terça-feira, 6 de março de 2012

Alô, I.E.F.P. !

As listas de categorias, nos Centros de Emprego, deveriam ser actualizadas. Agora há outras áreas e nomenclaturas a serem contempladas, nomeadamente, técnicos e assistentes de comunicação e marketing, assistentes administrativos e comerciais, relações internacionais, engenharias várias, como sendo, engenharia ambiental, engenharia industrial, et caetera.

Mas, atente-se nisto:

Um jovem desloca-se a um Centro de Emprego de uma capital de distrito para se inscrever e candidatar-se a emprego. O funcionário, solícito e competente, entrevista-o, analisa o seu currículo e preenche a candidatura. A dificuldade apresenta-se quando ele pergunta ao jovem: Para que emprego se candidata? E o jovem responde: Para uma destas áreas, para que possuo perfil e experiência:comunicação e marketing, área comercial, relações internacionais em intercâmbio empresarial... O funcionário procura com afã alguma coisa que se lhe adeque tendo em conta a sua formação académica superior, domínio de três línguas e... Mas nada, a base de dados, obsoleta, não ajuda. De clique em clique lá consegue encontrar 'Escriturário, em geral'. E fica assim...
    
O resultado provável, será o seguinte: Quando uma empresa estiver à procura, nas inscrições da I.E.F.P., de candidatos a emprego com o perfil parecido ao do nosso jovem, não encontrará ninguém. Claro que não será por aí que se explica a taxa de 14,8% de desemprego no geral e de 35% em relação aos jovens. Mas lá que ajuda ao descalabro, ajuda...




I.E.F.P.

14 comentários:

  1. Querida Olinda
    Eu não sei se isso não será propositado...
    Se calhar estou a ser 'má língua'... mas neste desgraçado país já nada me espanta.
    No entanto... não posso esquecer que somos um país de contradições: há muita falta de emprego, mas muitas vezes precisa-se de um determinado serviço feito e não se encontra quem o faça...
    Estou certa ou estou errada???

    É melhor estar calada, antes que diga algum disparate :)))

    Beijinhos, querida.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Querida Mariazita

      É como dizes Mariazita, muitas vezes é muito difícil senão impossível encontrar alguém que nos faça um trabalho, daqueles pequenos-grandes trabalhos trabalhos que não sabemos nem conseguimos fazer... Posso relatar-te um caso que aconteceu comigo, de um pintor que, quando terminou a empreitada da pintura do prédio onde resido, lhe propus-lhe a pintura do meu apartamento disse que ia ver e nunca mais apareceu...

      E outras situações.Há disto, há... e não é pouco.

      Beijinhos

      Olinda

      Eliminar
  2. Concordo plenamemte consigo, amiga.

    Que fique, pelo menos aqui, este alerta.
    De facto é lastimável que não se actulizem as bases de dados de forma a que todos, patrões e desempregados se encontrem.

    Beijinho

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É, Ná. E nos tempos que correm são mais os desencontros do que os encontros entre a entidade patronal e os desempregados, com a intermediação das Empresas do Trabalho Temporário. Aqui as coisas se complicam...

      Bj

      Olinda

      Eliminar
  3. Descalabro idêntico ao daqui. Parece até que os "modelos" são os mesmos. Muitos pensam que o Brasil é um "paraíso"... puro engano!

    Olinda, querida, vou agora dar um passeio pelas postagens anteriores. Circulando, vi que há uma matéria sobre Vila Flor...interessa-me! Na nossa Vila-Flor brasileira, nasceram alguns ancestrais meus.Preciso conhecer sua irmã gêmea..rsrs

    Um beijinho, amiga,
    da Lúcia

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Querida Lúcia

      Infelizmente, as dificuldades que as pessoas que procuram emprego/trabalho enfrentam, parece não ter fronteiras. Acontecem em quase todo o lado.

      Têm aí uma Vila For? Lindo, minha amiga! Interessante como há sempre pontos de contacto entre todos nós. Elos que não desmorecem com o passar do tempo...

      Beijos

      Olinda

      Eliminar
  4. São, sem dúvida, situações a lamentar e é bom que haja alguém que chame a atenção para elas.

    De resto, passei por aqui para dizer que tenho um selinho para o Xaile de Seda no meu blogue ;)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá, Cristina

      O mais certo é cair em saco roto, não é?

      Fui buscar o selinho que muito lhe agradeço.
      Acho que não cumpri as regras todas...:)

      Bj

      Olinda

      Eliminar
  5. Minha querida

    É o nosso País no seu melhor...a desorganização total.

    Um beijinho com carinho e obrigada pelas palavras de carinho que me deixa sempre.

    Sonhadora

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pois é verdade, Sonhadora, um bocadinho mais de organização não fazia mal a ninguém...antes pelo contrário, facilitava a vida a muita gente.

      Obrigada pela sua presença e pelo comentário.

      Beijos

      Olinda

      Eliminar
  6. Concordo com o texto e concordo também com a Mariazita. Sei de um amigo meu que quando precisa de empregados para a serração dele, não encontra...tem que se valer dos Ucranianos. Claro, se o centro de emprego fosse de facto um lugar para se procurar emprego e não só para receber as inscrições de quem está desempregado, o meu amigo teria mais facilidades em dar emprego. Teria que ser o centro de emprego um lugar onde as empresas tivessem de ir procurar os seus funcionários e a base de dados estives modernizada contendo toas as informações do perfil de quem está à procura de emprego. Se as empresas soubessem que no centro de emprego encontrariam o empregado com o perfil que necessitam, com certeza seria lá que o procurariam. Infelizmente sabem que ali só se encontram os números para as estatisticas. É urgente que se mude esta situação e que o centro de emprego seja de facto o lugar onde empregadores e desempregados se encontrem. Um beijinho, Olinda e espero que tenhas uns dias com muitos momentos felizes.
    Emília

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Querida Emília
      Já referi na resposta a Mariazita o que aconteceu comigo, quer dizer, um caso entre muitos outros. São situações que não entendo...
      Por outro lado,há coisas que não dariam muito trabalho fazer, digo eu, e que depois facilitaria a vida a muita gente na procura de trabalho.Como isso da actualização da realidade que hoje se vive, em termos daquilo que as empresas desejam e que os Centros de Emprego deveriam disponibilizar.
      Como já referi numa das respostas acima, desde que passou a ser moda, não haver contacto directo entre empregadores e quem procura trabalho, deixando isso ao cuidado das Empresas de Trabalho Temporário, a situação dos jovens e de pessoas de outras faixas etárias que procuram trabalho desgasta-se cada dia que passa.

      Beijos

      Olinda

      Eliminar
  7. Minha amiga a maior parte dos empregos que são hoje oferecidos para jovens licenciados são estágios não remunerados, uma triste realidade. Venho também agradecer o ter comemerado comigo o aniversário da minha filha.
    “A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delícia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você.” (Ralph Waldo Emerson)
    Feliz Dia da mulher!
    Beijinhos
    Maria

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Querida Maria

      Esta é uma realidade a que a Sociedade parece não prestar atenção: Os Estágios, uma forma de pôr os jovens a trabalhar, sem remuneração, nem mesmo um subsídio de transporte ou de alimentação. É uma forma de exploração a que os pais dão cobertura, pagando tudo, pois é preferível ver os filhos a ir e vir todos os dias do que vê-los a definhar, caindo em depressão.
      Há a 'consolação' de que as funções desempenhadas, muitas vezes abaixo das habilitações, é uma forma de 'enriquecer' o currículo, mas depois não passa disso.

      Beijos

      Olinda

      Eliminar