Abre-se a paisagem ao horizonte
Em delírio de olhos desmedidos.Atmosferas recidivas
Como se foram ainda açucenas colhidas.
E o regaço. E o joelho incauto desguarnecido.
E tu viesses com a leveza de águas
Em mandil de coado tempo.
Chuva miudinha
A regar emoções e desalinhar
A orla dos sentidos.
Ergo-me declinando o nome. Caminheiro
Das devoções pagãs que me visitam.
Tão faceiras, que nelas me reinvento
Em néscio alvoroço.
E em ti caminho.
Música que invento no declive de teu corpo
E ecos recolhidos. Toada de abismos
Em coleante rumo de passos
E profundos rios.
Águas bravias
Em cascata de enredos
E mistérios.
Manuel Veiga
Da chuva miudinha a rios profundos desaguando em águas bravias - cascata de enredos e mistérios. Assim escreve este Poeta, Manuel Veiga, quando fala de emoções. Nós já o conhecemos e conferimo-lo em mais este belo Poema,
de entre tantos outros.
Poema: Águas Bravias - Caligrafia Íntima, pg 13
Blog do autor: Relógio de Pêndulo
Poema brilhante que adorei ler.
ResponderEliminar.
Tenha um dia de Paz e Bem
Cumprimentos poéticos
Poema lindo,boa compartilhamento mais uma vez! beijos, chica
ResponderEliminarManuel Veiga merece destaque. Este poema é de quem sabe trabalhar as emoções, é de quem sabe vibrar nas palavras.
ResponderEliminar"Águas Bravias" é mesmo caligrafia íntima.
Parabéns pela escolha, querida amiga Olinda.
Beijos.
Da chuva miudinha às águas bravias, assim tem sido a poética de Manuel Veiga. Porque a poesia portuguesa ganhou mais fôlego, mais qualidade, mais beleza desde que ele começou a publicar. É sem dúvida um poema maravilhoso, este.
ResponderEliminarUm beijo ao Manuel e outro para si, minha Amiga Olinda.
Fantástico!! :)
ResponderEliminar**
Luar em silenciada noite.
Beijo e uma excelente tarde!
Opa!! Querida Olinda, vim te visitar e dou com esse belo poema do nosso mestre e amigo Manuel Veiga! Que poema, amiga...Nada tão verdadeiro como falar de emoções!
ResponderEliminar"Chuva miudinha
A regar emoções e desalinhar
A orla dos sentidos."
Beijos aos meus amigos, e que venham dias mais felizes para nós todos.
Gosto muito da poesia do Manuel Veiga. E este poema que escolheu é magnífico.
ResponderEliminarUm destaque bem merecido.
Bom fim de semana, querida amiga Olinda.
Abraço.
Bom dia, Olinda
ResponderEliminaragradeço-lhe a gentileza da publicação
neste espaço de cultura e bom gosto, de mais um poema de que sou autor
bem como o interesse que a minha poesia e outros textos literários lhe merecem, como em diversas ocasiões tem demonstrado
é para mim um privilégio e não escondo que fico radiante
por ver a minha poesia entrelaçada com o seu belo e elegante xaile de seda.
tenho esperança de um dia poder publicar poema seu
no meu "antigo" Relógio de Pêndulo, um pouco fora de moda ...
permita-me ainda que, no seu espaço,
tenha uma palavra de agradecimento e admiração
para com as nossas amigas. que de forma tão eloquente
manifestaram apreço pelo poema e pelo autor
abraço, grato
corrijo: ... para com as/os nossas/os amigas/os que de forma (...)
EliminarExcelente, Manuel Veiga! Obrigado, Olinda pela partilha.
ResponderEliminarGostei.
Abraço
SOL
Excelente escolha poética, Olinda.
ResponderEliminarGostei muito.
Beijinhos 😘
Boa noite de Domingo, querida amiga Olinda!
ResponderEliminarChuvinha miudinha a regar emoções...
Que sensibilidade do poeta em pauta!
A sua igualmente posta aqui pois sabe escolher muito bem o que nos encantar.
Ouvindo vídeo...
Tenha uma nova semana abençoada, amiga!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Óptima escolha, sem dúvida!
ResponderEliminarBoa semana e abraço para ambos
" Cascata de enredos e mistérios " classificas tu, e muito bem esta complexidade de emoções que rege a nossa vida, os nossos amores, as nossas atitudes, enfim...todos os nossos sentimentos; chuva miudinha, águas bravias, tormentas aterradoras, mas também águas azuis e
ResponderEliminarserenas correndo tranquilas nos seus leitos; temos de tudo agora e tudo tivemos até aqui, não esperando que seja diferente se o amanhã houver, porque é destas diferenças que se compõe a vida . Ela agora foi brava demais, trazendo-nos algo capaz de causar atormentar um mundo inteiro, mas, mesmo assim, acho que devemos acreditar naquele dito popular " depois da tempestade vem a bonança "e esperar, com a serenidade possivel aquela " chuva miudinha " que rega as flores do jardim e não consegue carregar-nos para o abismo. Ha-de chegar esse tempo, olinda e Manuel! Obrigada, querida Amiga, por partikhares connosco este belo poema do nosso Amigo Manuel a quem peço desculpas pela ausência, ausência que também tem sido notada aqui, neste Xaile tão acolhedor. Sei que os meus grandes Amigos me desculpam, porque sabem que o motivo é apenas um pouco de desânimo; passará, como passa tudo. Beijinhos aos dois e votos de que continuem com SAÚDE
Emilia
Que belo!
ResponderEliminar"Caminheiro das devoções pagãs que me visitam..."
Tem gente que vem feito água, chuvinha ou tempestade e nos deságua. Nos inunda. Nos faz parte de um mesmo mar ou terra fértil.
Lindo!!!!
bjuus
BLOG >>> Reticências...
Um delicioso momento para ler esse poema lindo
ResponderEliminarabraços
Um poema que se vai abrindo na caminhada para o amor. A insinuação do corpo da mulher na comparação com as forças vivas da natureza torna-o uma jóia de rara beleza estética.
EliminarSaudações poéticas.
Juvenal Nunes