sexta-feira, 15 de março de 2019

*Como as diferentes gerações gerem o seu dinheiro?

Regra geral levo comigo um livrinho, uma revista, um jornal, algo que possa ler quando saio com a previsão de que vou ter de esperar pela minha vez ou então de que poderá haver tempos mortos um pouco difíceis de preencher. 

Há dias fui almoçar a casa de familiares e a seguir ao almoço vi que cada um dos presentes se ocupava com os seus brinquedos electrónicos. Maravilhoso mundo virtual que se abre em detrimento do palpável. Eu não estava para aí virada e fiquei um pouco sem saber o que fazer.




Olhei para um lado e para o outro e não vi nada com que me pudesse entreter. Não havia livros à vista nem nenhum jogo mesmo que solitário. Mas, eis uma revista que jazia em cima de uma cadeira. A minha salvação, pensei eu, e lembrei-me do meu pai. Lia tudo o que tivesse letras, mesmo publicações periódicas já com algum tempo. Folheei a dita e encontrei artigos deveras interessantes, todos relacionados com dinheiro e sua aplicação. Era bancária a sua proveniência.

Parei no artigo cujo excerto abaixo transcrevo. Aproveitei o título para este post, "Como as diferentes gerações gerem o seu dinheiro?":





Baby boomers

Nascida entre 1946 e 1964, depois da Segunda Guerra Mundial, a geração dos baby boomers preocupa-se com a segurança e, por isso, dá especial importância à poupança. Comprar casa própria era a grande prioridade desta geração. Ao contrário das gerações seguintes, os baby boomers privilegiavam o emprego para a vida e têm asseguradas reformas prósperas.

Geração X

Chegaram depois dos baby boomers e incluem-se neste grupo de pessoas nascidas a partir de 1965 e até ao final da década de 1970 - há quem considere que podem ir até 1982. A maioria dos X tiveram de recorrer ao crédito para comprar casa e muitos estão ainda a suportar este encargo. Foram também os mais afectados pela crise financeira.


Millennials ou Geração Y


Os millennialls são as pessoas que nasceram a partir do início da década de 1980 e até ao início dos anos 90. São também conhecidos como a geração Y e, ao contrário dos seus avós, dão muito menos importância a comprar casa e ao tema da poupança. A maior parte vive em casas alugadas e usa as suas poupanças para viajar e comprar coisas de que gosta.


Centennials ou Geração Z

Terão nascido a partir de 1995 e até aos primeiros anos da década de 2000. Com uma visão mais pragmática e realista do mundo, os pós-millennials são a primeira geração verdadeiramente digital. São mais conservadores nas finanças, o que pode justificar-se, em parte, por  terem assistido de perto aos desafios financeiros dos pais na segunda metade da década de 2000.





Achei curiosa a catalogação. Seria uma forma original de olhar para o universo dos clientes da parte de quem escrevera o texto? É certo que já tinha ouvido falar dos baby boomers e ainda dos millennials sem me preocupar muito em aprofundar o assunto. Mas assim, de todas as gerações, próximas umas das outras, com as suas características todas certinhas era novidade para mim. Fui ver se não existiria mais informação sobre o assunto. E, na realidade, há e bem profusa, abarcando quase todos os aspectos da vida social e profissional. Interessante.

Acredito, porém, que há sempre pontos de contacto entre as gerações. Nada é estanque. As informações, os saberes vão passando e deixando o seu rasto. E muitas vezes teremos de voltar atrás para encontrar o fio à meada. E tem mesmo de ser assim, digo eu.

Deixo-vos este link.

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Imagem - daquidaqui e daqui
Revista referida acima:
Montepio - Inverno 2018
*Título retirado da revista

14 comentários:

  1. Eu também acredito que há muitos pontos de contacto entre gerações…
    Não há nenhuma designação para os jovens que gastam tudo o que têm e depois vivem à custa dos pais ou dos avós? Conheço tantos casos…
    Um beijo minha querida Amiga Olinda.

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  2. Tem-me interessado muito este tema, por motivos óbvios. Sucessivas gerações com quem tenho convivido e a tentativa de compreensão constante.
    Achei muito interessante o «post».
    Beijinho (já tinha saudades).

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  3. Consigo compreender as gerações aqui referidas. A observação continuada do tecido evolutivo a isso me conduz. Sem querer fazer outros juízos, acho que é uma situação e estado naturais do Ser Humano.

    Beijo
    SOL

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  4. interessante análise, que realmente faz todo o sentido - olhar sobre a sociedade, mediante o uso do dinheiro pelas sucessivas gerações.

    em qualquer caso, o "dinheiro" perdeu há muito a sua função social (neutra?) de mediação de trocas, para se transmutar em "valor"em si mesmo. ter "dinheiro" é muito mais do que ter poder de compra,

    sempre estimulante, Olinda.

    abraço

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  5. Muito interessante e pertinente o tema de hoje, Olinda.
    Já me tinha perguntado da forma como os jovens de hoje vêm o dinheiro, as poupanças e a vida. Já é bom se eles se preocuparem com o trabalho ou o emprego...Porque podem ainda continuar a viver como se tudo fosse perene.
    Acho que conforme os valores incutidos, assim reagirão. Assim como a profissão que exerce.
    Com a experiência que vivencio, tantas vezes pensam também que o amanhã é uma incógnita. Por isso, "Carpe Diem"...
    Grande beijinho


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  6. Nasci nos anos 80 e não sei se é apenas coincidência, mas me identifico mais com a descrição da tal "geração y". Dinheiro é bom, necessário, todo mundo gosta, mas não faço dele o meu deus, como há tantos por aí que estão mais preocupados em ter do que ser, ou mais preocupados com o que os outros têm do que com o que são. Abraço, Olinda.

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  7. Querida Olinda, ainda bem que te sentiste um pouco mal, vendo todos ocupados com os " brinquedinhos electrónicos, porque assim, pesquisate e partilhaste um assunto muito interessante. A maneira como se vê o dinheiro, o modo como se ganha, como se gasta e o respeito que se tem para com ele ( há que o respeitar, porque ele n admite brincadeiras ) tem sido muito diferente , pelo menos desde que " me conheço por gente " Quando era criança os pais poupavam o máximo que podiam para a velhice, e, como não havia crédito, só se comprava o essencial quando houvesse dinheiro; ficar a dever estava fora de questão e até era considerado um acto vergonhoso; " quero andar com a cara levantada ", diziam eles. Hoje em dia não é assim; há facilidades de crédito até mesmo para comprar roupa e as pessoas endividam-se, muitas vezes sem necessidade; é claro que tudo depende da educação e do exemplo e, apesar de tudo, vemos jovens que se preocupam em não gastar mais do que aquilo que podem, mas a grande maioria não pensa no dia de amanhã; Não sabemos se esse amanhã existirá mas...se existir ? Se chegarmos a velhos? O dinheiro é necessário e na velhice ainda mais precisaremos dele. Falei no respeito para com o dito " vil metal ", porque infelizmente, conheço um caso de familiares meus que tinham dinheiro, mas permitiram que os filhos " brincassem " com ele e acabaram mal; eles faleceram tendo só a reforma e hoje os filhos vivem não sei como, pois os negócios foram-se e o dinheiro está a acabar. Olinda adorei conhecer a classificação dada às diferentes gerações, pois não as conhecia. Como sempre, vou daqui mais rica. Um beijinho e obrigada, querida Amiga!
    Emília

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  8. Um assunto muito pertinente.
    A evolução social numa classificação interessante.
    Beijinhos, Olinda.
    ~~~~

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  9. Insiro-me definitivamente na X. Achei muito interessante a Z ser conservadora!
    Beijinhos, bom dia!

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  10. Boa tarde Olinda,

    Costumo notar diferença, realmente, entre as pessoas das diferentes gerações, acho que a caracterização de cada uma se adequa ao que tenho observado, embora não leia muito sobre. :)

    Agradeço o comentário ao meu blogue. Os brincos em papel estão ainda no blogue, não estão no etsy. Encontra-os, facilmente, se escrever na área da pesquisa, no lado direito, "brincos em papel". O que está exposto no blogue tem 20% de desconto e portes por correio registado com valor reduzido (2,10). Se vir os brincos que gostar ou se preferir que eu envie os links dos brincos, pode enviar um e-mail para justfantasy.bijuteria@gmail.com

    Beijinhos, boa semana

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  11. Adorei toda a informação que partilhaste. Realmente ouço de vez em quando os termos babyboomers e millenials mas tal como tu nunca me tinha dado para aprofundar.
    Achei tudo muito curioso e, ao mesmo tempo, tão real.
    Obrigada pela partilha
    Beijinho

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  12. grato, Olinda
    pelo Gilbert Bécaud, de que gosto muito!

    abraço

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  13. Ótima postagem, muito interessante e real, Olinda! Mas também pergunto o mesmo da amiga Graça!!!
    Meu perfil não se adaptaria à geração X.
    Beijo, querida amiga, sempre com postagens excelentes. A última saí emotiva.
    Boa semana!

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  14. Realmente interessante esta catalogação, no entanto alguns cruzam os dados: gostam de segurança e valorizam as viagens.

    Beijo, querida Olinda.

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