"Quando não souber para onde ir, siga o
perfume dos seus sonhos." Tariq ibn Ziãd
Quando o amor chora de sede,
há um deserto dentro do peito
e um martelo, impiedoso,
que bate sem trégua na mente.
Há rios que outrora dançaram
que ficam sem peixes
na seca terra da razão,
um leito inóspito
onde o sono e o sonho não espigam.
O vento,
um sussurro cansado,
não traz chuva nos desejos e as nuvens,
em lamento,
carregam apenas uma névoa de dúvidas.
E, no horizonte,
não há sequer a espera nem a esperança
de um sinal de mudança,
há uma parede, uma angústia que não cede
quando o amor chora de sede.
Derrubar paredes nas inconstâncias da vida e dar de beber
a quem tem sede de amor nesse deserto em que se tornou o mundo,
talvez seja uma das nossas missões....
Paula Fernandes
Sede de amor
Do blog: riosemmargenspoesia
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Quinzena do Amor
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Imagem: pixabay
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