domingo, 30 de abril de 2023

Eis o Livro



Não há muito tempo escrevi o prefácio para a edição de um Livro dedicado ao Crioulo de São Vicente, Cabo Verde, da autoria de Manuel R. Melo Santos.

É um Livro composto de duas partes, a que o autor deu o título de "Manual de Estudo da Língua Caboverdiana e Projeto de Gramática Caboverdiana para o Ensino do "Kriol" a Estrangeiros".


Sendo destinado a Estrangeiros, são na verdade 3 livros, especificamente,

"Kriol/Português (Barlavento-variante São Vicente)"

"Kriol/Francês (Barlavento-variante São Vicente)"

"Kriol/Inglês (Barlavento-variante São Vicente)"


O lançamento deste Livro será efectuado no próximo dia 4 de Maio, pelas 18.30, no Centro Cultural do Mindelo, pelo que apresento o Convite a quem puder estar presente e quiser embarcar nesta aventura.



A apresentação estará a cargo da Doutora Dora Oriana Pires - Docente universitária; foi Vice-Reitora da UNI/CV em São Vicente; Doutora em Ciências Linguísticas, especialidade em ensino da língua materna – FLUO, Santiago de Cuba. Atualmente é Deputada Nacional pela bancada do partido UCID e Presidente da Assembleia Municipal – em São Vicente. Acabou de lançar, em Santo Antão, a sua obra: “O CABOVERDIANO, LÍNGUA MATERNA DA REPÚBLICA DE CABO VERDE, E SUA INTRODUÇÃO NAS ESCOLAS DO PAÍS”, e já havia feito o mesmo, neste espaço, a 18 de outubro de 2022;

Coadjuvada pelas Professoras aposentadas do ensino secundário:

Lóide Rocha – Licenciada em Estudos Cabo-verdianos e Portugueses – pela UNI/CV – Pólo do Mindelo. Professora de Língua Portuguesa. • 

Filomena Lima – Mestre em História – Relações Internacionais e Cooperação, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto – Portugal. Professora de História e Cultura Caboverdiana.

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Muitos Parabéns a Manuel R. Melo Santos por este seu trabalho e votos do maior sucesso.

Olinda


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sexta-feira, 28 de abril de 2023

Meu Caro Amigo

No ano em que foi atribuído o Prémio Camões a Chico Buarque de Hollanda, 2019, referi esse acontecimento cultural, aqui, no Xaile de Seda, com muito regozijo.

O facto desse prémio lhe ter sido entregue a 24/04/2023, na véspera das comemorações da Revolução de Abril de 1974, marcará indelevelmente, essa data, creio eu, e estreitará ainda mais os laços de amizade com o Brasil.

E o cheirinho a alecrim junta-se ao dos cravos vermelhos tornando o perfume mais intenso e o desideratum de que caminharemos na senda da tão amada Liberdade.

Hoje não trago a canção que deixo entrever acima, mas esta, Meu Caro Amigo, interpretada com muita espontaneidade e alegria.



 

Bom resto de semana, meus amigos.

Abraços

Olinda



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Veja a Notícia aqui

segunda-feira, 24 de abril de 2023

E depois do Adeus

Este é o ano do 49º Aniversário da Revolução de Abril de 1974. E, neste ano, resolvi ir à procura da canção que serviu de primeira senha ao arranque das tropas comandadas por aqueles que ficaram conhecidos como "Capitães de Abril".

Segundo li, esta canção por não ter pendor político não chamaria a atenção da PIDE, embora posteriormente se tente encontrar outras explicações. Acabadinha de ganhar o XI Festival da Canção da RTP, a 07/03/74, portanto muito em voga e no ouvido.

A segunda senha para a movimentação foi, como sabemos, "Grândola, Vila Morena", de Zeca Afonso.





Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz

Em silêncio, amor
Em tristeza enfim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder

Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci

E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei

E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós

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AUTORES

José Niza/Letra
José Calvário/Música



Onde estaríamos nós nessa altura? Muita água já correu debaixo da ponte. Uma eternidade. Até parece que sempre vivemos em Liberdade. Mas não, houve tempo em que ela andou arredada das nossas vidas.

Por isso, é bom que a amemos e a valorizemos.
 
E que nunca mais tenhamos de ouvir comunicados como o que se segue:

“Aqui Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas. As Forças Armadas Portuguesas apelam para todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de recolherem a suas casas, nas quais se devem conservar com a máxima calma”. Foi com este texto, lido aos microfones do Rádio Clube Português pelo locutor de serviço Joaquim Furtado, que às 4 da manhã do dia 25 de abril de 1974 o povo português tomava conhecimento de que uma revolução estava em marcha, e que a ditadura do Estado Novo terminava. (...)"


Grande abraço,
Olinda




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Imagem:Net

 A canção - autores, intérprete: aqui


sábado, 22 de abril de 2023

AMEI DEMAIS






Madruguei demais. Fumei demais. Foram demais
todas as coisas que na vida eu emprenhei.
Vejo-as agora grávidas. Redondas. Coisas tais,
como as tais coisas nas quais nunca pensei.

Demais foram as sombras. Mais e mais.
Cada vez mais ardentes as sombras que tirei
do imenso mar de sol, sem praia ou cais,
de onde parti sem saber por que embarquei.

Amei demais. Sempre demais. E o que dei
está espalhado pelos sítios onde vais
e pelos anos longos, longos, que passei

à procura de ti. De mim. De ninguém mais.
E os milhares de versos que rasguei
antes de ti, eram perfeitos. Mas banais.

Joaquim Pessoa
in 'Ano Comum'



Soube da morte deste grande autor no Blogue Parapeito.
Joaquim Pessoa tem sido uma presença assídua aqui no Xaile de Seda. Hoje publico mais um poema dele. 
Fá-lo-ei mais vezes.



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Bom fim de semana, amigos,
Abraço
Olinda


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Poema: do Citador

Veja alguns posts sobre Joaquim Pessoa, no Xaile de Seda:

sábado, 15 de abril de 2023

AS CAUSAS



Todas as gerações e os poentes.
Os dias e nenhum foi o primeiro.
A frescura da água na garganta
De Adão. O ordenado Paraíso.
O olho decifrando a maior treva.
O amor dos lobos ao raiar da alba.
A palavra. O hexâmetro. Os espelhos.
A Torre de Babel e a soberba.
A lua que os Caldeus observaram.
As areias inúmeras do Ganges.
Chuang Tzu e a borboleta que o sonhou.
As maçãs feitas de ouro que há nas ilhas.
Os passos do errante labirinto.
O infinito linho de Penélope.
O tempo circular, o dos estóicos.
A moeda na boca de quem morre.
O peso de uma espada na balança.
Cada vã gota de água na clepsidra.
As águias e os fastos, as legiões.
Na manhã de Farsália Júlio César.
A penumbra das cruzes sobre a terra.
O xadrez e a álgebra dos Persas.
Os vestígios das longas migrações.
A conquista de reinos pela espada.
A bússola incessante. O mar aberto.
O eco do relógio na memória.
O rei que pelo gume é justiçado.
O incalculável pó que foi exércitos.
A voz do rouxinol da Dinamarca.
A escrupulosa linha do calígrafo.
O rosto do suicida visto ao espelho.
O ás do batoteiro. O ávido ouro.
As formas de uma nuvem no deserto.
Cada arabesco do caleidoscópio.
Cada remorso e também cada lágrima.
Foram precisas todas essas coisas
Para que um dia as nossas mãos se unissem.

Jorge Luis Borges,


Jorge Luís Borges casou-se já no final da vida com Maria Kodama, a mulher que o acompanhava havia anos, fosse como leitora (assim começou, ao que parece, a sua relação, pois Borges cegara bastante cedo), fosse como uma espécie de secretária (era ela que organizava a sua agenda).
(...)Maria Kodama morreu no final de Março e ninguém encontra o seu testamento. Deste testamento constariam certamente os nomes das pessoas para quem seriam transmitidos os seus bens, nomeadamente os direitos de autor das obras de Jorge Luis Borges. Se o documento não for encontrado, a propriedade será transferida para o Estado argentino, (...)

Excerto de um texto in "Horas Extraordinárias", intitulado 







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in "História da Noite"
Tradução de Fernando Pinto do Amaral
Poema trazido do Citador

Alguns posts no Xaile de Seda, sobre Jorge Luís Borges

domingo, 9 de abril de 2023

Lídia/Lydia

 

Sofro, Lídia, do medo do destino. [1]

Sofro, Lídia, do medo do destino.

Qualquer pequena cousa de onde pode

Brotar uma ordem nova em minha vida,

        Lídia, me aterra.

Qualquer cousa, qual seja, que transforme

Meu plano curso de existência, embora

Para melhores cousas o transforme,

        Por transformar

Odeio, e não o quero. Os deuses dessem

Que ininterrupta minha vida fosse

Uma planície sem relevos, indo

        Até ao fim.

A glória embora eu nunca haurisse, ou nunca

Amor ou justa estima dessem-me outros,

Basta que a vida seja só a vida

        E que eu a viva.

Sofro, Lídia, do medo do destino. [2]

Sofro, Lídia, do medo do destino.

A leve pedra que um momento ergue

As lisas rodas do meu carro, aterra

        Meu coração.

Tudo quanto me ameace de mudar-me

Para melhor que seja, odeio e fujo.

Deixem-me os deuses minha vida sempre

        Sem renovar

Meus dias, mas que um passe e outro passe

Ficando eu sempre quase o mesmo, indo

Para a velhice como um dia entra

        No anoitecer.













BRISA DE VERÃO

“Deixemos, Lydia, a ciência que não põe
Mais flores do que Flora pelos campos,
Nem dá de Apolo ao carro
Outro curso que Apolo...”

Ricardo Reis – in Obra de Fernando Pessoa.
Ed. - Assírio&Alvim

......................................................

Se como Lydia viesses cobrir meu rosto
Com o perfume de teus cabelos...

E como rosa abrupta
Te abrisses ao mistério de meus dedos...

Se meus olhos
Abrasassem como o sol da tua boca...

Se o grito e o mel povoassem meu deserto
Na glória de teu corpo...

Lírios em círio acesos
Luziriam no altar de meu desejo

E rosas e lírios te daria
Nas rosas e nos lírios que não ouso...
....................................................

Enfim, brisa de Verão. A que não resisto...


No blog - em 22/06/2009


BORDADO DE TEUS DEDOS

Benignos são os deuses e serenas as águas
Depois de os rios transbordarem.
Aceitemos, por isso, Lydia, o destino
Das coisas perecíveis.
Sem indagar da Mentira
Ou da Verdade
A distância.

Apenas o perfume
E a glória de ser…

E sejamos!... Entre o espinho
E a rosa apenas um suspiro breve
E o devir do tempo. E o fluir leve
De nossos passos.

E o bordado de teus dedos
Entrelaçados. A desenharem sinfonias
E afagos. Harpejo de poeta
Soltando maduros bagos e
Pétalas no carmim
De teus lábios…

Manuel Veiga

No blog - 09/01/2021



Dois tempos, dois Poetas, e a inspiração em alta. Ricardo Reis
com a sua Lídia aqui num tom sofrido...

Manuel Veiga parafraseia-o e recria Lydia e dá um tom outro à palavra. 
Conta com os deuses, mas nem sempre, e leva-a à beira-rio 
e canta o seu amor. Deparamo-nos com essa personagem não só nos seus livros, 
mas também esparsamente. 

Em "Caligrafia Íntima" encontramos nada mais nada menos do que 
cinco poemas "Em Louvor de Lydia", com a indicação de que a mesma é 
uma criação de Ricardo Reis, indicação essa que o autor tem o cuidado de repetir sempre que produz um poema que lhe é dedicado. 


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FELIZ PÁSCOA

Abraços 

Olinda



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Poema 1
26-5-1917

Poemas de Ricardo Reis. Fernando Pessoa. (Edição Crítica de Luiz Fagundes Duarte.) 

Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1994. 

 - 80.
Poema 2
11-8-1918

Poemas de Ricardo Reis. Fernando Pessoa. (Edição Crítica de Luiz Fagundes Duarte.) 

Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1994. 

 - 80a.

quarta-feira, 5 de abril de 2023

Palavras para uma Cidade

"Num tom leve, em jeito de história, José Saramago evoca as palavras primeiras que deram nome a Lisboa, conduzindo-nos ao passado longínquo anterior à chegada dos Romanos até ao topónimo por que é reconhecida nos nossos dias.


Tempo houve em que Lisboa não tinha esse nome. Chamavam-lhe Olisipo quando os romanos ali chegaram, Olissibona quando a tomaram os Mouros, que logo deram em dizer Ascchbouna, talvez porque não soubessem pronunciar a bárbara palavra. Quando, em 1147, depois de um cerco de três meses, os Mouros foram vencidos, o nome da cidade não mudou logo na hora seguinte: que aquele que iria ser o nosso primeiro rei enviou à família uma carta a anunciar o feito, o mais provável é que tenha escrito ao alto Aschbouna, 24 de Outubro, ou Olissobona, mas nunca Lisboa. Quando começou Lisboa a ser Lisboa de facto e de direito? Pelo menos alguns anos tiveram de passar antes que o novo nome nascesse, tal como para que os conquistadores Galegos começassem a tornar-se portugueses…

Estas miudezas históricas interessam pouco, dir-se-á, mas a mim interessar-me-ia muito, não só saber, mas ver, no exato sentido da palavra, como veio mudando Lisboa desde aqueles dias. Se o cinema já existisse então, se os velhos cronistas fossem operadores de câmara, se as mil e uma mudanças por que Lisboa passou ao longo dos séculos tivessem sido registadas, poderíamos ver essa Lisboa de oito séculos crescer e mover-se com um ser vivo, como aquelas flores que a televisão nos mostra, abrindo-se em poucos segundos, desde o botão ainda fechado ao esplendor final das formas e das cores. Creio que amaria a essa Lisboa por cima de todas as cousas.




Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória. Memória que é a de um espaço e de um tempo, memória no interior da qual vivemos, como uma ilha entre dois mares: um que dizemos passado, outro que dizemos futuro. Podemos navegar no mar do passado próximo graças à memória pessoal que conservou a lembrança das suas rotas, mas para navegar no mar do passado remoto teremos de usar as memórias que o tempo acumulou, as memórias de um espaço continuamente transformado, tão fugidio como o próprio tempo. Esse filme de Lisboa, comprimindo o tempo e expandindo o espaço, seria a memória perfeita da cidade." 
José Saramagoin O Caderno, Lisboa, Caminho, 2009' 


Nesse repositório de memórias do passado que se arrastam até ao presente, a partir do Sec. XV, como nos faz saber Isabel Castro Henriques, através do seu "Roteiro Histórico de uma Lisboa Africana", 2021, ou num estudo mais abrangente, "A Herança Africana em Portugal", 2007, contributos externos são trazidos pelos navegadores para este lugar que alberga no seu seio histórias de mil e uma cantigas.
Voltarei, muito em breve, 
a estas obras e a esta autora. 

Abraços
Olinda 



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Texto trazido de:
Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, aqui
Série de textos: contributo para a Língua Portuguesa de: José Saramago, Mia Couto, Germano de Almeida

https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/artigos/rubricas/idioma/palavras-para-uma-cidade/2452 [consultado em 17-11-2022]



domingo, 2 de abril de 2023

Por onde andei ...

Estive uns dias ausente como referi em devida altura. Foram dias de muito rebuliço, sem parar, de muito riso e festa com pessoas da família e amigos. Do muito que se andou e festejou trago algumas imagens do mar, do sol, das rochas, do artesanato.




Pôr-do-sol no Mindelo, captado do Rooftop do
Hotel Terra Lodge
Onde se comeu um belo cuscuz.
Ao fundo o Monte Cara.




Sempre o Monte Cara, monte icónico, que 
nunca falta em bilhetes postais ou fotografias,
ou em qualquer outra publicação que pretenda
dar a conhecer as especificidades da ilha.
Do espaço de lazer do Mansa Hotel.



Do mesmo lugar.
Vêmo-lo de entre os cortinados, o Monte Cara.
A cara de um homem moldado na pedra, 
pela natureza.
De mais perto distinguem-se todos os 
contornos.




No Martini Sunset. Para ali chegar segue-se 
por uma estrada tortuosa, a subir...
Piscina que, de determinado
ângulo, parece suspenso, quase a 
despenhar-se.
Bar mais à direita, e bonita esplanada




Praia da Laginha
Ao fundo o Ilhéu dos Pássaros
onde começa a Baía de S.Vicente.
Digamos que o Canal, com mar revolto em dias de muito
vento, fica para lá do ilhéu.
Mais ao longe o vulto imenso da 
Ilha de Santo Antão,
nha terra.



Aqui, uma nesga de mar da Baía do Calhau.
Mas, descendo um pouco mais, onde estou sentada, :)
 deparamo-nos 
com dois vulcões extintos e no sopé água azul
num doce marulhar.
A vinte minutos da cidade do Mindelo, o Calhau é
ideal para a prática de surf e pesca entre a 
Praia Grande e a Praia de Sargaça.



Restaurante Sabor
Viemos comer uma pizza a pedido do mais novo.
Acabámos por provar de tudo...e apreciar a
bela linha do horizonte que daqui se desfruta.
E a ilha de Santo Antão ao longe, 
envolta na bruma.




Artesanato na Praça Estrela
Há roupa africana de todas as cores, 
padrões e feitios.
Dizem-me que os vendedores são do Senegal
Há também lojas na cidade com artigos
 que vão descobrir motivos às origens
 



Uma rua da cidade de Mindelo.
Nesta cidade
encontram-se modernos edifícios de 
vários andares
a par de casas térreas em estilo colonial ou outro.




Um pormenor da Praia da Laginha,
praia que se encontra no centro da 
cidade de Mindelo.
Em tempo de praia, que é quase o ano todo,
é possível, à hora de almoço,
dar uma fugidinha e tomar um banho
de mar, ir almoçar a casa e voltar para
o escritório




A alguns quilómetros da cidade encontra-se
a Baía das Gatas. No acesso, temos rochas nuas de
 ambos os lados, com o Monte Verde a dominar a 
paisagem.
Este é um passadiço feito recentemente.
À direita uma quase piscina de água tépida. 

No Verão realiza-se no local um
grande festival musical




No regresso da Baía das Gatas, esta vista
espectacular, que se completa mais à esquerda com 
ondas espumosas a espreguiçarem-se na areia,
Divisa-se a Santa Luzia ao longe, ilha 
actualmente desabitada. Já albergou uma pequena 
comunidade de agricultores, no Sec.XVIII.
Com os ilhéus Branco e Raso constituem
uma reserva natural.




Réplica centenária da Torre de Belém, ao fundo.
Alberga o Museu do mar. 
Aqui perto, na rua de Praia, situa-se o Plurim de Peixe, 
diz-se que é de visita obrigatória
O interessante, para mim, está fora do mercado nos
passeios onde as mulheres vendem peixe
e verduras. Vejam, aquium texto que escrevi,
em tempos



Cremilda - Um raio de sol


As fotos que constam deste post é uma ínfima parte do que se viu e se registou. Nelas não há pessoas por respeito à sua privacidade, mas digo-vos que é um fervilhar que dá gosto. Seja no Porto Grande com barcos que chegam diariamente das outras ilhas com passageiros e cargas ou nas ruas, restaurantes e lojas.

Pequenos flashes sobre a ilha de São Vicente, em Cabo Verde, uma das ilhas do Arquipélago a que Basil Davidson chamou de Ilhas Afortunadas. Ou num plano mais alargado, serão as Ilhas Afortunadas da mitologia grega juntamente com a Madeira, os Açores e as Canárias, não esquecendo um pequeno enclave na costa africana. E, no seu conjunto, compõem a Macaronésia.

Abraços
Olinda  


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Fotos nossas