quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Desde sempre em mim





Contente. Contente do instante 
Da ressurreição, das insônias heróicas 

Contente da assombrada canção 
Que no meu peito agora se entrelaça. 
Sabes? O fogo iluminou a casa. 
E sobre a claridade do capim 
Um expandir-se de asa, um trinado 

Uma garganta aguda, vitoriosa. 

Desde sempre em mim. Desde 
Sempre estiveste. Nas arcadas do Tempo 
Nas ermas biografias, neste adro solar 
No meu mudo momento 

Desde sempre, amor, redescoberto em mim.

Hilda Hilst 

(1930-2004)






Poetaficcionistacronista e dramaturga brasileira. É considerada pela crítica especializada como uma das maiores escritoras em língua portuguesa do século XX.

Sobre esta autora veja aqui, no Xaile de Seda.

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Quinzena do Amor
Post 23 - Sul, Post 22 - E, longe de ti, o tempo era tempo...,Post 21 - Victoria, Post 20 - Carta (Esboço), Post 19 - Morena, Post 18 - Diz o meu nome, Post 17 - Canção do africano, Post 16 - Os cinco sentidosPost 15 - Amor a amor nos convidaPost 14 - E Serei VeleiroPost 13 - Poema de Amor de António e CleópatraPost 12 - Que era é esta?Post 11  - A noite abre meus olhosPost 10 - sim.foi por um beijo em simples vendaval que morriPost 9 - Ó MãePost 8 - Alma minha gentil que te partistePost 7 - Do inquieto oceano da multidão,Post 6 - Amar teus olhosPosta 5 - Conheço esse sentimentoPost 4 - Éramos tu e euPost 3 - Saudades não as queroPost 2 -Não é por acasoPost 1 - É daqui a pouco
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Poema: Citador
in 'Preludios-Intensos para
 os Desmemoriados do Amor' 

Imagens:Net

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