Caminhei sempre para ti sobre o mar encrespado
na constelação onde os tremoceiros estendem
rondas de aço e charcos
no seu extremo azulado
Ferrugens cintilam no mundo,
atravessei a corrente
unicamente às escuras
construí minha casa na duração
de obscuras línguas de fogo, de lianas, de líquenes
A aurora para a qual todos se voltam
leva meu barco da porta entreaberta
o amor é uma noite a que se chega só
José Tolentino Mendonça
In: A estrada Branca
Quando a Fé move montanhas isso é Amor:
"Porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele” (Marcos 11:23; veja Mateus 17:20; 21:21; 1 Coríntios 13:2)*
Poeta, sacerdote e professor, José Tolentino Mendonça nasceu na ilha da Madeira. Estudou Ciências Bíblicas em Roma e vive em Lisboa, onde, entre outras responsabilidades académicas e pastorais, é vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa (onde se doutorou em Teologia), diretor do Centro de Investigação em Teologia e Estudos de Religião e capelão da capela do Rato. É também consultor do Pontifício Conselho para a Cultura (órgão do Vaticano). Mais...
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Quinzena do Amor - De 31/01 a 14/02
Post 10 - sim.foi por um beijo em simples vendaval que morri, Post 9 - Ó Mãe, Post 8 - Alma minha gentil que te partiste, Post 7 - Do inquieto oceano da multidão,Post 6 - Amar teus olhos, Posta 5 - Conheço esse sentimento, Post 4 - Éramos tu e eu, Post 3 - Saudades não as quero, Post 2 -Não é por acaso, Post 1 - É daqui a pouco
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Poema: Citador
*Citação: daqui
Imagens: daqui e daqui
Olá Olinda!
ResponderEliminarEstou encantada com os poemas da "quinzena do amor".
Aqui lhe mando a minha escolha. Um pequenino mas belo poema da ENORME Sophia.
Publique se achar bem.
Beijo e boa semana.
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POEMA DE AMOR DE ANTÓNIO E CLEÓPATRA
Pelas tuas mãos medi o mundo
E na balança pura dos teus ombros
Pesei o ouro do Sol e a palidez da Lua.
Poema de Sophia de Mello Breyner Andresen, poetisa portuguesa (1918-2004), em "Obra poética I", Círculo de Leitores, 1992
Olá, Teresa
ResponderEliminarMuito obrigada, adoro Sophia. Houve uma altura em que abri o ano com uma série de poemas dela e apontamentos biográficos. Foi uma enorme e saborosa aventura. :)
Vou publicá-lo e com enorme prazer.
Beijinhos
Olinda
José Tolentino de Mendonça é um dos poetas que releio obrigatoriamente. Gosto muito de tudo o que ele escreve. Gostei de encontrar aqui este poema...
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
agrada-me a ideia de que o amor "é uma noite a que se chega só"
ResponderEliminarcontrariando, porventura, a opinião dominante
abraço, Olinda
Obrigada por esta partilha de um poeta que não conhecia e que gostei de ler.
ResponderEliminarAbraço e boa semana
Acho a chave do soneto um pouco estranha...
ResponderEliminarMuito bem escrito.
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Beijinhos, Olinda amiga.´
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