Na faixa lateral inseri há quase duas semanas o título de um livro que comprei por essa altura com o intuito de o começar a ler, tanto é que consta no pequeno espaço Lendo, o que é uma inverdade, como devem calcular pelo que disse atrás. Confesso que nunca li nada do autor, David Nicholls, nem sei se vou gostar da história. O que me atraiu foi o facto de me ter apercebido de que se trata de um casal que pretende reencontrar-se numa fase em que o filho sai de casa para tratar da própria vida. Deduzo que estando pai e mãe na iminência de ficarem frente-a-frente, já sem a atenção voltada para o terceiro elemento da família, tenham que se reinventar.
Ou então o que me atraiu foi este texto que abre o dito livro, uma citação:
Só tu me ensinaste que tenho coração - só tu deixaste uma luz intensa para as profundezas e para os picos da minha alma. Só tu me revelaste a mim próprio; pois, sem o teu auxílio, o melhor que teria logrado conhecer de mim próprio teria sido meramente conhecer a minha sombra - vê-la a tremular na parede, e tomar erradamente as suas fantasias por verdadeiras acções minhas...
Agora, caríssima, compreendes o que fizeste por mim? E não é um tanto assustadora a ideia de que uma ou outra diminuta circunstância podiam ter impedido o nosso encontro?
Nathaniel Hawthorne, numa carta a Sophia Peabody
4 de Outubro de 1840
Como vêem este é um post irrelevante, um post sobre um livro que não li, ainda. Mas penso fazê-lo, senão teria de retirar a menção que tenho na faixa lateral, à direita. Além do mais, o título é sugestivo, NÓS, e tudo o que implique esta pluralidade, a Família na suas complicadas vertentes, parece-me interessante.
Também através deste post tenho a oportunidade de vos desejar uma boa quarta-feira. A natureza presenteou-nos hoje com um dia maravilhoso. Aproveitemo-lo. :)
Imagem:net
Carta enternecedora e repleta de íntimas reflexões. Por intrudução dá a ideia de "prometer" valer (bem) a Leitura.
ResponderEliminarBeijos
SOL
Oi Olinda
ResponderEliminarA citação à qual você se refere é um grande estímulo à leitura da obra e me pareceu um conteúdo muito rico e interessante
Um beijinho no seu coração minha amiga
O tem parece (é) sempre interessante; Especialmente neste conturbado tempo de interrogações sobre alguns dos estruturais pilares da sociedade.
ResponderEliminarDe qualquer modo a atenção desviou-se-me para esta quarta-feira; aproveito a oportunidade para, usando as suas palavras, esperar que seja assim, amanhã. Ou Amanhã, porque é isso que todos desejamos.
Um abraço.
jorge
~ ~ ~ 1840...
ResponderEliminar~ A amostra é surpreendente e intensa, o que justifica a sua compreensiva atracção.
~ Fico à espera da opinião final, pela qual fico, desde já, muito grata.
~ A postagem não está nada irrelevante!
~ O livro até pode ser uma sensaboria, mas a citação é formidável.
~ ~ ~ Olinda, abraço amigo. ~ ~ ~
Ps ~ O Priberam já criou a palavra postagem e blogue com a sua considerável família.
~ ~ ~ ~
[-ิ‿•ิ]❀
ResponderEliminarOh ! EXTRA ! :)
MERCI pour ce partage chère Olinda ❤
C'est SUPER !
BRAVO !
GROS BISOUS d'Asie et bonne continuation !!!! :)
Ahhh, uma "inverdade" :)
ResponderEliminarEu também ando lendo um livro há meses, com a atenuante de que tem mais de 500 palavras, mas é uma triste atenuante!
Beijinhos, boa semana restante!
Não conheço esse livro, mas o facto de o poderes ler, assim, numa quarta-feira (de sol e de muito trabalho)...já tem um lado abençoado.
ResponderEliminarBeijinho meu
Nunca é irrelevante o que contamos, até porque ficaram aqui passagens muito boas, mesmo que depois o livro, efectivamente, não venha a ser o equivalente ao extracto lido...
ResponderEliminarUm beijo amigo e boas leituras :)
Bom dia, Olinda
ResponderEliminarConheço o escritor de nome, sei que é inglês e relativamente jovem, e, talvez por isso, com poucas obras publicadas, ainda.
Além disso, como, infelizmente, não tenho filhos (com grande desgosto meu e da minha falecida mulher) nunca me vi na situação que referes.
Mas posso imaginar que, numa ligação que não esteja muito "saudável", a saída da "bengala" que a sustinha possa fazer mossa...
Não concordo quando dizes que este post é irrelevante. Pelo contrário - chama a atenção para um assunto deveras interessante, tanto mais que vivemos uma época em que a estrutura familiar está muito necessitada de "reforços".
Continuação de boa semana e... boas leituras!
Um beijo
MIGUEL / ÉS A MINHA DEUSA
Interessante, sim, a nossa medida através do outro.
ResponderEliminarBeijinhos, bom dia!
A propósito do sentido da citação que abre o dito livro, lembrei-me de uma lição que recebi recentemente:
ResponderEliminarHá uns 6 anos, plantei 2 figueiras, uma em cada extremo do terreno, distantes uma da outra, uns 100 metros. Todos os anos as figueiras se enchiam de figos que não ultrapassavam o tamanho de avelãs e não amadureciam. O caso intrigava-me e um dia, em conversa com um vizinho, homem do campo, habituado desde criança a conhecer e entender as plantas e os animais, comentei-o. Então o meu vizinho respondeu-me que teria de plantar mais duas figueiras, junto às que já existiam. Que se não o fizesse, elas não produziriam. Estranhei mas cumpri o conselho e a verdade é que as figueiras passaram a produzir e em boa quantidade e qualidade. Este nosso mundo só funciona em número par e a prova de que assim é, encontra-se a cada passo na natureza e até nos computadores. ;)
O tema familia e a sua convivência, nem sempre fácil e de muito interesse para mim. Tenho como prova a experiência pessoal de que depois ds fillhos sairem de casa, o casal tem de se reinventa; não é facil, mas também não foi facil manter o relacioamento tantos anos. Por isso temos de continuar com muita compreensão, dialogo e respeito pela individualidade de cada um. Como costumo dizer e, como é natural " aos trancos e barrancos " lá vamos nós já nos 39 anos de casado . E o sol, amiga, cansou e deixou-nos com a chuva. Ela é necessária, mas o sol deixa-nos mais bem dispostas Beijinhos e, apesar do tempo, desejo que a alegria não te falte. Até sempre!
ResponderEliminarEmília
Também nunca li nada desse autor. Mas gostei da sua postagem.
ResponderEliminarUm abraço
Boa noite Olinda
ResponderEliminarVim trazer o meu carinho e deixar meu afetuoso abraço com desejo de que seus dias sejam poderosamente abençoados e que os seus caminhos sejam recobertos com as pétalas do amor.
Beijos com ternura e meu carinho
Deve ser excelente o livro.
ResponderEliminarUm beijo Olinda!
ótimo fim de semana!
Minha Querida Olinda: Uma excelente terapia para a "síndrome do ninho vazio" será precisamente descobrir e redescobrir o outro, redescobrirmo-nos a nós próprios e, quantas vezes, resgatarmos o "eu", o "tu" e o "nós". Beijinhos meus.
ResponderEliminar(^‿^)✿
ResponderEliminarUn petit coucou amical sur sur ton joli blog chère Olinda
GROS BISOUS et bon dimanche !
✿ ✿ ✿
Boa noite Olinda,
ResponderEliminarvou ter que discordar de você, porque não acho este post nadinha irrelevante. Encontrei nele detalhes maravilhosos, para além da dica do livro, que já me passou pelas mãos nas minhas cusquices literárias, mas também não li, este texto que voc~e cita, que por acaso li na altura, quando analisava o livro, é duma beleza e profundidade ímpares, e nos lembram o quanto a vida, com uma "vírgula" apenas, pode ser outra completamente diferente: uma opção diferente, um momento diferente, enfim, e tudo se altera, é verdade, e nunca pensamos nisso.
bj amg