segunda-feira, 9 de abril de 2012

Antes que o rio seque

O Cerejo, o castanho: os limites da 
agricultura para os hemisférios
da fome e da fartura.
No cerejo os frutos bravos, muitas aves,
à mão colhidos;
os dias vastos,
a morna sobrevivência.
No castanho as horas graves,
o sustento coado de raízes.
Eis o que os meses
de seu saco têm para dar.
Baça agricultura, lenta
(sob promessa, mas
tão lenta) divisão.

A.M.Pires Cabral
(1941)

Antes que o rio seque - Poemário 2012                                                                                                        

5 comentários:

  1. Desconhecia...

    Uma felzi semana, amiga

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  2. Olinda, Querida

    Um Poema actual, muito real, a raiar o desespero do trabalho ao "sabor" do(s) tempo(s).

    Beijos

    SOL
    http://acordarsonhando.blogspot.pt/

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  3. Muito agradecido pela visita!
    Um grande abraço :)

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  4. Meus amigos

    Achei este poema muito bonito. Utilizando elementos naturais o autor cria metáforas que se adaptam facilmente aos tempos que correm. Aliás, metafórico ou não, o certo é que este poema parece falar connosco...

    Muito obrigada pelos vossos comentários.

    Abraços.

    Olinda

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