Imagem:Lusofonia Poética
Ver-te assim tão indecifrável
nos
contornos e nas arestas
ancorada
nas marés
em
chama viva
a
entrar pela casa vazia
sem
desistires do silêncio
a
resistir mesmo quando doem
os
passos e as pontes
fez-me
pedir ajuda
a
um cântaro de água fresca
às
pedras que cantam e tropeçam
nos
pés das videiras
Foi
assim que nos despimos
e
vindimámos
para
os barcos cumprirem
o
seu efémero destino
As
uvas morreram nas tuas mãos
mas
o pão cresceu nas nossas bocas
Eufrázio
Filipe
MarArável (Blog)
A imagem que aqui trago, provém do blog da Mara, Lusofonia Poética, um blogue que faz a divulgação dos poetas da lusofonia. Se quisermos mergulhar neste mundo imenso, e ter momentos de poesia dos mais variados quadrantes, em língua portuguesa, é para lá que dirigimos os nossos passos.
*****
O quê? Um mar que se pode lavrar? Sim, e que lavradio!
Este é o meu Poeta do absurdo ou dos absurdos, que me faz pensar muito depois de ler um poema seu, a começar pelo título. Penso que este já seria matéria suficiente mas o que, normalmente, vem a seguir intensifica esta vontade de querer aprofundar mais e mais para chegar ao cerne do seu desenvolvimento poético e filosofia de vida. Nem sempre chego lá, mas a beleza das palavras, como direi, a forma como cada expressão e cada verso se empolgam de vida, faz-me ver para além da minha condição humana e pairar mais acima.
Este é o meu Poeta do absurdo ou dos absurdos, que me faz pensar muito depois de ler um poema seu, a começar pelo título. Penso que este já seria matéria suficiente mas o que, normalmente, vem a seguir intensifica esta vontade de querer aprofundar mais e mais para chegar ao cerne do seu desenvolvimento poético e filosofia de vida. Nem sempre chego lá, mas a beleza das palavras, como direi, a forma como cada expressão e cada verso se empolgam de vida, faz-me ver para além da minha condição humana e pairar mais acima.
A imagem que aqui trago, provém do blog da Mara, Lusofonia Poética, um blogue que faz a divulgação dos poetas da lusofonia. Se quisermos mergulhar neste mundo imenso, e ter momentos de poesia dos mais variados quadrantes, em língua portuguesa, é para lá que dirigimos os nossos passos.
Amigos:
Por agora, fiquem na excelente companhia de Mar Arável e Lusofonia Poética. Voltarei com Festa de Xailes. Afinal, o que estamos nós a festejar? Dou um doce a quem adivinhar... :)
Abraço
Olinda
***
Poema publicado no 'Para lá do Azul'- indicação do autor
Por agora, fiquem na excelente companhia de Mar Arável e Lusofonia Poética. Voltarei com Festa de Xailes. Afinal, o que estamos nós a festejar? Dou um doce a quem adivinhar... :)
Abraço
Olinda
***
Poema publicado no 'Para lá do Azul'- indicação do autor
Conheço a escrita do Filipe há décadas e tive o gosto de colaborarmos no mesmo jornal regional-
ResponderEliminarUm abraço a ambos, querida amiga
Não sei o que estás a comemorar (também não me davas o doce), mas o poema é lindíssimo....
ResponderEliminarNos tempos que correm o que mais cresce nas bocas é água:)))
Beijinhos
Não sei o que estás a preparar com essa festa de xailes, mas não será uma festa de poesia, da mais variada, já que estamos quase a chegar à Primavera? Bem...não sei, só sei que vai ser uma boa festa de certeza. Quanto ao poema é muito lindo e profundo. Temos que resistir, apesar das pedras, apesar dos silêncios, apesar do fim da colheita; ha sempre um balde de
ResponderEliminarágua fresca para nos matar a sede; quanto ao pão...esse nem sempre aparece.. Não conhecia este autor; vou pesquisar sobre ele. Um beijinho, querida amiga e, já sabes...estou curiosa sobre essa festa; estarei presente com certeza.
Emília
Grato pela estima
ResponderEliminar.
ResponderEliminarSerá que roubaram mesmo
o carro dele ou foi char-
minho para conseguir um
colo?
Mais detalhes no meu
Blog.
Beijos,
silvioafonso
.
Que maravilha!
ResponderEliminarTudo perfeito: imagem e poema.
Só uma ressalva: aquelas tabelas de retenção na fonte, ali na margem direita...
Beijo grande, com carinho.
Olá querida Olinda,
ResponderEliminarO poema? É lindo!
E a comemoração? Vem já contar-nos! rsrsrsr
Beijo querida
Cantemos
ResponderEliminarem riste
Querida amiga
ResponderEliminarPor tuas mãos
o belo de muitas
palavras,
nos chegam
ao coração...
Desejo que o amor,
faça morada em seu coração.
Amigos, verdadeiros são para sempre, porque
ResponderEliminarquando dois corações se unem, formando um só,
DEUS se manifesta ali, através do amor
e o amor é mais forte que a morte,
é benigno, paciente, tudo sofre, crê, supera.
não se ufana, nem se ensoberbece, apenas ...ama.
certamente, permanece.
Desejo um abençoado final de semana
Beijos no coração carinhos na sua alma,Evanir
Por favor me perdoa por deixar cola
não estou conseguindo digitar.
Isso é para não deixar de passar nos blogs.
Deus sabe o quanto você é importante para mim.
Olá,, como está?
ResponderEliminarVim pôr-me ao corrente das novidades
e deixo
saudações poéticas!
Interessante o poema. Não sabia desse 'ajuntar' de poesia. Vale a pena.
ResponderEliminarabraço.
Olinda estou encantada, com o poema e suas palavras são grandiosas.
ResponderEliminarO que comemoras, fiquei curiosa. kkkkkk
Xeros
O Eufrázio é o poeta das minhas contradições, ao mesmo tempo em que me enche a Boca da mais bela e necessária poesia; me deixa com fome e desejo diante da sua poética, porque sempre quero mais...
ResponderEliminarCom Xale (xaile) a comemoração só poderá ser de "alto nível", pela beleza que ele encerra. Tenho alguns, portugueses inclusive, mas o calor aqui não me dar a oportunidade de usá-los, só raríssimas vezes. No Rio de Janeiro, eu usava bastante.
ResponderEliminarLindos poemas, lindos xailes!
Um beijo!