Há cinco anos arranquei da boca de Candide, logo, do seu contexto, esta expressão, Il faut cultiver notre jardim, para me servir de lema, com o sentido de que o nosso jardim é o vasto mundo mas também o nosso pequeno-grande mundo, a nossa aldeia, o nosso bairro, a nossa rua, a nossa casa, aqueles que nos rodeiam.
Sem me preocupar com as polémicas filosóficas que tal expressão implica, no que ao tempo de Voltaire diz respeito, inseri a citação neste blog para me orientar num caminho escolhido logo de início: o de cuidarmos uns dos outros. Não sei se terei alcançado tal objectivo. Devo dizer que senti sempre o vosso apoio, chegando-me aqui, ao longo do tempo, as vossas palavras calorosas e a vossa amizade, com uma constância benfazeja.
Houve muitos e bons momentos de franca camaradagem em que as palavras se soltaram loucas e, também, com algumas gralhas da minha parte, em "Poesia louca", um fim-de-semana mesmo de loucos, em que procurei corresponder às vossas talentosas provocações, quando responderam gostosamente ao meu apelo brincalhão.
Da mesma forma, foi um belo corrupio, um escorrer de leite e de mel aqui pelas franjas do Xaile quando pedi contributos da vossa produção literária ou de autores de que gostassem para assinalar o primeiro aniversário. E eu, numa maratona em que quase ficava sem fôlego, publiquei tudo, tudinho.
Mas houve outras maratonas com publicações megalómanas como as quinzenas de amor e de afectos, ciclos dedicados a alguns autores, O ano do Brasil em Portugal e outras, e ainda instantes com algumas reflexões minhas. Foram, deveras, ocasiões deliciosas aquelas com que marcaram a vossa presença neste espaço, enriquecendo-o com as vossas prestações.
Para assinalar este fim de ciclo, transcrevo o meu primeiro post, datado de 22 de Janeiro 2011:
Os meus agradecimentos por tudo o que aprendi convosco.
E aproveito para vos comunicar que, por motivos de força maior, vou dobrar o XailedeSeda por algum tempo. Entretanto, estarei atenta aos vossos blogs.
Um grande, grande abraço.
Olinda
====
1ª imagem - aqui
2ª imagem - aqui
3ª imagem - aqui
Sem me preocupar com as polémicas filosóficas que tal expressão implica, no que ao tempo de Voltaire diz respeito, inseri a citação neste blog para me orientar num caminho escolhido logo de início: o de cuidarmos uns dos outros. Não sei se terei alcançado tal objectivo. Devo dizer que senti sempre o vosso apoio, chegando-me aqui, ao longo do tempo, as vossas palavras calorosas e a vossa amizade, com uma constância benfazeja.
Houve muitos e bons momentos de franca camaradagem em que as palavras se soltaram loucas e, também, com algumas gralhas da minha parte, em "Poesia louca", um fim-de-semana mesmo de loucos, em que procurei corresponder às vossas talentosas provocações, quando responderam gostosamente ao meu apelo brincalhão.
Da mesma forma, foi um belo corrupio, um escorrer de leite e de mel aqui pelas franjas do Xaile quando pedi contributos da vossa produção literária ou de autores de que gostassem para assinalar o primeiro aniversário. E eu, numa maratona em que quase ficava sem fôlego, publiquei tudo, tudinho.
Mas houve outras maratonas com publicações megalómanas como as quinzenas de amor e de afectos, ciclos dedicados a alguns autores, O ano do Brasil em Portugal e outras, e ainda instantes com algumas reflexões minhas. Foram, deveras, ocasiões deliciosas aquelas com que marcaram a vossa presença neste espaço, enriquecendo-o com as vossas prestações.
Para assinalar este fim de ciclo, transcrevo o meu primeiro post, datado de 22 de Janeiro 2011:
DESASSOSSEGO
Inquietude é o que eu sinto quando a palavra desassossego me
vem ao espírito. Também me atrai. Dá-me vontade de fazer coisas, saltar do
sofá, ir à janela e espreitar o mundo, decidir coisas, isso, tomar decisões,
fazer escolhas… O tempo é de decisões, qual delas a mais difícil. Por isso
mesmo já decidi. Está na hora de ler “O Livro do Desassossego” e não confiar
apenas em citações e passagens fora de contexto. Ver in loco o que
Bernardo Soares teria querido dizer com:
“Ah! Como eu desejaria lançar ao menos numa alma
alguma coisa de veneno, de desassossego e de inquietação. Isso consolar-me-ia
um pouco da nulidade de acção em que vivo. Perverter seria o fim da minha vida.
Mas vibra alguma alma com as minhas palavras? Ouve-as alguém que não sou só
eu?” Os meus agradecimentos por tudo o que aprendi convosco.
E aproveito para vos comunicar que, por motivos de força maior, vou dobrar o XailedeSeda por algum tempo. Entretanto, estarei atenta aos vossos blogs.
Um grande, grande abraço.
Olinda
====
1ª imagem - aqui
2ª imagem - aqui
3ª imagem - aqui
Mal comecei a ler o texto senti um aperto no peito. Vou ter saudades. Este é um blogue onde sempre venho ler. Mesmo quando não comento.
ResponderEliminarEspero e desejo que não seja por muito tempo. Nem por razões de saúde.
Tudo o resto é superável.
Um abraço e volte rápido. Faz-nos falta.
Boa sorte e que a vida lhe sorria sempre.
ResponderEliminarIsabel Sá
http://brilhos-da-moda.blogspot.pt
:(
ResponderEliminarque pena eu só te descobri há pouco tempo, e ando aqui desde 2005.
mas, se assim tem que ser, boa pausa e deixo um abraço bem apertado.
bom fim de semana.
beijinhos
:(
Vou acreditar que vão ser 'de boas terras' o silêncio que por aqui se avizinha. É que, por vezes, parecendo comezinhas, há 'boas terras' que germinam saborosos frutos.
ResponderEliminar(Um amigo meu, viu-me do passeio fronteiro à minha varanda e disse: 'Estás no descanso!...'. 'Não!', respondi-lhe 'Estou a sonhar acordado'. 'Ah!, já percebi, estás a engendrar mais um contito dos teus...', riu-se. 'Não! Estou mesmo a sonhar acordado!')
Talvez u dia seja verdade, talvez venha a começar assim um conto qualquer. Mas naquele instante estava mesmo a 'sonhar acordado'. E sabia, sei, que essa 'terra é sempre boa'.
...
Mas espero que volte. Egoisticamente diria 'amanhã'. Mas seja quando achar que é o momento. Até lá, tudo de bom, amiga!
(já lá está, no perfil, o endereço electrónico)
Abraço.
jorge
Verdada , Olinda, quantas horas de sossego e desassossego e que não se consegue explicar esta correria contra tantos tempos. E quants publicações que custaram horas de repouso! Nada é em vão. A semente fica, embora por vezes custe a germinar. Apetece hibernar. Apetece. E a hibernação tenta-nos a amiúde...
ResponderEliminarObrigada por tanto que faz. Digo faz, porque hibernar é um descanso prolongado. Mas que seja saboroso. E que volte tão cedo como o despertar dos primeiros botões. Afinal a primavera está já aí!
Beijinho!
----
Nota: A mandioca é fresca sim.
Acredito, seja um sol de pouca dura,
ResponderEliminarPelo tempo que, de nós, fique escondido.
Entretanto vem o frio e a secura
E o xaile cobre ou tapa como abrigo.
Te desejo o melhor, dentro da pausa que vais fazer. Quando voltares, mostra, de novo, o esplendor deste xaile.
Beijo
SOL
Minha querida Olinda
ResponderEliminarConhecemo-nos dois ou três meses depois de teres iniciado o teu blog, e confesso que foi "empatia" à primeira vista (virtual...)
Bastantes ensinamentos colhi aqui, ao longo destes cinco anos, e muitos momentos de puro prazer com os posts que apresentaste.
Por tudo isso te estou grata. Quanto à amizade demonstrada... não agradeço, apenas retribuo.
Tenho pena que vás dobrar o xaile, e só espero que não lhe dês tempo para criar vincos, ou seja, que o desdobres bem depressa (isto falando egoisticamente, claro!...)
Desejo que essa pausa te seja muito benéfica.
Entretanto... não serás esquecida. E, se quiseres, podes dar notícias por email.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Querida Mariazita
EliminarMuitos Parabéns pelo 8º aniversário do teu blogue e Votos de muitas Felicidades.
Faço minhas as tuas palavras:
"CELEBREMOS!"
"VIVA A VIDA"
Tudo de bom para ti e para a tua Família.
Beijinhos
Olinda
Querida Olinda,
ResponderEliminarespero que o motivo seja bom e positivo.
Mas que falta me farás! O teu xaile protector esteve comigo nos momentos difíceis.
Beijo e até breve
~~~
ResponderEliminar~ Não o descobri há muito tempo, porém,
sempre me senti bem, aconchegada neste
xaile de seda.
~ Sei que pausas são muito importantes
na arte de criar...
~ Até à volta, Olinda.
~~ Beijinhos amigos.
~~~~~~~~~~~~~~~~
Olinda,
ResponderEliminarTinha lido no telemóvel e lá não me ajeito a comentar. Depois passou-me. Mas hoje voltou a ideia de que tinha qualquer coisa a dizer. Espero que seja por um bom motivo, esta pausa. Que nos volte com mais força ainda, mais imaginação, mais vontade de nos ensinar, de nos unir, de nos fazer sorrir. Este seu lugar é um lugar de passagem obrigatória. Por isso descanse, resolva os seus afazeres, o que for, mas não demore muito.
Sabe a simpatia que tenho por sim.
Um beijinho!
Querida Olinda, muito sinceramente espero que o Xaile seja brevemente aberto de novo!!!
ResponderEliminarÉ sempre um gosto ler o que aqui nos oferece e se desaparece a blogosfera fica mais pobre.
Abraço de parabéns , querida Olinda, e boa semana
Olá, querida Olinda!
ResponderEliminarDeu um título completo, bonito e "complexo" à sua publicação, mas muito verdadeiro e necessário.
"O nosso jardim", situe-se ele onde se situar, pede atenção, compreensão e muito empenho, pke todos os jardins são verdes, espaçosos, lindos e relaxantes. Queremo-los agradáveis. Há que fazer por isso.
O interior, embora "escondido" é, de longe, o mais importante de todos eles, pke se não estiver florido e em consonância connosco e com os outros, então, é preciso arranjar estratégias "jardineiras, e não só, e há muitas, para o embelezarmos.
Conheci o seu blogue há relativamente pouco tempo, embora tb tenha criado em 2011 um outro blogue, que, por cansaço, extingui. Estive um ano em "repouso", em "pousio" com se faz na rotatividade de culturas, mas creio que passado meio ano, as "flores", as "plantinhas" estavam a rebentar por tudo qto era sítio. A Primavera chegou no mês seginte. Compreende-se, então, o reboliço. A "humidade"/vontade ajudava e de que maneira, e comecei seriamente a pensar em gerar um outro "filho". Amadureci a ideia e o ano passado, a 14 de Fevereiro, no Dia dos Namorados (tinha de ser) o meu "menino" nasceu. Fiquei radiante como qualquer "mãe" e estou, e continuo mto feliz com este bendito acontecimento. Dou-lhe a atenção possível, máxima, mas não quero "massacrá-lo", "abafá-lo" com tanto amor e carinho, que sinto e tenho por ele. Quero que ele se sinta liberto e solto, mas consciente, embora sabendo ele que pode sempre contar comigo. A outra vida vai continuando a um ritmo satisfatório e lá vou conciliando "os meus amores".
Qto à sua 1ª publicação, em 2011, muito poderemos deduzir e subentender das suas palavras. Mostra-se uma pessoa preocupada com o mundo, com os outros e vê tanta "coisa fora do sítio", que sente um desassossego e num desassossego, talvez, constante. Há pessoas assim. São os de alma grande, os humanistas e a Olinda pertence a esse grupo restrito. PARABÉNS! Vocês "sofrem" com o desconserto do mundo, mas essa é a vossa principal característica.
Bernardo Soares, um semi heterónimo de Fernando Pessoa, era um misto de Soares com Pessoa. Dramático, crítico e desassossegado, como não poderia deixar de ser assim.
Não pertenço ao passado do seu blogue, mas dele tenho orgulho.
Dias de luz, paz, "sossego" e amor.
Beijos com a amizade que já é sua.
Minha amiga muitos parabéns pelo aniversário do seu blogue e desejo sinceramente que o seu "dobrar" do Xaile seja por bons motivos e por pouquinho tempo.
ResponderEliminarBeijinhos
Maria
Quem me drea a mim ter um jardim!
ResponderEliminarSaudações poéticas!
Olinda, o que se passa? Venha menos, mas não deixe o blogue!
ResponderEliminarUm beijinho
Inspira sempre, o "Cândido" de Voltaire :)
ResponderEliminarbeijo amigo
Acabadinha de chegar, vinda pela mão amiga da Majo, deparo-me com uma pausa.
ResponderEliminarDo pouco que vi - ai o tempo, esse ditador! - a vontade de ficar foi imediata, pelo que espero que a pausa seja breve.
Até já.
Que pena ter que "dobrar o xaile" :( Espero que não demore muito a voltar a desdobrar. Tenho pena de não me ter cruzado por aqui mais cedo, mas o tempo que passei a ler as linhas deste blogue, foi um tempo bem passado. Aprendi muito (e espero ainda aprender mais...)
ResponderEliminarCuide desse jardim :) E um muito obrigada por toda a gentileza que teve sempre comigo.
Até breve, beijinhos
Boa tarde, se tem que haver uma pausa que assim seja, espero o seu regresso em breve com excelentes publicações, até já.
ResponderEliminarAG
dobre a folha e que saia um pássaro a voar!
ResponderEliminargrata pela sua presença no meu blogue
um abraço
シ
ResponderEliminarTudo de bom para você sempre!!!
Boa semana!
Beijinhos.
❤ه° ·.
Pois cá a esperamos...
ResponderEliminarBoa saude
e os meus cumprimentos!
Olá, querida Olinda!
ResponderEliminarComo está? E como estão os motivos de força maior? Quero e espero que estejam em vias de resolução e em força bem MENOR.
Está a cultivar o seu jardim desde 22 do passado mês, mas com a chegada da primavera, a vida renasce e nós e a natureza, também.
Dias de paz, luz e bem!
Beijos e bom fim de semana.
Querida Céu
EliminarMuito obrigada pela sua visita.
Sim, tem razão, a vida vai renascendo a cada passo e a cada dia. E, assim também, a "força maior" vai perdendo o seu peso.
Penso voltar em breve ao vosso convívio.
Bjs
Tudo de bom para si.
Bjs
Olinda
E muitos parabéns pelo 1º aniversário do seu blogue.
EliminarBeijinhos
Olinda
Passando na esperança de que os "probleminhas" não passassem disso mesmo. Quero dar-te a força que me seja possível transmitir-te.
ResponderEliminarQue tudo vá pelo melhorSOL
Olá, querida Olinda.
ResponderEliminarentão... andamos a brincar às escondidas? Como estava um pouco afastada, não me apercebi deste seu "recolhimento", agora que voltei do meu, eis que descubro que já dobrou o xaile na altura em que ele dava jeito, pois com este frio bbbbbrrr
Espero, de meu coração, que seja uma pausa para retemperar energias e espairecer os olhares por outras vistas ;)
um beijo amigo