À partida de S. Miguel
Ai madrugada pálida e sombria
em que deixei a terra de meus pais...
e aquele adeus que a voz do mar trazia
dum lenço branco, a acenar no cais..
0 meu veleiro — era de espuma fria —
levava-o o fervor dos vendavais.
À passagem gritavam-me: onde vais?
Mas só o meu veleiro respondia.Cruzei o mar em direcções diferentes.
Por quantas terras fui. por quantas gentes.
nesta longa viagem que não finda.
Só uma estrada resta — mais nenhuma:
na Ilha que o passado envolve em bruma,
um lenço branco que me acena ainda...
Poemas com alma.
ResponderEliminarMomentos de encantamento, partida, despedida...
Obrigada pela partilha! Quantos mais partirão nesta manhã cinzenta?
ResponderEliminarBeijinhos, bom dia :)
~ ~
ResponderEliminar~ Em dias brilhantes, belíssimos azuis emolduram magníficas paisagens...
~ Em dias cinzentos, a paisagem torna-se sobremaneira triste e nostálgica.
O soneto podia ter outros títulos: «O Sentir das Raízes Profundas» ou «O Apelo do Berço»...
~ ~ É sempre muito agradável recordar Natália Correia. ~ ~
~ ~ ~ Abraço grato, desejando um bom fim de semana.~ ~ ~
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Natália
ResponderEliminara nossa
Muito belo e profundo. E tão actual. Tanta gente que se vê obrigada a partir, a deixar para trás a terra de seus pais...
ResponderEliminarBjs
Isabel Gomes
Belíssima evocação, Olinda. A partida e a saudade dela, quem o diria tão bem quanto a Natália?!
ResponderEliminar♭♫ه° ·.
ResponderEliminarManhã cinzenta numa bela foto, descrita num belo poema.
Bom fim de semana!
Beijinhos.
Brasil.
ه°·✿
·.ه✿✿ミ
Já passei junto à casa de Natália...
ResponderEliminarO poema é bonito,
Bom fim de semana, querida amiga ;)
(^‿^)✿
ResponderEliminarMerci beaucoup chère Olinda pour cette belle publication !!!
SUPERBE !
GROSSES BISES d'Asie vers le Portugal
Bon dimanche !!!! ✿ ✿ ✿
Com muita pena minha, nunca fui aos Açores.
ResponderEliminarGostei do poema.
Um abraço
Beautiful! :)
ResponderEliminarEm cada partida, a manhã torna-se cinzenta. Os ilhéus sentem o "despegar" da sua ilha duma forma muito particular, algo doloroso e profundo.
ResponderEliminarNatália, pois...
Belíssima na sua "manhã cinzenta".
Bela escolha.
Beijos
SOL
A partida como uma ferida que fica por cicatrizar para sempre . Aqui uma dor que nem o vendaval arrancou.
ResponderEliminarAs suas partilhas são sempre admiráveis
Bjis
OI OLINDA!
ResponderEliminarACHEI DE UMA BELEZA TAL QUE SINCERAMENTE ME EMOCIONEI AO LÊ-LO.
IMPECÁVEL ESCOLHA.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Que profunda e inspirada era Natália Correia!
ResponderEliminarBeijinhos, bom dia :)
É sempre (tão) gratificante ler a poesia dela!...
ResponderEliminarjorge