Colher nos vales lírios e boninas,
E galgamos dum fôlego as colinas
Dos rocios da noite inda orvalhadas;
Ou, vendo o mar das ermas cumeadas
Contemplamos as nuvens vespertinas,
Que parecem fantásticas ruínas
Ao longo, no horizonte, amontoadas:
Quantas vezes, de súbito, emudeces!
Não sei que luz no teu olhar flutua;
Sinto tremer-te a mão e empalideces
O vento e o mar murmuram orações,
E a poesia das coisas se insinua
Lenta e amorosa em nossos corações.
Antero de Quental (1842-1891) foi um poeta e filósofo português. Foi um verdadeiro líder intelectual do Realismo em Portugal. Dedicou-se à reflexão dos grandes problemas filosóficos e sociais de seu tempo, contribuindo para a implantação das ideias renovadoras da geração de 1870. Leia mais aqui
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Veja aqui : Antero de Quental e as diferentes faces da sua Poesia.
Boa noite de sábado, querida amiga Olinda!
ResponderEliminarMúsica maravilhsosa que amo ouvir, aqui.
Escolhas majestosas em conjunto com o poema postado.
"Quando nós vamos ambos, de mãos dadas...
Ou, vendo o mar das ermas cumeadas
Contemplamos as nuvens vespertinas..."
Amiga, versos de sentires profundos.. me senti junto do meu amado...
A última estrofe do Antero é show de linda.
Acalma o coração passar por aqui e sentir tanta beleza.
Tenha um Domingo abençoado!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Linda poesia e idílio, passeando de mãos dadas pela vida! Ótimo domingo! bjs, chica
ResponderEliminarQuase não conheço a poesia de Antero de Quental, e gostei deste soneto.
ResponderEliminarBoa escolha musical
Abraço, saúde e bom domingo
ResponderEliminarAntero de Quental, sem dúvida, um poeta extraordinário.
Este poema é de um fascínio encantador.
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Desejando um domingo de Paz e Amor
Quando andei no 5º ano, actual 9º, a minha professora pôs-nos a decorar e a declamar sonetos de Antero de Quintal foi assim que fiquei a gostar da sua poesia entre o idílico e o atormentado!
ResponderEliminarAbraço
OLÁ ! ESTOU TE SEGUINDO. AMEI O SEU BLOG... CRIEI O MEU BLOG A POUCO TEMPO. VENHA ME VISITAR! BEIJINHOS...
ResponderEliminarhttps://magiaepurpurina.blogspot.com/
Maravilha, de postagem, querida Olinda, gosto de Antero de Quental justamente porque às vezes foge um pouco dos temas românticos e vem para a vida e seus dramas, para os conflitos, para os temores, para o real que por vezes nos entristece, outras nos deixa indignados. Sua obra é muito ampla. Gosto muito dos poemas que tratam dos temas da vida, do ser humano e seu destino.
ResponderEliminarUm beijo, querida amiga, uma boa semana!
Boa tarde! Parabéns pela escolha que fez para nos presentear! :)🌹
ResponderEliminar**
Existem cansaços que atenuam
Beijo e um excelente Domingo
Que poema bem bonito!! Essa música "fala-me de amor" é super linda,gosto imenso dela!! Para ti,desejo uma fantástica e maravilhosa semana com muita saúde e paz,muitos beijinhos!!
ResponderEliminarAntero de Quental é sempre uma surpresa boa. E a todo o momento sobe connosco a colina. "E a poesia das coisas se insinua
ResponderEliminarLenta e amorosa em nossos corações."
Amei, querida Olinda.
Um grande beijo.
Adoro Antero de Quental. Muito obrigada pela partilha.
ResponderEliminarBeijinhos e boa semana
que prevaleça, minha amiga, como "chave d´oiro". a "poesia das coisas que se insinua..." sobre a fantasmagoria "das ruínas" e as "ermas cumeadas"...
ResponderEliminarmuito belo este soneto de Antero,
que há muito tempo. grato.
abraço
Há quanto tempo não leio Antero de Quental. Gostei de encontrar aqui este magnífico soneto. Tenho que voltar a lê-lo.
ResponderEliminarUma boa semana minha Amiga Olinda.
Um beijo.
corrijo: "que há muito tempo não lia..."
ResponderEliminar"Santo Antero" que acabou suicidando-se a tiro nos seus Açores ...
ResponderEliminarO poema é muito belo, mas existem outros dele de que ainda gosto mais.
Gostei de conhecer a canção.
Beijinho, bom Julho.
Ainda não tinha ouvido esta música, mais é linda !
ResponderEliminarBjs.
BELÍSSIMO POEMA !
ResponderEliminarTAMBÉM GOSTEI MUITO DA MÚSICA FLOR.
ABRAÇOS.
E como é bom caminhar de mãos dadas.
ResponderEliminarBelíssimo soneto de Antero de Quental.
Beijinhos