quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

"Domesticadora de Girassóis"

 




"Espreito cuidadosamente o homem moderno, à noite, para que não me veja e não se assuste e não me contamine com a sua modernidade, espreito o vírus à distância, espreito-o através das cortinas esgarçadas que me separam do vidro fosco das janelas, espreito-o no umbral da ombreira e fico assim parado a espreitá-lo, como se não fosse um fantasma à espreita.

Aonde nos levará o lixo?

Vem nas notícias: a criminalização dos sem-abrigos agravou-se. Dois mil anos depois, equivocados discípulos de Platão reuniram-se com o intuito de expulsar os vagabundos das ruas. "Rua proibida a sem-abrigo", lê-se ali. "É proibido ser sem-abrigo", lê-se acolá. E eu vazio numa casa cheia de nada."

Este é um pedacinho de um livro que estou a ler. 
E estou a gostar muito. 
Quando voltar falar-vos-ei dele, talvez...


Abraços
Olinda

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Autor do livro referido:
Henrique Manuel Bento Fialho
pg. 24

Imagem: pixabay

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Zeca Afonso

 


Balada de Outono


José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (Aveiro2 de agosto de 1929-Setúbal23 de fevereiro de 1987), foi um cantor e compositor português. É também conhecido pelo diminutivo familiar de Zeca Afonso, apesar de nunca ter utilizado este nome artístico. É o autor de Grândola, Vila Morena que foi utilizada pelo Movimento das Forças Armadas para confirmar que a Revolução do 25 de Abril estava em marcha. aqui


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domingo, 23 de fevereiro de 2025

Eu te amo





Tu me encantas,

Alivias meu ser

Das máculas cotidianas.

Meu olhar te procura


E teu reflexo vibra em mim.

Há tantos desmazelos

A destruir tua harmonia.

Tu me falas, sinto conexão,

A tua inteligência ilimitada.

São muitos teus sinais

Que me dão confiança

Para seguir meus propósitos

E minhas intuições.


Cuidar de ti urge!

Grande consciência,

Pequenos hábitos,

Menor soberba

De nós, humanos.


Viva! Terra,

Eu te amo e sofro por ti.





Terra, a nossa casa! Precisamos amá-la, preservá-la, 
pois não temos outra. Amar o mar, os rios, a floresta, e todos os seres vivos que a povoam...




Canção da Terra
Teatro Mágico









Nota:

Amigos

O "Xaile de Seda" vai entrar em repouso, a partir de 27/2, não por cansaço mas, sim, porque vou fazer uma viagenzinha com os meus rebentos.

Fiquem bem.
Até sempre.

Abraços
Olinda



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Imagem: pixabay

O poema foi-me trazido pela autora, o que muito lhe agradeço :)
Beijinhos, Norma.