Vou de
barco
no
crescimento das
ondas
num
bailado ziguezagueante
de águas
aveludadas.
Solto-me
na surdez do sol
queimando
corpos de mulheres
que
correm junto à margem
engolfadas
na espuma marítima.
Há uma
chama a dissolver-se no mar
um
deserto para sentir
o que
nunca foi, um destino inscrito
na
eternidade a reinventar a vida.
Sob os
meus olhos em delírio
passam
todas as estradas
subindo
as escarpas
das sensações
cavernosas, um sabor
analgésico
boiando sob os picos silvestres.
Viajo.
Vou-me
apropriando do universo
das
belezas extasiadas.
Meu
deus, a vida é uma valsa
a
percorrer os trilhos breves dos desejos!
Uma
orgia brotando das narinas
uma
vertigem na folhagem
descendo
dos céus
como um
elipse para vencer o tempo!
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Imagem - daqui
E toda viagem tem o seu glamour
ResponderEliminarEu viajei agora nestes versos espetaculares Olinda
Beijos e uma boa noite querida
~~
ResponderEliminar~ Que saudades tenho de viajar de barco!
~~~~~~~~~~ Gosto... Muito! ~~~~~~~~~~
~~~~~ A imensidão do oceano
~ espraia-nos o olhar sobre o vasto azul e
~ a mente dedica.se à pura introspeção.
~ Tudo pode parecer diminuto... ~~~~~~~
~~~ Abraço amigo, grato pelo poema. ~~~
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Entrei nesse azul e pensei mais na valsa da vida. E da valsa também me apropriei da beleza das coisas, viajndo na balsa que me levava na espuma.
ResponderEliminarE entretanto, enquanto "balasava" agora e aqui, lembrei aquela balsa afundada no Mediterrâneo . E não sorri!
Belíssima escolha, Olinda
Beijinho
Mesmo que a voz nos doa
ResponderEliminarOlinda, que ondulação intensa tem este poema!
ResponderEliminarBeijinhos, bom sábado!
Querida Olinda:
ResponderEliminar"Viajo.
Vou-me apropriando do universo
das belezas extasiadas."
Fico com este segmento no coração e fico feliz. Bem haja, Olinda.
Um forte abraço.
Que lindo! Os últimos versos ficaram mágicos. Já os li e reli, encantada. Bjs.
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