O Trato
Era assim meu afecto
e assim é que o conservo;
maduro na lembrança
e secreto e severo.
Não o pus (minha boca
altiva) em gesto ou voz;
meu sol no entanto era
muito mais sol.
Não o soubeste, e agora
se sabes, não te dói.
Se sabes, não te move,
dizes, e em ti não passou.
Não importa; do trato
não fui eu quem faltou.
Meu caminho foi feito;
ai de quem não amou.
in "Noite Afora"
Renata Pallottini (São Paulo, 20 de janeiro de 1931) é uma dramaturga, ensaísta, poetisa e tradutora brasileira. Apesar de intensa atividade no teatro, na TV, como professora e em atividades administrativas ou políticas, é na poesia que Renata Pallottini encontra seu chão mais rico e fecundo. Todas as outras formas em que se tem debruçado levam a marca inconfundível do poético, o que a caracteriza e diferencia como criadora.aqui
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Que bom ver essa extraordinária poeta aqui no seu blog e muito bem apresentada! Gosto muito de sua poesia cheia de sentimentos que até nos identificamos.
ResponderEliminarUm beijo, querida Olinda, dias felizes pela frente.
Bonito poema.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Exteriorizar o amor nem sempre é fácil!
ResponderEliminarAbraço
Bom dia:- Ai de quem não amor. Este verso classifico este belo poema. Amar é, talvez, a maior razão para se viver.
ResponderEliminar.
............. POEMA ..............
^^^ Mulher em pétalas de amor ^^^
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Que a felicidade resida em seu coração.
Não conhecia a poetisa.
ResponderEliminarE gostei imenso do poema. Obrigado pela partilha.
Olinda, continuação de boa semana.
Beijo.