sábado, 26 de março de 2022

Não sei se é amor que tens, ou amor que finges

 


Não sei se é amor que tens, ou amor que finges,
O que me dás. Dás-mo. Tanto me basta.
Já que o não sou por tempo,
Seja eu jovem por erro.
Pouco os deuses nos dão, e o pouco é falso.
Porém, se o dão, falso que seja, a dádiva
É verdadeira. Aceito,
Cerro olhos: é bastante.
Que mais quero?



Um dos quatro heterónimos mais conhecidos de Fernando Pessoa. Era latinista por formação clássica e semi-helenista por autodidactismo. Na sua biografia não consta a sua morte, no entanto José Saramago faz uma intervenção sobre o assunto em seu livro O Ano da Morte de Ricardo Reis, situando a morte de Reis em 1936. aqui

Falarei em breve das minhas impressões sobre esta 
obra de José Saramago.





Canção de HMB, ft Carminho
O amor é assim 
-Numa bela interpretação, tendo, o video, Lisboa como pano de fundo-


Bom fim de semana, meus amigos.

Abraços


=====
Poema: daqui
Imagem: pixabay

19 comentários:

  1. Muito lindo mais esse poema do Pessoa que sempre agrada. Gostei de ver Lisboa no vídeo! Ótimo fim de semana! chica

    ResponderEliminar
  2. Boa tarde de sábado, querida amiga Olinda!
    O Amor é assim...
    Pena quando sentimos que é falsidade, que não é verdadeiro! Sem consideração alguma, com desprezos latentes...
    Em minha própria família (grande) tenho observado que ele é e fingimento e interesseiro a se conseguir o que se quer. Só tivemos poucos casais com Bodas de Ouro real, não se número apenas.
    Mas ... Ouso dizer que para nós duas, não o é.
    É lindo e independe de recompensas.
    Há muita alegria em ofertá-lo com sinceridade.
    "O Amor é assim pelo menos para mim" (para nós, amiga).
    Ele é fiel ao coração, generoso, grandioso, fortalece as fibras e engrandece o doador nato.
    "Assim é o Amor"...
    Obrigada por partilhar Amor entre nós.
    Tenha um final de semana abençoado!
    Beijinhos com muita gratidão

    ResponderEliminar
  3. Bom fim de semana por aí também!

    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

    ResponderEliminar
  4. Fingido ou não o que interessa é dar amor. Se não for fingido, tanto melhor
    .
    Feliz fim-de-semana … saudações cordiais
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

    ResponderEliminar
  5. Boa tarde Olinda,
    Belíssimo post num maravilhoso enquadramento com o magnífico poema de Ricardo Reis, que admiro imenso, e a música!
    Obrigada, por esta bela partilha.
    Beijinhos e bom fim de semana.
    Ailime

    ResponderEliminar
  6. O que interessa no amor é mesmo a dádiva. Quanto mais nos questionamos, com mais dúvidas ficamos. Aceitemos o amor como nos é dado.
    Adorei a canção e o vídeo com Lisboa ao fundo.
    Continue a cuidar-se bem, minha Amiga Olinda.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

    ResponderEliminar
  7. Gostei de ler até porque não conheço muito bem Ricardo Reis. Sou uma apaixonada de Alberto Caeiro e também gosto muito de Álvaro de Campos, mas quase não conheço Ricardo Reis.
    Abraço, saúde e bom domingo

    ResponderEliminar
  8. Pessoa é Pessoa e o amor é o amor; resta-nos aproveitar a poesia do amar e o amar da poesia.

    Bom resto de domingo e uma semana com tudo de bom.

    Um abraço. Tudo de bom.
    APON NA ARTE DA VIDA 💗 Textos para sentir e pensar & Nossos Vídeos no Youtube.

    ResponderEliminar
  9. Pessoa confundiu as cabeças, mas suas poesias amorosas ficaram para nos inspirar e deleitar. Ouvir Carminho é tudo de bom Olinda.
    Linda sua postagem.
    Carinhoso abraço e feliz semana leve.

    ResponderEliminar
  10. Como sempre, um post rico em informação e cultura! Obrigada pela linda partilha querida Olinda! Já ouvi falar desse livro do Saramago, mas ainda não consegui lê-lo. Estou curiosa por tua impressão da obra... =)

    Belíssimo trecho o que escolhestes!
    Um grande abraço! Boa semana! <3

    ResponderEliminar
  11. Aceitar é cortesia e em matéria de amor pode ser um evidente reforço do relacionamento.
    Abraço amigo.
    Juvenal Nunes

    ResponderEliminar
  12. Um belo poema de Ricardo Reis e uma música e vídeo maravilhosos.
    Boa semana
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  13. Ricardo Reis não é o meu heterónimo preferido mas tem belos poemas cheios de calma, de serenidade!

    Abraço

    ResponderEliminar
  14. Melhor o amor, forte ou fraco, verdadeiro ou fingido, mas só não sendo ódio, raiva, desprezo... nos tempos atuais, já está bom. Tempos esses de muito desamor.
    Grande Ricardo Reis/Fernando Pessoa!
    Beijinho, querida Olinda, uma boa semana.

    ResponderEliminar
  15. Amor verdadeiro ou amor "fingido",o que importa na construção do poema , é que o amor (verdeiro u fingido) se realize em "actos de amor"
    "o que me dás, das-mos, ou seja, a “praxis” amorosa ,sobreleva as meras palavras ou juras de amor.
    Já Pascal noutro "universo" dizia ; "ajoelha e serás crente” –
    a pratica, pois, como "c coreografia dos sentidos"
    «Abraço

    ResponderEliminar
  16. Chocante a ideia de aceitar um amor fingido!

    Porém, a lógica do eu poético convence o leitor... Bem interessante.

    Dias bons e agradáveis, Olinda. Beijinhos
    ~~~~~~~

    ResponderEliminar
  17. Queremos sim, o amor pujante, forte e leal; há o fingidor, aquele do qual queremos distância, mas a distância se afirma nos versos do Pessoa.Uma força especial!
    Viva Ricardo Reis!

    Bjsss,
    Calu

    ResponderEliminar
  18. Adoro está música. Uma excelente definição sobre o Amor. Carminho eHMB estão muito bem juntos.
    Adoro as Odes de Ricardo Reis.
    Um excelente momento.
    brisas doces **

    ResponderEliminar