quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Deixa

Manuela Barroso




Deixa que as horas passem
que os minutos se alonguem
que os segundos sejam anos.
Permanece aqui e contempla comigo este horizonte
que se esconde além
que se deita naquele monte
Esquece este inverno, ouve antes este marulhar da fonte
que se deita no regato vivo, barulhento
que bordeja este prado
onde ondula o pensamento neste solidário silêncio.
Colhe as imagens que transbordam deste rio
que corre aqui dentro
Esperemos as flores
nascerem das sementeiras feitas pelo vento
Deixa extasiar-me com as cores roxas das violetas e dos lírios
com a saudade azul dos miosótis
e com o caleidoscópio das minhas rosas formosas
Deixa-me inalar este perfume
e respira comigo a felicidade da vida
E agora, sim, depois de saciados desta fome panteísta,
plantemos a mais bela flor 
no canteiro dos nossos lábios

Manuela Barroso
 In "Eu Poético VI"
Anjo Azul (blog)


****


Poema mavioso do Anjo Azul, aliás, Manuela Barroso, que nos leva em  passeio a este Paraíso de mil cores, mil perfumes e mil deuses, no qual, o maior e o mais milagroso é o Amor. Um apelo à contemplação dos dias e das noites, numa simbiose com o que há de mais lindo à disposição do nosso olhar. O que também poderá ser uma metáfora. Este poema é uma mostra do muito que há para ler e apreciar nos blogues da autora e nos livros já publicados.

E mais. No seu blog Sabores do Anjo Azul encontramos deliciosas receitas que nos adoçam a vida. E começa deste modo muito auspicioso: Os sabores são a poesia do corpo. Nada mais verdadeiro. Na última postagem traz-nos um Bolo de Limão que, pelo aspecto, é um manjar dos deuses. 

Meus amigos:

Grande abraço e boas leituras.

:)

Olinda
  
Imagem: daqui -Agradecimentos

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

nesta imperfeita madrugada em que as línguas dos homens e dos anjos se confundem





Sobe a noite sobre o meu corpo frio. Nada aquece o meu corpo. Deito-me sobre esta cama vazia, gelada e o meu corpo é uma sombra. No meu corpo não há carne, não há um rio de sangue que se move, quase não há respiração que se sinta. Uma sombra.

Não sei se a janela ficou aberta ou se está fechada desde que te foste embora. Não sei, não me interessa. Não sei se entra o sol ou o luar ou se apenas entram as nuvens carregadas de lágrimas. Não sei.

A casa está fria, silenciosa, aquele silêncio cheio de tristeza que habita as casas onde apenas a sombra de uma mulher se desloca. Não há música, nem cheiro a pão nem se ouve o cantar dos pássaros. Nem os gatos já aqui vêm porque sabem que aqui nada encontram. Esta é a casa onde a solidão se instalou sem remissão.

Mas, então, aqui deitada, exangue, inerte, nesta cama larga e fria, eis que ouço um som que não reconheço. Parecem passos no telhado. A sombra que sou agita-se, não sei se é o meu sangue, se é a minha fome, se são vestígios daquela que em tempos fui. Levanto-me, quase sem força, trémula, assustada, pequeno pássaro indefeso, tanto medo, tanta velada vontade.

Uma luz vem do telhado. Talvez sejas tu, talvez sejas tu que me vens incendiar os sentidos que eu julgava para sempre adormecidos. Uma luz na mão de quem dá passos no telhado da minha casa, uma luz na mão do anjo que pousou no meu telhado. Ou uma estrela, talvez apenas uma estrela, tento sossegar-me.

A madrugada avança, fresca, perfeita, e eu hesito, enredada nas minhas frágeis contradições. Depois encho-me de coragem, vou até à janela, abro-a, deixo que a neblina entre, deixo que as estrelas entrem, deixo que os primeiros raios de luz entrem, olho os anjos que me olham, e depois vejo que não é um anjo, que és tu, tu que trazes um incêndio no teu peito, e, ainda trémula, ainda a medo, deixo que entres, deixo que afastes de mim todas as sombras, deixo que me cubras com o calor do teu corpo, deixo que entres no meu corpo como um anjo carregado de estrelas.


Ginjal e Lisboa

(um dos blogues)

*****

Esta é a pergunta, retórica, que eu faria aos meus amáveis leitores... Depois respondê-la-ia eu. Mas não. É a própria UJM que nos dá o prazer de se apresentar, dizendo-nos dos seus gostos, da sua maneira de ser, do que a faz feliz. 

Isto aconteceu há três dias, assim, ainda vão a tempo de ler um dos seus mais lindos textos, com o seu cunho pessoal, o qual encerra todo um mundo de boas sensações. Mas, o mais interessante é que a UJM não nos diz tudo nesse texto, falta o resto que é ainda tudo. Para o saber só indo lá, e tomar contacto com aquele manancial inesgotável, que tanto versa em política, economia, sociedade, como em arte e outras matérias, enfim, só vendo e lendo.

E mesmo assim, ainda não é tudo. E este blogue, Ginjal e Lisboa a love affair, donde retirei o texto que aqui vos trago? É mesmo um caso de amor e é a parte mais intimista e poética de UJM, não querendo dizer com isto que o outro blogue não comporte também, muitas vezes, essa sua faceta. Já estou a meter os pés pelas mãos, estão a ver? Repito: só indo lá...

Meus amigos:

Apreciem esta prosa poética que nos preenche e, ao mesmo tempo, nos faz desejar ler mais e mais.  


Abraço

Olinda


***

Indicação da autora: 
Mote para o texto produzido: " Poema 2 de 'Pelas mãos e pelos eu juro' de Alice Vieira in 'Dois corpos tombando na água'."
Imagem: daqui - Agradecimentos

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

The Versatile Blogger Award




Da Ana, Blog Memórias de um Grande Amor, chegou-me este selo que traz consigo as seguintes regras:

1. Agradecer à pessoa que te deu esta nomeação e incluir um link para o seu blog;

Muito obrigada, amiga, por se ter lembrado de mim

2. Escolher 15 blogs e nomeá-los com o "The Versatile Blogger Award";

Opto por oferecê-lo a todos os meus amigos leitores.

3. Escrever 7 coisas sobre ti.

Gosto de ler.
Gosto de ouvir música.
Gosto de cantar.
Gosto de tocar viola.
Gosto de ir ao cinema.
Gosto de andar a pé.
Gosto do mar.
Gosto de pessoas.

Bem, poderia continuar. São tantas as coisas de que gosto, mas regras são regras. :)

Votos de uma excelente semana.

Abraço

Olinda


sábado, 23 de fevereiro de 2013

Festa de Xailes



(1)

Xaile

Eu tenho um xaile também.
Não é de seda, é de lã.

Herdei-o de minha mãe.
Foi nele que me embalou
Ao som de uma canção.
É nele que me embrulho
Se estou triste ou sinto frio,
Fica calmo o coração
Mas toda eu me arrepio.
Falta-me ouvir a voz terna
Que me embalava a cantar:
“Papão não faças barulho,
Não me vá ela acordar”.
Ai, falta-me a voz materna,
Doce como um rouxinol,
Quente, como é o sol
Num dia quente de Verão
Alegre como a manhã.
Eu tenho um xaile de lã.



(2)


Os Xailes são abraços

Xailes são abraços.Pontas sem nós
Sem laços...

Riscos de seda no ar.
E mesmo sem nós querermos.
Os xailes são danças.
voltas e reviravoltas
de vida, 
que ajudam a sonhar.




(3)

O xaile da minha avó

Eu quero andar embrulhada
No seu xailinho de seda
Aquele que a avó sempre leva
Quando vai à descamisada.
E quero levá-lo ao baile
P´ra nele abraçar o meu par
Avó, deixe-me embalar
E adormecer no seu xaile!



(4)

O meu xaile de sonho

Eu tive um xaile de seda
Que em tempos me fez sonhar
lembra-me sempre de ti
de tudo o que não quero largar
Eu tive um xaile de seda
que cheirava a Amor
tinha a cor do meu sangue
e uma ponta de oiro em cada flor
que afinal nunca foi meu
embrulhei-o com força no peito
e no coração que é teu.



(5)


*****

Trago, hoje, a história ou histórias do Xaile de Seda escritas e dedicadas, há um ou dois anos, pelas amigas Maria, Mariana Reis, George Sand e Histórias de Nós. Histórias retiradas do baú das suas recordações e do imaginário, sentimentos de carinho que a visão de um xaile suscita. 

Se, nesta Quinzena, que já vai longa contra todo e qualquer calendário, pretendemos tecer um Xaile de Afectos, vide post de 4 de Fevereiro, a verdade é que ele já vem sendo tecido, com o vosso contributo, há uns setecentos e tal dias. Pois é, o doce, prémio cobiçado :) e não alcançado, ficará para melhores dias. Será que o suspense continua?


Meus amigos:

Vêm aí mais poemas e prosas poéticas.

Entretanto, desejo-vos um excelente fim de semana.

Abraço

Olinda


Imagens Internet:(1)desacatos e desevolturas. Blogspot.com (2)sandrawaihrichtatit.blogspot.com (3)vagalume.com.br (4)cafeportugal.ne (5)lisboameninaemoca.blogs.sapo.pt (As imagens serão retiradas se ferirem susceptibilidades ou implicarem direitos de autor. -Agradecimentos)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O Pão Cresceu Nas Nossas Bocas

Poema: Eufrázio Filipe
Imagem:Lusofonia Poética



Ver-te assim tão indecifrável
nos contornos e nas arestas
ancorada nas marés
em chama viva
a entrar pela casa vazia
sem desistires do silêncio
a resistir mesmo quando doem
os passos e as pontes
fez-me pedir ajuda
a um cântaro de água fresca
às pedras que cantam e tropeçam
nos pés das videiras

Foi assim que nos despimos
e vindimámos
para os barcos cumprirem
o seu efémero destino

As uvas morreram nas tuas mãos
mas o pão cresceu nas nossas bocas

Eufrázio Filipe

MarArável (Blog)

 *****

O quê? Um mar que se pode lavrar? Sim, e que lavradio!

Este é o meu Poeta do absurdo ou dos absurdos, que me faz pensar muito depois de ler um poema seu, a começar pelo título. Penso que este já seria matéria suficiente mas o que, normalmente, vem a seguir intensifica esta vontade de querer aprofundar mais e mais para chegar ao cerne do seu desenvolvimento poético e filosofia de vida. Nem sempre chego lá, mas a beleza das palavras, como direi, a forma como cada expressão e cada verso se empolgam de vida, faz-me ver para além da minha condição humana e pairar mais acima.  

A imagem que aqui trago, provém do blog da Mara, Lusofonia Poética, um blogue que faz a divulgação dos poetas da lusofonia. Se quisermos mergulhar neste mundo imenso, e ter momentos de poesia dos mais variados quadrantes, em língua portuguesa, é para lá que dirigimos os nossos passos. 


Amigos:

Por agora, fiquem na excelente companhia de Mar Arável e Lusofonia Poética. Voltarei com Festa de Xailes. Afinal, o que estamos nós a festejar? Dou um doce a quem adivinhar... :)

Abraço

Olinda

***
Poema publicado no 'Para lá do Azul'- indicação do autor

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

VEM...

Isabel Vieira




Vem pedacinho da manhã
Vem raiando tua luz
Vem borboleta de véu em cruz
Vem meu corpete despido de lã
Ninho, aconchego de passarinho
Enfeitado de rosmaninho...
Vem florinha de cor singela
Verde prado de toalha amarela
Papoila, aloendro, alecrim
Vem sentar-te ao pé de mim
Que água que banha o rio
Chega no tempo sem frio
E lava as mágoas, lava o pranto
E deixa a vida ser encanto...
Vem sem tempo, sem espera
Bordado em verdinha hera
Alento de sonho de menina
Vem, que está mesmo sentado na esquina
Um sol, na beira do monte, sentado numa quimera
Vem...vem bailar com a Primavera!

Isabel Vieira


Baila Sem Peso (Blog)


*****

Esta é a nossa querida Bailarina, expressão do Bartolomeu, a amiga Levezinha, (designação da minha lavra decorrente do nome do blog) de palavras doces como o mel, com cheirinho a rosmaninho e a alecrim, trazendo-nos já as suaves brisas da Primavera. 

Embora ainda a um mês de distância, ouvem-se leves ruídos, sons audíveis de um germinar incessante, um espreguiçar perfumado que as nossas narinas aspiram com prazer. É a Natureza tomando posse do seu tempo de renascimento. 

Tal como ela, primemos por vestir os nossos pensamentos de cores garridas e ousadas. Façamos deste tempo que nos é dado, um tempo de renovação e de concertação de ideias.


Caríssimos:

Desejo-vos um bom início de semana. Voltarei na quarta-feira, com um poema de Mar Arável.  :)

Abraço.

Olinda 


Imagem: Papoila-da-Califórnia do blog obotânicoaprendiznaterradosespantos, a qual, realmente, me causou espanto. Nunca tinha visto papoila amarela. Segundo o que li no referido blog, tem propriedades medicinais.

Muito obrigada, BotânicoAprendiz. 


sábado, 16 de fevereiro de 2013

Há uma angústia

Nilson Barcelli


Há uma angústia
que se agita e cresce por nós
e pela nação,
numa galopada
exterminadora de sonhos
adolescida nos olhos.

Ninguém gesticula
da outra margem da esperança
para que trajemos de verde
e se acendam
os pássaros de sol
dentro de nós.

Os rombos do navio
são o rosto dos malefícios
que queremos apear
e as injustiças
são os remos da premência.

O tempo de amarinhar
para escapar ao naufrágio
é agora.


Nilson Barcelli

NimbyPolis (Blog)

*****


O Nilson Barcelli é assim. Talentoso. Escreve belíssimos poemas de amor, que nos encantam pela sua força e paixão, como também vigorosos poemas sobre estes tempos que correm, de apagada e vil tristeza. 

Há uma angústia no ar que nos vai consumindo e alcançar a outra margem é a nossa meta, espaço promissor ou terra prometida, cheios de verde e pássaros esvoaçantes em ondas de alegria. E é essencial que desbravemos estes caminhos e assestemos bem o óculo, que consertemos este nosso barco já descabelado e periclitante, pois, navegar é preciso. E viver não é preciso (?)


Caros amigos:

Votos de um fim de semana ensolarado. Bem, se chover façamos com que o Sol brilhe dentro de nós. :)

Abraço

Olinda



Referências:
-Camões- apagada e vil tristeza
- F.Pessoa-navegar é preciso, viver não é preciso.
Imagem:daqui

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Alma de Cigana

António Lídio Gomes



Esta alma graciosa, que dança em volta desta fogueira

Que dos anjos, das ternuras, dos desejos e dos amores

Exala sensualidade, como as fragrâncias duma roseira

Como pintura mais divinal, dos poemas e dos louvores


Sendo esta a alma cigana, e para mim a flor mais linda,

Sendo esta alma, a fina flor do bem querer e sensação,

É uma alma vaporosa, sedutora, apaixonante e advinda

D’lém mar, d’outra plaga, e de um poema a inspiração!


Sinto que esta beleza tão sutil, e nas flores simbolizada,

É a beleza pura da alma cigana, e de um ser abençoado;

Em sublimação, e no êxtase de um coração acolhedor!


Esta beleza e formosura são para mim assim como flores,

Que na visão que tenho de seu perfil ao lhe contemplar;

Atiçam as brasas desta paixão, e na fogueira deste amor!


António Lídio Gomes

          Vozes de Minha Alma (Blog)


*****

Com muito carinho, estes laços se vão tecendo envolvendo-nos a todos e, hoje, muito especialmente, ao povo cigano, pela mão do grande Amigo António Lídio Gomes, presença fundamental no Xaile de Seda, pelas palavras sempre oportunas, pelos poemas que nos tem trazido, pelas atenções que lhe devemos.

Hoje, que se festeja o Dia dos Namorados, faz sentido esta visão romântica e apaixonada e toda a magia de que se rodeia esta comunidade que vive mesmo ao nosso lado e cujos costumes e tradições conhecemos tão mal, aliás, socorrendo-nos, muitas vezes, de estereótipos na interpretação do seu modo de vida.


Caríssimos:

Desejo-vos um dia muito bem passado, com muito amor, um amor sempre presente, todo o ano e pela vida fora.

Abraços

Olinda

****

Adenda:

Andei à procura de uma música bonita para ilustrar este post. Fui encontrá-la no blog Memórias de um grande amor. Trata-se de El Camino, interpretado  por Gipsy Kings.
Neste blog da amiga Ana, sentimos a sensibilidade e o talento da autora nas suas memórias, em cada palavra, em cada verso, mesmo quando ela nos traz uma flor e diz: Apenas uma flor. 

Obrigada, minha amiga.


Olinda


Imagem: daqui

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Esta Lisboa que eu amo

Azulejos de Andradarte


Nesta Lisboa que eu amo
Sinto o mar em cada esquina
Esta Lisboa tem ondas
No andar de uma varina


Cidade tão antiga, cidade amiga
Modesta e bela
Varia com as marés 
E tem o Tejo a seus pés
A chorar de amor por ela


Cidade de mil cantigas
Nasce a canção como uma flor
Na boca das raparigas 
Andam cantigas d'amor




Minha Lisboa que te posso dar?
Dai-lhe mais cantigas para ela cantar
Minha Lisboa que te hei-de oferecer?
Dai-lhe mais cantigas para ela aprender




Nesta Lisboa que eu amo
Sinto o mar em cada esquina
Esta Lisboa tem ondas
No andar de uma varina
Cidade tão antiga, cidade amiga
Modesta e bela
Varia com as marés 
E tem o Tejo a seus pés
A chorar de amor por ela




****

Meus amigos

Trago hoje para a feitura deste Xaile de Afectos, uma 'Série de Azulejos sobre Lisboa antiga' do Amigo Andradarte. Além destes trabalhos, ele faz outros em materiais vários, os quais expõe no seu blog. 


Pensei em produzir um texto para a apresentação destas imagens, mas depois lembrei-me desta bela canção Esta Lisboa que eu Amo que nos leva a passear pelo ambiente lisboeta, 
juntamente com os azulejos de Andradarte.

Realmente, nesta mostra conseguimos perceber a especificidade das construções dos bairros históricos, apreciar os candeeiros também eles com a sua história, o eléctrico 28 com a Sé, ao fundo (não é, Andradarte?), o cais das colunas com o Tejo mesmo ali, rendido.



E agora, Simone de Oliveira conta-nos tudo, cantando: 

Esta Lisboa que eu Amo.







Um abraço e até à próxima postagem. :)

E BOM CARNAVAL!

Olinda


Imagem: Série de Azulejos sobre Lisboa antiga - Andradarte
Letra da Canção retirada de Aqui