O dia acordou glorioso. Bom sol, brisa leve a beijar o rosto e as porções de pele que já ousamos desembaraçar de roupas pesadas. Música para os ouvidos: o chilreio de pequenos pássaros. Tudo bom e harmonioso. Aliás, o Inverno não nos castigou; não tivemos precisão de andar sempre de guarda-chuva a atrapalhar os nossos passos e o vento fez-se ausente, salvo raras excepções. Um quase paraíso este nosso pequeno rectângulo.
Contudo, não louvemos, demasiadamente despreocupados, este bom tempo. Temos de enfrentar e já o problema da falta de chuva e, consequentemente, a escassez de água que poderá vir a verificar-se de novo. Já se começou a falar disso nos noticiários. Parece-me bom sinal. E ocorre-me perguntar: o que terá já sido feito, desde o Verão passado, no sentido de nos acautelarmos quanto a essa eventualidade? Se a pouca ou nenhuma pluviosidade se deve a alterações climáticas é mister que sejam tomadas medidas de fundo. Não podemos estar à espera do pico do calor, com a terra toda gretada e a ter que recorrer a camiões para abastecer populações em desespero. Da nossa parte, consumidores, o que temos a fazer é poupar, e de modo contínuo, esse precioso líquido.
Mais a sul, dobrando o cabo e na parte em que o Atlântico se mistura com o Índico, subindo um pouco mais, no sudeste africano encontramos Moçambique envolto em grande sofrimento, atingido por ciclone devastador. A notícia de tantas mortes e as imagens que nos têm chegado confrangem-nos o coração. A cidade da Beira destruída. As pessoas não sabem o que fazer perante desgraça tão grande. À falta de bens de primeira necessidade alia-se a perda de lugares de memória, aquela rua, aquele café, aquela esquina, as próprias habitações, sítios que contavam histórias que se entrecruzam com as suas próprias vivências - disse-me uma amiga. Tudo devastado.
Se as barragens forem abertas a catástrofe poderá ser maior: é a previsão de quem sabe destas matérias. Neste momento, é necessária toda a ajuda para suprimento de necessidades básicas e operações de resgate. Isso já está a ser feito, é certo, sendo importante que nos empenhemos todos nessa missão dentro das nossas possibilidades. E para o futuro - convém que não seja longínquo - será fundamental ajuda internacional destinada a medidas de cariz estrutural dado que o perigo de inundações frequentes, naquela região, é bem real. Que a solidariedade não seja palavra vã.
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Se as barragens forem abertas a catástrofe poderá ser maior: é a previsão de quem sabe destas matérias. Neste momento, é necessária toda a ajuda para suprimento de necessidades básicas e operações de resgate. Isso já está a ser feito, é certo, sendo importante que nos empenhemos todos nessa missão dentro das nossas possibilidades. E para o futuro - convém que não seja longínquo - será fundamental ajuda internacional destinada a medidas de cariz estrutural dado que o perigo de inundações frequentes, naquela região, é bem real. Que a solidariedade não seja palavra vã.
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Bom dia de paz, querida amiga olinda!
ResponderEliminarQue situação nos países irmãos!
Vi nos noticiários a precariedade atacando ainda mais aquele povo já tão sofrido.
Quanto à Estação maravilhosa do ano, é lamentável nem poder se saborear a fundo o orvalho da manhã nas flores... o rouxinol a cantarolar livre... Entre outras belezas poéticas que a estação que a visita pode oferecer...
Se somos solidários, algo nos empobrece na Vadão da plena alegria primaveril.
Tenha um dia abençoado!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
🙏😘🌷
Para você, com carinho:
ResponderEliminarhttp://www.escritosdalma.com.br/2019/03/alvura-paz-de-primavera.html?m=1
É isso, minha querida Amiga Olinda, "que a solidariedade não seja uma palavra vã". Faz muita tristeza ver tanta destruição. Mais uma vez ficou de lama o meu coração ao ver as imagens. Quanto a nós, nem nos damos conta do "paraíso" que nos cerca. Por isso vivemos demasiado desprevenidos com tudo. Quem se lembra de poupar água? Quem se lembra de fazer qualquer coisa que ajude este nosso planeta azul? Tão descuidados que passamos pelos dias… O seu texto fez-me pensar.
ResponderEliminarUm grande beijo.
Há meses que ando horrorizada com as flores prematuras...
ResponderEliminarAgora, consta que vai chegar em breve uma vaga de calor...
acho que vamos fritar no próximo verão.
O caso de Moçambique é uma dor de alma... lamento muito.
Abraço grande, querida Amiga.
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Decisivamente, o teu Post é um grito oportunamente legítimo.
ResponderEliminarOs "poderes" decisórios apenas decidem proibir... em cima da hora.
Obras? Nem vê-las.
Estou de acordo total contigo.
Beijo
SOL
Tem toda a razão, querida Olinda!
ResponderEliminarChegou, de facto, a Primavera em todo o seu esplendor. Os diis estão cada vez maiores, as flores reabrindo, os belos sons dos animais, enfim, tudo tão maravilhoso, mas, há sempre um mas, uma adversativa, que nos "rouba a fantasia", o encantamento.
Tem chovido pouco, na realidade, e nós, seres vivos e "inanimados" precisamos de água, pke sem ela não há vida. Há que saber poupá-la para termos reservas se alguma catástrofe suceder.
Noutras paragens, temos chuvas, ciclones e tsunamis devastadores, que tudo destroem e ceifam vidas, Que paradoxal! E existe, dizem, um deus de amor, mas o Homem tem muita culpa de isto estar a acontecer. A natureza é reta e dá-nos sempre a resposta no momento certo.
Moçambique é um caso que nos dói, pke foi nossa colónia, lá se fala a nossa Língua, e quer queiramos, quer não, fizemos afetos, que durarão para sempre, pke a História não se pode apagar.
Beijos e um bom fim de semana.
um texto sereno e lúcido, que faz doer por dentro,
ResponderEliminarquando em verdade deveria ser dispensável ...
cidadãos conscientes fazem a democracia mais exigente.
abraço
É um problema que diz com a lotação do Planeta! Sustenta cientista alemão que do caos pode vir a solução, mas neste caso não creio. Procurem no google A TRAGÉDIA DOS COMUNS. Grande abraço! Laerte.
ResponderEliminarUm texto oportuno, dorido e motivador. É mesmo urgente cuidarmos do planeta azul e de todos os seres que o habitam. E a solidariedade e palavra de ordem.
ResponderEliminarBeijinho, querida Olinda.