Por vezes esvazio-me de tudo: Dos sucessos e insucessos, das alegrias e tristezas, das ilusões e desilusões, das frustrações, das decepções. Então enovelo-me em mim, embrulho-me na teoria da tábua rasa e espero. Pouco a pouco reconstruo-me a partir do vácuo. Chamo a mim os meus átomos que, cuidadosamente, se encaixam no meu ser - matéria e espírito. Livre de todo o peso, subo facilmente ao monte mais alto e grito a plenos pulmões. A minha voz ecoa nos lugares mais recônditos. E danço e danço e danço. Rodopio até ver as estrelas a sorrir. Tonta, deixo-me levar e rolo ribanceira abaixo. O cheiro a terra molhada e a musgo envolvem-me e sinto que somos um só. Dedilho a música mais linda e oiço o som do silêncio da eternidade.
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Lindo! Por vezes precisamos desse silêncio e esvaziamento que nos reenergiza para o depois... beijos, chica
ResponderEliminarHá momentos que o esvaziar é tão necessário e oportuno como o pão que nos alimenta.
ResponderEliminarSão momentos assim que nos levam a meditar o sentido da Vida.
Beijo
SOL
Momentos íntimos, tão nossos!
ResponderEliminarAdorei ler.
Um abraço
é preciso ousar
ResponderEliminarpara ter memórias
Bj
Adorei o texto:))
ResponderEliminarPasso, desejando um óptimo Domingo.
Bjos
A teoria da tábua rasa é muito boa quando sentimos demasiado peso na alma e no corpo!
ResponderEliminarAbraço
Olinda Melo com a bonita prosa, forma de pensamento, façamos silêncio profundo e meditemos.
ResponderEliminarbjs
Um texto que diz tudo, minha Amiga Olinda. Ao esvaziar-se de tudo pode reconstruir-se com as peças mágicas que só o coração consente… Muito belo!
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Um excelente texto. Esvaziar-se de tudo é uma excelente técnica de sobrevivência que nunca soube utilizar e bem necessitava.
ResponderEliminarAbraço e uma boa semana
Gostei muito de a ler, o que é raro...
ResponderEliminarTudo bom
Beijinhos.
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Esvaziarmo-nos é uma prática urgente e difícil. Quantas vezes a busco em vão. Dançar também ajuda e muito.
ResponderEliminarÉ um texto fantástico, querida Olinda.
Beijos.
Revejo-me... Entendo-te... E sinto-te...
ResponderEliminarMomento belo, a leitura e o seu adentramento...
BJO
Seria bom, para manter a nossa saúde mental, que tirassemos tempo para um tempinho só nosso, uns momentos de " nada fazer " . Nesse " nada fazer" ocupar-nos-iamos" do nosso espirito dando ao nosso " eu " a oportunidade de falar connosco dos seus problemas e, principalmente, de nos alertar para o esquecimento a que o votamos, mas vem sempre aquela questão do dia só ter vinte e quatro horas e não haver tempo para isso. Há fases da nossa vida em que, de facto, se torna dificil esse " enovelo- em mim " e que nos faria um bem enorme, mas depois vem outra fase em que a disponibilidade para uma longa conversa com o nosso interior aumenta, mas continuamos a decepcionå-lo, continuamos a não lhe dar importância, continuamos a senti-lo inquieto e a nossa atitude não muda. Podes crer, Amiga, que prometo a mim mesma, começar a ouvir o meu" eu " com mais frequência, aninhando-me nele, em silêncio, nem que seja por breves momentos, mas... tenho de confessar...não tenho sido bem sucedida e nem sequer posso culpar o tempo; sabemos que não é fácil, porque também não é fácil alhearamo-nos dos problemas por mais pequenos que sejam e ficarmos assim..abraçadinhas ao nosso coração, escutando o que ele nos diz e assim serenando a minha alma que considero um pouquinho inquieta. Vou continuar a tentar , como tu, esvaziar-me de tudo para depois me reconstruir de novo; Conseguirei...aos poucos.
ResponderEliminarMuito belo este teu momento, Querida Olinda! Obrigada! Um beijinho e boa noite, com muita serenidade
Emilia
Estou agarrada aqui ao computador desde as 4 e tal da manhã com insónia. Contanto que a companhia seja boa... Por isso voltei mais cedo, junto, também, com a inspiração que é caprichosa e veio visitar-me.
ResponderEliminarEste seu texto é digno de elogio: sabe encontrar a essência. Nem todos o conseguem...
Beijo.