as suas lágrimas de sangue
para que ninguém as pudesse ver
Jorge Sousa Braga
Dias de cinza...
Espalham-se ao vento,
Alojam-se na seiva.
Rumor silencioso,
Tão breves sussurros...
Erguer-te-ás todavia!
Que a lonjura te acolhe,
Lá onde germina o dia.
Olharás o horizonte,
Perseguirás outra fonte
Ousarás o verão!
Vigorosos, os homens
Serão multidão...
Dias na brisa
Frementes florescem,
E da ruína,
Da secreta esperança,
Brotará tua sina.
Não cisnes agora
Que Flora se esconde
Nos ares tristes,
Na cinza infesta,
Nos braços nus
De uma floresta!
Não tombes
Não caias,
Não tombes,
Vai,
Voa,
O vento atroa,
Não saias,
Não zombes,
Vai,
Voa,
O tempo é sério,
o grito etéreo,
Não tombes,
Vai,
Voa,
Não caias!
***
Voá Borboleta
O blog: Raraavisinterris
Post 1-Só o amor; Post 2-Alastrar Paz e Amor; Post 3-Ouça as vozes; Post 4-Estética da Vida; Post 5-Quando o Amor chora de sede; Post 6-Um gosto antigo de alfazema; Post 7-Como nos Prodígios
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In: Sul Sereno, de Ana Tapadas
Pgs.65 e 66
Citação- in: O poeta nu - Poemário Assírio e Alvim,2012
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