Ó mãe, regressa a mim. Embala-me no tempo em que os teus lábios rebentavam de ternura. Ó mãe, ó minha mãe, ó rio de água pura, correndo pelas veias. Pelo vento.
Ó mãe, que és mãe de Deus, que és mãe de mim e mãe de Antero e de Camões, e mãe de quem lhe faltam as palavras como se faltasse o ar. E são assim uma espécie de filhos de ninguém. Abre o teu ventre, mãe. Acorda. Vem parir-me. E vem sofrer a minha dor uma vez mais. Morrer de amor por mim. Vem impedir-me o medo. Ensinar-me a amar a luz dos animais.
Ó mãe, ó minha mãe. Ó pátria. Ó minha pena. Que me pariste, assim, temperamental. Mãe de Ulisses, de Guevara e mãe de Helena. E mãe da minha dor universal.
Joaquim Pessoa
in 'Ano Comum'
Sempre a espantar-me com os seus textos, os seus poemas, as suas emoções. Palavras que vão direitinhas ao coração dirigidas à sua Mãe, à minha Mãe, às vossas Mães, a todas as Mães e, quem sabe, à Mãe-Pátria, à Mãe-Universo.
Joaquim Pessoa, poeta, artista plástico, publicitário e estudioso de arte pré-histórica. Foi galardoado com o mais importante prémio português de poesia – o Prémio da Associação Portuguesa de Escritores e da Secretaria de Estado da Cultura – e ainda com o Prémio de Literatura António Nobre e com o Prémio Cidade de Almada. Mais... Aqui
Sempre a espantar-me com os seus textos, os seus poemas, as suas emoções. Palavras que vão direitinhas ao coração dirigidas à sua Mãe, à minha Mãe, às vossas Mães, a todas as Mães e, quem sabe, à Mãe-Pátria, à Mãe-Universo.
Joaquim Pessoa, poeta, artista plástico, publicitário e estudioso de arte pré-histórica. Foi galardoado com o mais importante prémio português de poesia – o Prémio da Associação Portuguesa de Escritores e da Secretaria de Estado da Cultura – e ainda com o Prémio de Literatura António Nobre e com o Prémio Cidade de Almada. Mais... Aqui
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Quinzena do Amor - de 31/01 a 14/02
Post 8 - Alma minha gentil que te partiste
Post 7 - Do inquieto oceano da multidão
Post 6 - Amar teus olhos
Posta 5 - Conheço esse sentimento
Post 4 - Éramos tu e eu
Post 3 - Saudades não as quero
Post 2 -Não é por acaso
Post 1 - É daqui a pouco
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Post 2 -Não é por acaso
Post 1 - É daqui a pouco
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Texto:Citador
Imagens: Pixabay
O poema é realmente muito interessante, Olinda.
ResponderEliminarExcelente opção, Amiga.
Beijinhos
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Parabéns Olinda, por esta iniciativa.
ResponderEliminarTenho-me deliciado a ler tudo o que tem publicado.
Vou continuar atenta.
Beijo e bom domingo.
Ó Linda Olinda, lindo poema de poeta que pouco conheço! Minha gratidão pela bela partilha! Enalteço este espaço de cultura onde mais uma luz se fez. Esses Pessoas são "os caras", hem!... Fernando o melhor depois de Camões, para mim, e esse Joaquim que não fica atrás. Portugal foi berço de grandes poetas - sou fã da Florbela. Parabéns pela excelência da escolha! Minha gratidão e abraço amigo. Laerte.
ResponderEliminarCaro Laerte
EliminarFez-me lembrar um colega que sempre se me dirigia chamava-me assim: "Ó menina ó ai ó linda". Isso, parafraseando uma cantiga popular destas paragens, "ó ai ó linda". Também existe uma outra versão em toada de fado na voz de Amália:
https://www.youtube.com/watch?v=lDnzMOg7VaI
Muito obrigada pela sua presença e comentário.
Abraço
Olinda
Adoro Joaquim Pessoa.
ResponderEliminarUm dos meus poetas preferidos.
Abraço