quarta-feira, 24 de julho de 2024
Uma Gota de Luz
sábado, 20 de julho de 2024
O Tempo dos Povos Africanos
Elisa Larkin Nascimento, norte-americana, nesta obra denominada Suplemento didáctico, O Tempo dos Povos Africanos, realiza um trabalho gigantesco, reconstruindo a história autêntica de África, dos africanos e dos seus descendentes em todos os continentes numa linha do tempo que começa no próprio berço e vai até ao século XXI, com ramificações em todas as direcções para onde emigraram os primeiros africanos.
Com o método de divisão do tempo, tendo como base os 500 anos do achamento do Brasil, vai recuando de 500 em 500 anos até aos 5000 anos, para demonstrar a acção em todas as áreas dos povos africanos.
Considera falaciosa a divisão de ÁFRICA em África Negra e África Branca, e demonstra-o, como se Saara fosse um elemento intransponível, mormente num tempo em que esse espaço era verde:
Sobre o facto de se dizer que África não tem História, referindo que não havia escrita, trata-se de um preconceito que ajudou a reforçar essa tese equivocada: a própria definição de escrita.
Os europeus usam o sistema fonológico alfabético, onde cada letra representa um som. O alfabeto árabe, que prevaleceu durante séculos na Europa, é fonológico silábico, cada letra representando uma sílaba. Mas há outros tipos de escrita, como o pictográfico e o ideográfico,(...) Na África, os pictogramas constituem uma rica e variada forma de expressão, registrando saudações, histórias, e advertências. O simbolismo religioso bwiti do Gabão, as paredes de casas pintadas na região ocidental dos Camarões, ou as seqüências de desenhos utilizados pelos sin’anga (médicos) de Malawi são alguns exemplos dessa forma de escrita que se encontra em toda a África.
Defendendo, como outros autores, como Basil Davidson*, que África é o Berço da Humanidade pelas pesquisas realizadas e descobertas até agora confirmadas, não deixa de referir um aspecto muito importante que é o DNA Mitocondrial, que nos coloca a todos na mesma senda matrilinear:
Fico por aqui em relação a este relato. Indico abaixo o link que dá acesso a esse Suplemento.
Mali
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O Tempo dos Povos Africanos - Elisa Larkin Nascimentosábado, 13 de julho de 2024
História da África Negra
A África Negra compreende as regiões ao Sul do Saara pelo que passou a ser designada posteriormente por África Subsaariana. É constituída por 48 países cujas fronteiras resultaram da colonização.
Como foi dito atrás, África é considerado ou era considerado um continente sem História.
Em 1830, Hegel decretava que "A Africa não é uma parte histórica do mundo", e depois dele muitos foram os historiadores que, sacrificando mais ao preconceito do que à ciência, repetiram em vários tons a mesma ideia.
Coupland, no seu manual L'Histoire de l'Afrique Orientale, escrevia (em 1928,...): "Até D.Livingstone pode-se dizer que a África não tivera história. A maior parte dos seus habitantes tinham permanecido, durante tempos imemoriais, mergulhados na barbárie...."
Outra citação característica: "... apenas duas raças humanas que habitam a África desempenharam um papel digno de nota na história universal: em primeiro lugar e de maneira considerável, os Egípcios; depois, os povos do Norte de África".
segunda-feira, 8 de julho de 2024
ÁFRICA
Continente considerado sem História por alguns autores.
sexta-feira, 5 de julho de 2024
A Última Lua de Homem Grande
Onde é que eu estou?,
Na garganta de todos os Homens
Cabo Verde - Mornas
terça-feira, 2 de julho de 2024
Adélia Prado - Vencedora do Prémio Camões 2024
Adélia Prado, poetisa de nacionalidade brasileira é a vencedora do Prémio Camões, de 2024, o mais alto galardão da Língua Portuguesa.
Em sua homenagem transcrevo um dos seus poemas:
Com licença poética
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas, o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida, é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
Adélia Luzia Prado de Freitas (Divinópolis, 13 de dezembro de 1935) é uma poetisa, professora, filósofa, romancista e contista, ligada ao Modernismo. Considerada a maior poetisa viva do Brasil.
Sua obra retrata o cotidiano com perplexidade e encanto, norteados pela fé cristã e permeados pelo aspecto lúdico, uma das características de seu estilo único. Em 1976, enviou o manuscrito de Bagagem para Affonso Romano de Sant'Anna, que assinava uma coluna de crítica literária no Jornal do Brasil. Admirado, acabou por repassar os manuscritos a Carlos Drummond de Andrade, que incentivou a publicação do livro pela Editora Imago em artigo do mesmo periódico.
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Poema - daqui