Dizias que nos sobram as palavras:
e era o lugar perfeito para as coisas
esse escuro vazio no teu olhar.
E demorava a dura paciência,
fruto do frio nas nossas mãos vazias
que mais coisas não tinham para dar.
Dizia então a dor o nosso gesto
e durava nas coisas mais antigas
a solidão sem rasto que há no mar.
Poesia Reunida (1985-1999)
imagem: daqui
(^‿^)❀
ResponderEliminarOh ! MERCI pour ce beau partage Olinda !!!!
J'adore ❤
GROSSES BISES d'Asie et bonne journée !
" Sobram as palavras "...o olhar fica vazio e perdemo-nos" nas coisas mais antigas " que nos trazem saudade...que nos lembram dores. Há solidão...há falta de quem escute os lamentos de nossa alma. Mas...somos nós que temos sempre o poder de escolha...somos nós que temos de decidir se mudamos ou não de caminho, se nos resguardamos da chuva e, apesar dela, procuramos vislumbrar o sol. É preciso muita força para conseguirmos desviar o traçado da vida que, a cada dia nos mostra um caminho , às vezes tortuoso demais. E a música continua tocando, mas nem a ouvimos...é uma música calada na tristeza da solidão, na dor das palavras que não conseguem saír das almas inquietas. Sobram cá dentro e sufocam! Obrigada, amiga pela partilha destes poemas para mim desconhecidos. Um beijinho e uma boa semana, apesar da chuva.
ResponderEliminarEmília
Mas na solidão do mar que vemos
ResponderEliminarNão há pobreza, antes riqueza...
E nos pecados capitais
tão férteis nós os humanos,pois...
No mar não há preguiça
nem luxúria que apareça,
Nem tão pouco nasce a inveja,
Porque a gula nunca é sua...
Sempre gerando certeza
de que é isento de avareza!
Se ira parece ter quando nos chega à rua
não o é porque a rua é sua...
Sem soberba chegas... meu mar
que da impureza te livras
sempre sempre sem parar
na firmeza da palavras!
Há palavras que respiram por guelras
ResponderEliminarBjs