segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Era uma vez um Pinhal...

Ao 
ARGOS



Tem o nome de Pinhal de Leiria. Tantos e tantos anos ali, quase tantos como os da nossa independência e a assumpção da nossa identidade como povo. Diz esse mesmo povo e livros de História da instrução primária e não só que o dito Pinhal foi mandado plantar pelo rei D. Dinis e por via disso ficou conhecido na História de Portugal com o cognome de "O Lavrador". 

Mas aconteceram duas coisas que vêm desestabilizar a história do dito Pinhal: 1º. - consta que afinal não foi D. Dinis quem mandara plantá-lo, antes poderá ter mandado substituir os pinheiros mansos por pinheiros bravos; 2º. O Pinhal de Leiria ardeu em 80% da sua área nos incêndios de 15 de Outubro de 2017. 

Mas há esperanças na sua revitalização. A área vai receber 70 mil pinheiros e junta 20 mil pessoas a 17 de Março próximo, para o efeito, diz o jornal Região de Leiria.

Assim seja!

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veja aqui:
Notícia aqui
Opiniões de Cristina Torrão aqui e aqui
O seu livro: "D. Dinis - A quem chamaram
O Lavrador" 

9 comentários:

  1. Uma ótima notícia.
    Abraço e boa semana

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    1. Sim, é verdade, Elvira. Que tudo corra como previsto. E o tempo urge.

      Bj

      Olinda

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  2. Foi uma tragédia o pinhal de Leiria ter ardido em 80% da sua área. Espero que a reflorestação aconteça...
    Uma boa semana, minha Amiga.
    Um beijo.

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    1. Olá, Graça

      A reflorestação da área é algo que não pode esperar e ainda bem que há movimentação positiva nesse sentido. E é assunto que nos diz respeito a todos.

      Bom fim de semana.

      Bj

      Olinda

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  3. Como sempre, um post muito interessante que me levou a ler a " polémica " sobre a criação do pinhal de Leiria; há sempre muitas dúvidas sobre factos histórico o que é normal, pois cada um conta conforme o que mais lhe convém. É ver a história do Brasil que seria a mesma que a nossa, mas o Brasil conta-a do jeito deles e nós do nosso. Por exemplo o D. Pedro para o Brasil foi um herói, para nós um traidor: Tiradentes foi tão importante para a independência do Brasil que tem um dia dedicado a ele e que é feriado, enquanto que para nós ele nem sequer existiu. Olinda, esperemos que a reflorestação do Pinhal seja um sucesso e que se tente fazer o mesmo nas outras regiões fustigadas pelos terriveis incendios. Boa noite, querida amiga! Beijinhos
    Emilia

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    1. Olá, Emília

      Tens razão quanto aos factos históricos. Diz-se que quem escreve a História dos povos são os vencedores. Há aquela veia panegírica apetecível que é usada nas crónicas e são elas que depois vêm servir de fonte àquilo que nos é/foi transmitido. É certo que com o tempo foram surgindo outros documentos, e os especialistas também se apoiam neles numa interpretação comparada.

      Mas não nos esqueçamos que, sendo um trabalho de ciências humanas, poderá haver disparidades nas análises. E, na realidade, na maior parte das vezes há mesmo.

      Muito obrigada, querida Emília, pela tua visita e comentário.

      Beijinhos

      Olinda

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  4. Olá Olinda,

    Demorei a responder a este Post porque estive a ler e a aprofundar o tema. Gostei muito da forma como trouxe e tratou este assunto no seu Blog, muito obrigado,
    Vou ler o livro que aqui indica!

    Sabe? A história de Portugal sempre me fascinou e a primeira dinastia tem um cantinho especial no meu coração /imaginário de menino. Sonhava com todas aquelas lutas e conquistas e tinha (tenho) um grande respeito pelo rei poeta e lavrador.

    Mais uma vez obrigado e um abraço



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    1. Olá, Argos

      Também eu gosto muito de História, tanto que me formei nesta área. Desde a infância que trazia em mim esse bichinho, transmitido por minha mãe. :)

      Sendo a História uma construção humana, depois dos factos ocorridos os historiadores analisam-nos de conformidade com os documentos que têm à sua disposição. Muitas vezes, aquilo que já tínhamos como dado adquirido sofre alterações porquanto surgem novos documentos ou aqueles que já existiam são sujeitos a um olhar mais aturado.

      Depois, há as lendas e os mitos. Embora sem fundamento científico eles, as lendas e os mitos, sustêm os nossos sentimentos tendo como pano fundo o orgulho nacional. Reconheço que são matéria privilegiada de regimes políticos que procuram suporte para as suas políticas, conduzindo as pessoas para determinado caminho psicológico.

      Cristina Torrão dedica-se ao estudo da Idade Média da História de Portugal. Adoro os seus romances históricos. Não foge um milímetro ao rigor histórico e dá uma preciosa dimensão humana aos nossos Reis. É um talento.

      Muito obrigada, Argos, por interessar por temas de História.

      Abraço

      Olinda

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    2. corrigindo-me :)

      ...se interessar...

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