quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Quando o Amor chora de sede


"Quando não souber para onde ir, siga o 
perfume dos seus sonhos." Tariq ibn Ziãd






Quando o amor chora de sede,

há um deserto dentro do peito

e um martelo, impiedoso,

que bate sem trégua na mente.


Há rios que outrora dançaram

que ficam sem peixes

na seca terra da razão,

um leito inóspito

onde o sono e o sonho não espigam.


O vento,

um sussurro cansado,

não traz chuva nos desejos e as nuvens,

em lamento,

carregam apenas uma névoa de dúvidas.


E, no horizonte,

não há sequer a espera nem a esperança

de um sinal de mudança,

há uma parede, uma angústia que não cede

quando o amor chora de sede.




Derrubar paredes nas inconstâncias da vida e dar de beber 
a quem tem sede de amor nesse deserto em que se tornou o mundo, 
talvez seja uma das nossas missões....





Paula Fernandes
Sede de amor






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Quinzena do Amor

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Imagem: pixabay

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