Quando temos água, água para beber, para cozinhar, para a nossa higiene, para a agricultura, para os jardins, gastamo-la com naturalidade, quiçá, esbanjando-a, sem pensar na sua escassez e que pode vir a faltar.
O ciclo hidrológico, como sabemos, tem uma constância precisa - trata-se de uma troca contínua de água na hidrosfera, entre a atmosfera, a água do solo, águas superficiais, subterrâneas e das plantas. E nesse processo entra a evaporação dos oceanos e outros corpos de água, a precipitação por condensação do vapor de água do ar, o escoamento superficial, fluxo de água que ocorre na superfície do solo quando este se encontra saturado de humidade.
A Natureza congrega todos os elementos para esse funcionamento, em que o Sol desempenha um papel fundamental. E assim seria sempre se a nossa incúria, em muitos casos, não viesse perturbar esse concerto maravilhoso. E não é de agora. Assim a formação de desertos que acontece, principalmente, a partir do processo de desertificação do solo, que consiste na perda de vegetação através da ação do homem, por meio de técnicas de cultivo inadequadas e desmatamento descontrolado.
Há lugares onde a água, para os mais diversos fins, rareia e em especial a água potável. Há que percorrer grandes distâncias a pé para aceder a um vasilhame de água que depois é colocado na cabeça em cima de uma rodilha e transportado. A agricultura ressente-se com a falta de chuva, sendo, na realidade, de subsistência e na maior parte dos casos nem isso.
Há países que procuram obviar a situação de falta de água através da dessalinização da água do mar, sendo esta utilizada em todas as necessidades. Para irrigação alguns recorrem à técnica de rega gota-a-gota. Dessas situações já dei conta aqui no Xaile de Seda, em outros anos. Temos tido experiências aflitivas quando o calor aperta, a temperatura aumenta e a chuva foge para outras paragens. Já houve por cá municípios a fornecer água através de camiões cisternas.
Mas temos uma certa tendência para o esquecimento enquanto não nos vemos em apertos. Existe legislação produzida (há que tempos!) sobre o regime da utilização dos recursos hídricos tanto no que respeita ao consumo humano, como ao sistema de rega, actividade industrial, produção de energia hidroeléctrica, actividades recreativas e de lazer.
Há notícias de que o governo pretende proceder ao racionamento de água, ou já é um facto, em empreendimentos turísticos, quanto a espaços verdes e campos de golfe. Mas afiança que Portugal tem condições para garantir água para o consumo humano nos próximos dois anos. Esse limite no tempo não nos descansa. Antes pelo contrário. Tenhamos presente que as alterações climáticas são persistentes e que a seca não é uma miragem.
A poupança de água tem de ser preocupação nossa. Sabemos todos o que é preciso fazer nas nossas casas. Toda a água deve ser utilizada com respeito e reutilizada se for caso disso. O facto de termos torneiras em casa donde sai o precioso líquido não nos dá o direito de o gastar a nosso bel-prazer.
Desejo-vos um óptimo dia, meus amigos.
Abraços
Olinda
~
====
Queira ler aqui - 3 posts meus sobre a Água.
Ciclo hidrológico - aqui
Veja aqui, Poupe água com os hábitos e os dispositivos certos
Imagem - pixabay
Bom dia, querida amiga Olinda!
ResponderEliminarAntes do ano de 2000, ouvíanos falar da possibilidade da escassez de água potável, mas parecia muito longe... O desperdício continuou a acontecer sem nenhum constrangimento.
Dizia-se de que até... 2050 o mundo iria ter muita tragédia em torno do derretimento das geleiras.
Estamos a um passo de tudo acontecer, aliás, já estamos vendo.
Particularmente, eu penso nos netos...
Amiga, a dessalinização terá que andar mais rápido, o tempo voa e, por aqui, parece que somos cegos e surdos. Nada é feito por prevenção.
Que tenhamos água, pois morreremos sem ela!
Excelente tema trouxe!
Tenha um final de semana abençoado!
Beijinhos com carinho fraterno
😘🕊️💙💐
*ouvíamos falar...
EliminarPor termos torneiras podemos controlar o seu uso.
ResponderEliminarJá faço isso há muito.
Abraço
Texto muito importante, tema que deveria a todos interessar e abrir os olhos... Lembrar que é um bem FINITO.... E tantos, tantos, tantos assim não pensam! Pena! beijos, lindo dia! chica
ResponderEliminarParabéns pelo texto, querida Olinda!
ResponderEliminarNão entendo como é Portugal , tendo uma costa enorme, não começou a sério com a dessalinização .Apesar dos custos elevados, penso que estamos perdendo tempo.
Caloroso abraço, minha amiga, tudo de bom .
Gostei imenso de ler este post, na verdade só nos lembramos da importância da água na nossa subsistência, quando a torneira deixa de pingar. Confesso o meu pessimismo sobre a capacidade humana em salvar o planeta azul.
ResponderEliminarDesejo-lhe uma boa semana!
Abraço!
Também já ando a fazer aproveitamentos e a reduzir o gasto. Poderemos ter surpresas muito em breve!!
ResponderEliminar-
As palavras são o ponto de encontro
Beijos e uma boa tarde.
Olá Olinda!
ResponderEliminarNosso planeta é nossa morada, se ele sofre, nós com certeza vamos
pagar o preço por isso.
Desejo-lhe uma semana iluminada.
AbraçosLoiva
Querida Olinda, um tema pertinente que toca a todos nós e que é também de nossa responsabilidade. Mesmo quando a conta é alta o desperdicio em casa continua. Eu acho que lavamos roupa demais e muitas vezes poucas peças numa máquina que anda ali a girar tempos infinitos; as mais modernas já têm programas breves, mas isso não resolve o problema e os banhos? Tomamos todos os dias, então qual a necessidade de serem longos? Para quê passar a louça por água antes de colocar na máquina, se um pedacinho de papel de gordura facilmente tira os excessos.? Tudo isto, Amiga eu tento não fazer, mas, confesso, por vezes esqueço. Uma coisa que há anos se faz em casa é aproveitar a água de limpar o chão das casas de banho e não só para deitar nas varandas e assim lavá - las ; mesmo a minha mulher a dias faz sempre isso. Muitas vezes pensamos que o pouco que poupamos em casa não resolve o problema, mas uma gotinha a cair, depressa enche um bale e portanto há que aproveitar cada pinguinho porque um dia ele deixa de cair. Amiga, obrigada por trazeres este tema que xige uma grande reflexão de todos nós. Espero que estejam todos bem de saúde e um fim de semana agradável . Dia 9 vou ao Brasil e só volto em Setembro, mas, com certeza, terei oportunidade de te visitar enquanto lá estiver. Não vai ser nada bom não encontrar os meus pais à minha espera, mas a realidade tem de ser enfrentada, não é verdade? Beijinhos a todos
ResponderEliminarEmilia
Olinda es mi deseo invitarte al otro blog de Aula De Paz , dónde en cinco partes expreso un resumen de mi labor en la sociedad , deseando Olinda sea de tú agrado , un fuerte abrazo . jr.
ResponderEliminarCaro Jose Ramon
EliminarGrata pelo convite. Irei visitá-lo em breve.
Terei imenso prazer em adquirir esses conhecimentos.
Grande abraço
Olinda
Olá, amiga Olinda,
ResponderEliminarnunca será demais falarmos sobre a importância e a escassez da água.
No nordeste brasileiro temos um exemplo sobre essa escassez, que
empobrece a terra e os seus habitantes. Penso que em todo o mundo a escassez é frequente em muitos países, daí a necessidade de sermos parcimoniosos no uso da água.
Um bom final de semana.
Um abraço
Um Post magnífico: de alerta e de oportunidade.
ResponderEliminarRealmente só damos a verdadeira importância á água, quando ela nos falta. Sou muito sensível a esse problema, também por razões pessoais.
Quando estive na Guerra, o meu sítio era abastecido através de um pequeno barco que transportava (uma vez por dia) esse precioso em barris que usados.
Era limitada, tinha sabor do vasilhame e era racionada.
As temperaturas subiam para além dos 40 graus com humidade (sempre) entre os 98 e 100%. Quem se quisesse refrescar (pois) teria de prescindir de parte dos 5 litros que lhe eram atribuídos...
Sem mais.
Aprende-me mais com dolorosas experiências...
Beijo
SOL da Esteva
a àgua é vida!... gosto das nascentes e das aguas torrentes
ResponderEliminare mergulhar em ãguas doces...
excelente e oportuno post, Olinda
abraçp
Minha querida Olinda... Voltando com muitas saudades. Depois de tantos anos sinto que estou regressando a CASA. Estou abrindo a porta à amizade linda que construímos aqui . Deixo o meu carinho e um beijinho.
ResponderEliminarQuerida Rosa Maria
EliminarQue alegria sabê-la de novo no seu blogue.
Irei visitá-la em breve.
Muito obrigada pelo seu carinho.
Beijinhos
Olinda
Oi, Olinda. Que belo estudo sobre o racionamento desse bem tão precioso. Que não podemos viver sem ela. Água é vida que todos aprendam a não desperdiçar. Parabéns pela postagem. Bjs querida
ResponderEliminarMaravilha de postagem Olinda! Todos conhecemos a necessidade de economizar em seu gasto porque a escassez já se faz notar em várias partes do mundo. Há tempos vem o planeta sofrendo e as medidas governamentais não se voltam para a proteção, infelizmente. No Brasil, sofre quem vive no sertão. Se não chove, perdem tudo. E há desperdício por todos os lados. Grande abraço.
ResponderEliminarBoa dia Olinda
ResponderEliminarUm texto magnífico sobre a água e a sua escassez.
Todos somos responsáveis por poupá-la não a desperdiçando, porque cada vez mais vai faltando. e decerto não queremos surpesas desagradáveis.
Um assunto muito sério para o qual estamos convocados a utilizar a água e a respeitá-la com parcimónia.
Um beijinho e uma boa semana.
Ailime
Um post espectacular e bem pertinente.
ResponderEliminarTodos devemos fazer a nossa parte em casa, evitando desperdícios desse bem tão precioso e fundamental na nossa vida.
Beijinhos e suaves brisas plenas de paz e harmonia
A água, pelo menos em Portugal, existe em grandes quantidades. O que falta é um plano para a aproveitar melhor para que não se notem os anos de seca.
ResponderEliminarGostei da sua crónica, muito oportuna e esclarecedora.
Boa semana, amiga Olinda.
Um beijo.