Nada entre nós tem o nome da pressa.
Conhecemo-nos assim, devagar, o cuidadotraçou os seus próprios labirintos. Sobre a pele
é sempre a primeira vez que os gestos acontecem. Porém,
se se abrir uma porta para o verão, vemos as mesmas coisas –
o que fica para além da planície e da falésia; a ilha,
um rebanho, um barco à espera de partir, uma palavra
que nunca escreveremos. Entre nós
o tempo desenha-se assim, devagar.
Daríamos sempre pelo mais pequeno engano.
Maria do Rosário Pedreira
Tal como num belo bordado, ponto por ponto,
tacteando e escolhendo as cores certas e ideais para
uma paleta perfeita, onde a imperfeição dos dias também tem o seu lugar.
Sigamos, andando por esse caminho, por vezes com encruzilhadas,
mas em que a meta estará sempre bem definida.
Maria do Rosário Pedreira (Lisboa, 1959) tem a sua obra poética coligida em Poesia Reunida, que a Quetzal publicou em 2012 (nomeadamente A Casa e o Cheiro dos Livros, 1996; O Canto do Vento nos Ciprestes, 2001; Nenhum Nome Depois, 2014). Além de poeta, romancista (a de Alguns Homens, Duas Mulheres e Eu), autora de literatura juvenil e um dos nomes mais importantes da escrita de fado – Maria do Rosário Pedreira é também uma referência de grande qualidade para a edição portuguesa contemporânea, sendo editora na Leya. Mantém o blogue As Horas Extraordinárias. aqui
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Poema: Poemário
Imagem: net
Nada entre nós tem o nome da pressa.
ResponderEliminarÉ meu lema de vida há anos, querida amiga Olinda!
Correria só faz a pessoa ficar no mesmo lugar. Mesmice não nos leva ao profundo de nós mesmas.
Música linda que amo e me marcou muito quando conheci meu amado há uns anos. Letra maravilhosa.
O Amor é urgente mas Amar é devagarzinho.
Intensidade não tem a ver com pressa no meu modo de sentir as coisas
Uma autora contemporânea que nos dá a conhecer. Obrigada, querida.
Tenha um final de semana abençoado!
Paz, saúde e Amor.
Beijinhos carinhosos e fraternos
Que lindo! A pressa é danada...Eu tenho que me controlar pois sou afobadinha,rs...Adorei passar aqui! beijos, ótimo fds! chica
ResponderEliminarGostei muito deste poema que os sentimentos que a vida nos traz com você diz com a paleta perfeita. Grata por compartilhar, vou buscar saber mais sobre ela. Bjs
ResponderEliminarBom final de semana.
Porque a vida se apressa temos que andar devagar!
ResponderEliminarAbraço
Devagar se chjega ao longe...
ResponderEliminar.
Feliz fim-de-semana … saudações cordiais
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Gostei bastante da publicação!! :))
ResponderEliminar--
Coisas de uma vida
Votos de um excelente fim de semana.
Beijos
Querida Olinda, esse é o meu aprendizado sem limites de tempo, afinal, por quê a pressa? Para ir onde, para acelerar e nada curtir? Eu digo que sempre aprenderemos e o bom é quando reconhecemos que temos, ainda, 'um mundo' para aprender.
ResponderEliminarGostei imensamente do poema, não conhecia a poeta Maria do Rosário Pedreira, mas me deste a conhecê-la.
Marisa Monte, gosto muito!
Um bom domingo, pra você, saúde e paz!
Beijinho.
Aceitar a lentidão como se ela nos fizesse saborear melhor todas as coisas. É um belo poema, este, o da Maria do Rosário Pedreira, como bela é toda a poesia que ela escreve. "O tempo desenha-se assim devagar". É como diz minha Amiga Olinda: "Tal como num belo bordado, ponto por ponto". Magnífico!
ResponderEliminarTudo de bom para si.
Um beijo.
Se bem compreendo, o amor é intemporal, e, sobretudo, "atemporal"...
ResponderEliminarTal permite que o "pastor Jacob, servisse, por Raquel, sete anos e mais sete e outros tantos e "mais serviria se para tão grande amor seja tão curta a vida....!
e que a autora possa esscrever este bonito verso "Sobre a pele
é sempre a primeira vez que os gestos ..."
quer dizer, portanto, que a questão não é da ordem da pressa ou não +ressa (tempo real. físico) mas da ordem de "perenidade" do amor, em que o Tempo é metáfora de si mesmo...
gostei muito, minha Amiga
Abraço
Poema maravilhoso, que adorei ler, pela qualidade, lirismo da autora. E parabéns por publicar.
ResponderEliminarMarisa Monte, numa melodia que adoro, e que ouvi pelo menos umas três vezes por aqui.
Grande abraço.