem o engodo, a utilização da ideologia, da propaganda ou do controlo da informação. O que pode passar pelo controlo do programa de debates, com limitação da discussão ou evitando o completo esclarecimento dos interesses das partes em confronto.

Excerto de um texto em que José Adelino Maltez, o nosso poeta do post anterior, (também investigador de ciência política, também professor universitário) analisa os princípios teóricos do sistema político na óptica de alguns autores que ele identifica no mesmo. Poderá lê-lo na íntegra aqui. Interessante o que se encontra escrito no topo: José Adelino Maltez, Tópicos Jurídicos e Políticos, estruturados em Dili, na ilha do nascer do sol, finais de 2008, revistos no exílio procurado da Ribeira do Tejo, começos de 2009.

De referir que no excerto que ora publico o itálico é do original.




Aproveitemos o ensejo e mergulhemos em mais um dos seus poemas:

Estar aqui

Estar aqui e procurar descobrir
a minha própria procura.
Estar aqui e ficar à espera
do que o tempo me trouxer.
Não desesperar com a demora.
Seja o que Deus quiser!

Cansa estar aqui por estar apenas aqui,
nos meandros da procura,
procurando o meu porquê.

Dar porquês a cada momento, farta
Apetecia ser um outro qualquer,
este lugar não ter de ser
e poder mudar meu tempo.

Porquê ter de haver um sítio e um momento?
Para que servem coordenadas no espaço do pensamento?
Vivo, logo tenho que sonhar.

No próprio tempo que tenho
procurar eternidade.
Ousar chegar mais além, na teia das palavras que procuro, aqui e agora.

Utopia não há, nem vale a pena.
Sobretudo, para quem do poema faz
o seu próprio mais além.
O além de quem tem de estar aqui e agora e viver, o dia a dia.
Hora a hora, sagrar
o deus instante que Deus me deu.

Viver tem de ser
viver aqui e agora,
sem temer o que vai acontecer
depois de meu próprio morrer.
Porque apetece o perfume dos dias
e não cansar-me de procura.
A longo prazo só morrem
os que temem a própria morte.
Estar aqui e ser agora,
procurando descobrir os meandros da procura.
Ficar assim, hora a hora, à espera do tempo que vier.
Seja o que Deus, sem mais disser,
seja o que Deus quiser.

In: No princípio era o mar - p.9

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Imagem: aqui
Poema : daqui

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Esta poesia do calor amarela e seca



Esta poesia do calor amarela e seca
esta campina agreste a demarcar-me
os caminhos ásperos e mediterrânicos
de meu país de silvas e piteiras,
com o sol a pique sobre a poeira
das planuras desabrigadas

Paira na charneca taciturna
o silêncio de um grito por dar
e o húmus gretado pela impiedade solar
abre as entranhas à brisa
que em suas crinas arrasta
um verde som de frescura

os lábios da terras ressequidos
vão pedindo ao vento gotas de mar
neste comum queimar de terra
nada que salpique a poeira de pureza
um céu cujo azul o calor não deixa ver
e uma luz baça e sufocante
que nos enlouquece e nos faz delirar

Sinto a irreal carícia das searas ondulando
e um intenso cheiro a campo
deserta meu sentimento
Por entre o rumor das cigarras
o compasso desta hora em constante despedida

In:Pátria prometida - excerto pg.16



E já chove. Pelo menos, choveu ontem à noite aqui na minha aldeia. Que ela, a chuva, continue a cair mansa e benfazeja. Que a natureza nos tome ao seu cuidado e faça a gestão do mar de cinzas que grassa pelo nosso país.

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Poema: daqui
Imagem: Pixabay

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Ler nas estrelas

E a chuva que não vinha. Todos os anos era aquele sufoco. Ele espreitava todos os sinais, sopesava-os e ia dizendo da sua justiça. À noite espreitava o céu. Huuumm...a lua com aquele halo amarelo não dizia nada de bom, mas a estrada de santiago prometia, leitosa, poderia ser um bom presságio. De dia via as nuvens a formarem-se prenhes de água, ai, mas os pássaros todos em revoada, prenúncio de vento que as levaria para longe. E assim era. Todas a despejarem-se no mar. Aquela leitura já a sabíamos de cor e, realmente, não falhava. Até nós olhávamos para a abóbada celeste com as mesmas  perguntas.

Chegava o dia em que a chuva, marota, depois de várias negaças lá resolvia visitar-nos. Não importava se era pouca ou muita, era sempre uma festa. Lavava a alma. Para já, o importante era que desse para as sementeiras. Tudo preparado naquela espera, toca de correr para os campos. E o milho medrava naquele chão de pousio durante tanto tempo, feliz por poder mostrar do que era capaz, com todos os seus elementos.

Agora o leitor das estrelas voltava a sua atenção para as plantinhas que, quase a medo, iam despontando. Ou o medo estaria no seu coração? Auscultava-lhes a cor, a resistência, o futuro. Se resistissem até à monda e a chuva voltasse em tempo devido tínhamos colheita garantida. E recomeçava o perscrutamento dos céus, o comportamento da lua, das constelações, do voo dos pássaros, do sol, quente e devastador.

Até que um dia, um belo dia, num ano qualquer, dava-se o milagre e completava-se o ciclo. Sementeira, monda, colheita, passando pelo ansiado dia de Santo André em que íamos comer milho verde assado, não sei se havia dispensa da escola ou como é que era mas o certo é que isso faz parte das minhas memórias. Na colheita, os homens e mulheres chamados para o efeito começavam logo de manhã e, pelo caminho, iam deixando algumas espigas para nós recolhermos.

E ajudávamos a descascar o precioso cereal à procura de uma espiga vermelha. E ouvíamos as histórias que eles contavam. E espreitávamos com afinco os bolos de milho, a mandioca, a batata doce que punham a assar na cinza quente.

O leitor das estrelas. O meu pai.

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Dedico este pequeno texto a quem por aqui por passar, com votos de dias de muita esperança.

Abraço.

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1ªImagem: Pixabay
2ª imagem:net

domingo, 15 de outubro de 2017

Isto é Verão ou quê?



Completamente virado do avesso o tempo prodigaliza-nos temperaturas que convidam ao chinelo no pé, à blusinha de alças, ao uso de calções, ao biquini, ao fato de banho, estendendo-nos na areia molhada, passando bronzeador, dando uns bons mergulhos, sozinhos ou com a família e amigos, com uma boa merenda, enfim a tudo a que teríamos direito num clima tropical.

Mas, não é esse o caso e para que tudo funcione por cá é fundamental que as quatro estações do ano sigam o seu ciclo e em cada época a natureza colabore connosco para que não nos falte o necessário. A verdade é que o destempero do nosso clima temperado já há muito se nota com a falta de chuva: o chão cada dia mais crestado, as culturas fenecendo, os animais quase sem água para beber. Há locais onde a água nas torneiras já não apareceria se a edilidade não a mandasse buscar, bombeando-a depois para os depósitos.

A juntar a isso o fim da tal "época de fogos" que já tinha sido decretado, levando ao encolhimento de recursos, afinal reacendeu e então quem de direito, desavisado, foi apanhado desprevenido como se não existisse tecnologia que ajude a fazer previsões* a fim de se tomarem as devidas providências a tempo e horas. Ou talvez não haja.

Preocupemo-nos, queridos concidadãos. Não basta aproveitar o bom tempo e dizer e desejar: para mim era praia o ano todo, este calorzinho vem mesmo a calhar, deu para descontrair, e etc. Temos de fazer alguma coisa. E como não possuímos poderes sobrenaturais e já não se vê muita fé na dança da chuva ou nas procissões há que poupar a água em nossas casas. Quem não souber como fazer da melhor forma pesquise na internet. Há muita informação sobre isso. 

Lembremo-nos que de toda a água que existe no nosso planeta a água doce tem uma percentagem pequeníssima. E da água potável então nem se fala: há regiões no globo que não a têm.

Foi só um desabafo.

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NOTA EM 16/10/2017

Incêndios:

.800 246 246 - Protecçao civil (número de emergência)

Fonte: Rádio Renascença


.A Segurança Social está a disponibilizar apoio de emergência às populações afectadas pelos incêndios em vários postos dos distritos de Viana do Castelo, Guarda e Coimbra (...)


Fonte: Público online

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*climáticas
Imagem: Pixabay 

sábado, 14 de outubro de 2017

Olá, amigos

Depois de uma ausência não programada, eis-me de volta para a continuação da nossa troca de palavras, instrumento fundamental para este nosso convívio. Nesta troca acontecem coisas maravilhosas, sentimo-nos unidos e solidários e quando um falta todos se preocupam e procuram saber o que se passa, se se está doente se a vida vai correndo dentro da normalidade.

Hoje, trago-vos uma canção de Tozé Brito e Paulo de Carvalho, que traduz a tal preocupação de que falo acima e interesse pelo que se passa com o outro. Mas, ou muito me engano ou há neste interesse concreto um problema que envolve os dois amigos, no diálogo cantado, que é gostarem da mesma mulher(?). Não sei. O que eu sei é que gosto muito destes dois, no registo de 1979. 
Por isso, ei-los:


Quanto ao mais, cá vamos indo, sentados na primeira fila deste espectáculo que é o nosso país. Todos os dias aparecem novos actores, bem, que de novos não têm quase nada, com as mesmas falas mansas preparando-se para as eleições que não estão muito longe. E quando temos o poder na ponta dos dedos, prontos para fazer a tal cruz, o que acontece é que não há muito por onde escolher.

Voltarei para finalizarmos a conversa iniciada no post anterior. Que já tarda.

Um bom fim de semana a todos, é o que vos desejo.

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Nota: Não era este o video que queria trazer. Não consegui importar o que me interessava. Há como que um acompanhamento sobreposto. Sorry.
video: youtube