Eu não tenho quintal, por isso, infelizmente, não terei esse prazer. Por baixo de mim há quem tenha uns quintalinhos, mas não dão para tanto. Talvez o Quintal do Vizinho de Dª Maria desse para isso, desde que arrancaram de lá as árvores.
Isto vem a propósito de um artigo que li na Revista Ler, Arte de Antecipação*, sobre a Amazon, distribuidora gigantesca, que, não tarda nada, começa a ler os nossos pensamentos mais resguardados.
Segundo o autor, José Mário Silva, foi anunciado, há meses, o projecto, num futuro próximo, da utilização de drones para fazer entregas em qualquer ponto dos EUA num intervalo inferior 30 minutos. Depois de escolhermos o que pretendemos, um veículo do tamanho de um helicóptero telecomandado pousa no quintal das traseiras com a encomenda.
Mas, há mais.
Na ânsia de ser sempre mais rápida que a concorrência, a Amazon está a preparar-se para enviar as encomendas aos seus clientes ainda antes de eles as fazerem. Exato: é como se lhes adivinhassem os pensamentos e as intenções valendo-se das quantidades incalculáveis de informação armazenada sobre hábitos de consumo (das compras feitas no passado às wish list, passando pelo tempo que o cursor permanece a pairar em cima de um determinado item) um sistema informático calculará que produtos terão uma probabilidade elevada de serem encomendadas e acionará o respetivo "envio antecipado". Assim, quando o cliente clicar por fim no botão de compra, o produto já estará em trânsito ou em espera num armazém mais próximo da morada de destino.
O artigo termina com a ideia de que talvez um dia, não muito longínquo, a Amazon anunciará o algoritmo capaz de definir sem que tenhamos voto na matéria o que na verdade cada um de nós precisa de ler, ver ou ouvir.
Isto vem a propósito de um artigo que li na Revista Ler, Arte de Antecipação*, sobre a Amazon, distribuidora gigantesca, que, não tarda nada, começa a ler os nossos pensamentos mais resguardados.
Segundo o autor, José Mário Silva, foi anunciado, há meses, o projecto, num futuro próximo, da utilização de drones para fazer entregas em qualquer ponto dos EUA num intervalo inferior 30 minutos. Depois de escolhermos o que pretendemos, um veículo do tamanho de um helicóptero telecomandado pousa no quintal das traseiras com a encomenda.
Mas, há mais.
Na ânsia de ser sempre mais rápida que a concorrência, a Amazon está a preparar-se para enviar as encomendas aos seus clientes ainda antes de eles as fazerem. Exato: é como se lhes adivinhassem os pensamentos e as intenções valendo-se das quantidades incalculáveis de informação armazenada sobre hábitos de consumo (das compras feitas no passado às wish list, passando pelo tempo que o cursor permanece a pairar em cima de um determinado item) um sistema informático calculará que produtos terão uma probabilidade elevada de serem encomendadas e acionará o respetivo "envio antecipado". Assim, quando o cliente clicar por fim no botão de compra, o produto já estará em trânsito ou em espera num armazém mais próximo da morada de destino.
O artigo termina com a ideia de que talvez um dia, não muito longínquo, a Amazon anunciará o algoritmo capaz de definir sem que tenhamos voto na matéria o que na verdade cada um de nós precisa de ler, ver ou ouvir.
Bem vistas as coisas, nada que o pombo-correio não tenha já feito, mas agora, com os requintes próprios dos tempos que correm e com o acrescento de que algo ou alguém far-nos-á o favor de pensar e agir por nós.
Então não é um descanso?