sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

"XVI Interação Fraterna do Natal"


Convite da amiga Rosélia Bezerra para

a Festa do Advento, de

08 a 15/12/25



TEMA:

RENOVAÇÃO ESPIRITUAL

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TRÉGUA DE NATAL
 

Há tempos publiquei uma notícia que encontrara sobre a 1ª guerra mundial, uma trégua de Natal, em que os soldados de um lado e do outro, ignorando as indicações sobre confraternizações, encontraram-se entre trincheiras para apertar as mãos, enterrar os mortos, jogar futebol... Infelizmente a guerra estendeu-se por muito tempo, matando aquela juventude que, sem querer, tinha de lá estar.

E como nunca aprendemos, veio de novo uma outra guerra, a 2ª guerra mundial, que trouxe dores, sofrimento, vergonha. Por mais anos que vivamos não poderemos esquecer os crimes e a crueldade perpetrados nesse acontecimento horrível que durou de 1939 a 1945.

E cá estamos, com o espectro de novos conflitos a perfilarem-se, uns já começados e outros a quererem invadir-nos, nas nossas casas, nas nossas vidas. Muitas vidas inocentes foram já ceifadas e, parece, que os donos da guerra, que se fazem donos do mundo, ainda não estão satisfeitos: Crianças, velhos, adultos, são vítimas de cabeças desreguladas.

Por isso, pegando nesse exemplo da Trégua de Natal de 1914, façamos um exame de consciência e procuremos inventar uma trégua que dure, considerando todos como irmãos, esquecendo quezílias, mágoas, coisas que não valem a pena, porquanto nós sabemos muito bem que a nossa existência depende da existência do outro. 

Esqueçamos ódios e desenvolvamos em nós uma Renovação Espiritual duradoura, sem fronteiras quer marítimas, terrestres ou cruzando os céus. A ganância, a vontade de dominar outros povos tem de ser esquecida. A vida é muito frágil e de um momento para o outro poderemos já cá não estar.

Façamos aqui este voto:

Voto de Natal

Acenda-se de novo o Presépio no Mundo!
Acenda-se Jesus nos olhos dos meninos!
Como quem na corrida entrega o testemunho,
passo agora o Natal para as mãos dos meus filhos.

E a corrida que siga, o facho não se apague!
Eu aperto no peito uma rosa de cinza.
Dai-me o brando calor da vossa ingenuidade,
para sentir no peito a rosa reflorida!

Filhos, as vossas mãos! E a solidão estremece,
como a casca do ovo ao latejar-lhe vida...
Mas a noite infinita enfrenta a vida breve:
dentro de mim não sei qual é que se eterniza.

Extinga-se o rumor, dissipem-se os fantasmas!
O calor destas mãos nos meus dedos tão frios?
Acende-se de novo o Presépio nas almas.
Acende-se Jesus nos olhos dos meus filhos.

in 'Cancioneiro de Natal'


 


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DESEJO A TODOS UM SANTO NATAL!





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Poema: Citador
Imagem: pixabay

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