O Vírus. O novo Corona-Vírus. Sars Covid-2. Ou a Covid-19. Porquê no feminino? Talvez seja a doença em si. Ou o Covid, numa versão mais intimista, familiar-quase, um tu cá tu lá, com anedotas à mistura. Será esta a sequência? Coisa para cientistas, eles que sabem distinguir e destrinçar a evolução do Vírus do nosso descontentamento.
Mas não só descontentamento. Também do nosso medo. Porque num caso como este é saudável termos medo. Ter medo e não deixar que nos domine e procurarmos pensar com lucidez. Ter medo e precaver-nos. Ter medo e convencermo-nos de que teremos de viver e conviver com ele durante muito tempo, talvez.
Daí que aborde aqui o estado de emergência, emergência que é imposto por decreto, com todas as limitações de movimento aos cidadãos, porque assim o quisémos. Isto é, elegemos pessoas para tomarem decisões por nós quando necessário, para a nossa vida em sociedade. Um hiato consentido na nossa liberdade.
E o estado de calamidade? É outra espécie de limitação, para catástrofes, desgraças, enfim sabemos o que é, competência do Governo. Mas há diferenças em relação ao estado de emergência.
Queiram tomar nota:
Da emergência à calamidade: O que vai mudar?", um artigo do DN, mais abaixo.
O certo é que vamos ter de recomeçar, devagarinho, porque a Economia o requer e, também a nossa Saúde em geral, bem como a Cultura e a Educação, mas ficará na consciência de cada um a circulação com equipamento de protecção. Haverá, sim, aconselhamento sobre isto e aquilo, recomendações sobre a higienização, alertas para não se formarem grupos. Mas não obrigatoriedade, segundo deduzo.
Queiram tomar nota:
Da emergência à calamidade: O que vai mudar?", um artigo do DN, mais abaixo.
O certo é que vamos ter de recomeçar, devagarinho, porque a Economia o requer e, também a nossa Saúde em geral, bem como a Cultura e a Educação, mas ficará na consciência de cada um a circulação com equipamento de protecção. Haverá, sim, aconselhamento sobre isto e aquilo, recomendações sobre a higienização, alertas para não se formarem grupos. Mas não obrigatoriedade, segundo deduzo.
Ora, o que sucede já neste momento, ainda com o estado de emergência em vigor? Muito simples. Em jeito blasé, vêem-se pessoas em pequenos grupos a circular e a conversar, grupinhos à porta de onde se vende café, pão ou take away e supermercados, também a passearem com crianças pela mão, automóveis cheios não se sabe se com pessoas da mesma casa ou não. Tudo isto seria normal se tivéssemos vencido a doença. Mas não é o caso.
Há que recomeçar a vida que ficou suspensa, é verdade. Mas onde estão as máscaras? Onde está o cuidado no distanciamento social? Socialização sim, mas...
Há que recomeçar a vida que ficou suspensa, é verdade. Mas onde estão as máscaras? Onde está o cuidado no distanciamento social? Socialização sim, mas...
Sabemos que o Vírus não desaparece de um dia para o outro como por milagre ou porque vamos passar do estado de emergência para o de calamidade.