Ninguém sabe andar na rua como as crianças. Para elas é sempre uma novidade, é uma constante festa transpor umbrais. Sair à rua é para elas muito mais do que sair à rua. Vão com o vento.
Não vão a nenhum sítio determinado, não se defendem dos olhares das outras pessoas e nem sequer, em dias escuros, a tempestade se reduz, como para a gente crescida, a um obstáculo que se opõe ao guarda-chuva. Abrem-se à aragem.
Não projetam sobre as pedras, sobre as árvores, sobre as outras pessoas que passam, cuidados que não têm. Vão com a mãe à loja, mas apesar disso vão sempre muito mais longe. E nem sequer sabem que são a alegria de quem as vê passar e desaparecer.
Ruy Belo
***
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
António Gedeão
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1º excerto:"Obra Poética de Ruy Belo-Vol.1 p.185 - aqui
2º excerto: Pedra filosofal - António Gedeão - aqui
Olá, querida amiga Olinda!
ResponderEliminarEm criança não sabia o que era rua... não ousava, não podia de jeito algum. Morava longe da cidade.
Já em adulta, tenho a sorte de ser contemplativa e a rua me traz muito além de perigos reinantes, por morar num bom lugar, muitas belezas e contato com pessoas do bem.
Ser contemplativa nos traz benefícios inúmeros, podemos olhar, ver, enxergar... além do horizonte.
Gostei muito do teor do seu post de hoje.
Coitada das crianças que enfrentam as variadas guerras nas ruas...
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos fraternos de paz
Lindo poema. me gusto mucho. Te mando un beso.
ResponderEliminarEu fui menina de brincar na rua, os meus filhos também, já os meus netos quase desconhecem essa liberdade.
ResponderEliminarAbraço
Lindo poema e que bom quando em alguns lugares as crianças ainda possam brincar, se divertir na rua. Hoje, nas grandes cidades, impossível. Apenas podem voar na imaginação... Linda semana! beijos, chica
ResponderEliminarOlá, amiga Olinda.
ResponderEliminarAs crianças adoram a rua. Gostam das brincadeiras umas com as outras. O que infelizmente hoje lhes é negado pelas novas tecnologias, que as isolam do mundo real e da confraternização.
Belo excerto da Pedra Filosofal!
Belíssimo texto, estimada amiga.
Beijinhos e feliz semana, com tudo de bom.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
A infância é o período das descobertas , da aprendizagem do relacionamento com o Outro , da interacção com os pares .
ResponderEliminarInfelizmente, todas essas experiências necessárias ao desenvolvimento da personalidade de um ser humano estão a ser roubadas às crianças de hoje através da tecnologia e das guerras e as consequências serão desastrosas.Aliás, já estão a ser.
Gostei da foto e de encontrar Gedeão, um dos meus poetas favoritos.
Desconhecia o tema musical.
Querida Olinda, carinhoso abraço, boa semana :)
Verdade, mas há cada vez menos crianças na rua. Preferem brincar com os telemóveis e afins...
ResponderEliminarBoa semana minha amiga.
Um abraço.
Sinto falta desse olhar e vivência das crianças. Quando a gente se torna adulto a vida não tem a mesma graça e a mesma descoberta que outrora.
ResponderEliminarBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
Olinda um belo poema, quando era criança brincava muito na rua, aqui onde mora a rua é cheia de crianças brincando, Olinda boa semana bjs.
ResponderEliminarAdorei a publicação. Obrigada pela partilha!
ResponderEliminar.
O tempo voa...
Beijos. Boa semana,
MInha amiga Olinda,
ResponderEliminarQue belas escolhas. Dois poemas de uma força à toda prova. Ruy Belo, Homem de palavra(s). Homem de palavra e de palavras, do rigor, do cuidado formal. E este poema trazido por você, Olinda, mostra o quanto Belo preza os princípios estéticos e o quanto uma tradição literária o influencia. Quanto são significativas suas vivências e o seu olhar para o real que o circunda, tal como o fez neste poema, no enfrentamento da angústia que o tecido social esgarçado provoca. A rua é delas, mas a primeira vista parece que essa sensação de pertencimento perdeu-se...
Um abraço, amiga!
Olá.
ResponderEliminarGostei muito do texto poético. É assim mesmo, para as crianças, a rua é o mundo que as abraça e que as desafiam a descobri-lo.
Olá, Eduardo
EliminarNão consigo chegar ao seu blogue.
Abraço
Olinda
Sim, crianças são nossa alegria, querida Olinda
ResponderEliminarBelíssimo e doce poema.
Te desejo uma semana de paz.
Muitos beijinhos
Verena.
Que lindo excerto , querida Olinda , a sua sensibilidade nos oferece . Há dois gumes hoje que entristecem : a felicidade cristalina da inocência e alegria à procura de emoções e a insegurança nessa liberdade preciosa !
ResponderEliminarObrigada!
Um beijinho
São sempre lindas as ruas com os saltitos das cianças.
ResponderEliminarGosto de ler o Gedeão e gosto também do seu faro para as escolhas,
Grande abraço
Boa tarde, amiga Olinda,
ResponderEliminarPassando por aqui, para desejar um feliz fim de semana com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Foi apenas um momento de saudade e tinha de passa pelo seu belo espaço. Um abraço
ResponderEliminarOlá, amiga Olinda, gostei muito dessa sua postagem,
ResponderEliminarna qual você compartilha um texto de Ruy Belo que fala da alegria das crianças quando saem a passear e uma estrofe do poema de António Gedeão.
Uma ótima partilha que agradeço a você.
Um ótimo final de semana.
Abraços, amiga.
Bom dia Olinda,
ResponderEliminarUm poema maravilhoso de Ruy Belo, que me remeteu à infância em que as minhas brincadeiras predilectas eram na rua. Uma liberdade saudável que as crianças de então podiam usufruir.
Hoje tudo mudou e as crianças como que vivem enclausuradas, presas às novas tecnologias desde muito novinhas.
Um poema para reflexão.
Beijinhos e um lindo dia.
Emília