Naquela tarde havia sol, irmão ...
Sol
brincando às esquinas
colorindo as cubatas
enfeitando os olhares ...
Havia sol,
lrmão! ....
As crianças saltavam
na areia encarnada
correndo e brincando
fazendo bonecos
- bonecos de barro
entregues ao Sol
nessa tarde infinita
em que tu
irmão
olhavas nos olhos
da fiel companheira
um destino melhor.
Havia Sol, irmão ...
E as roupas secando
em acenos de paz
afastavam a dor
que na tua alma sem brilho
se fora acoitar.
As galinhas ciscavam
no pequeno quintal,
e as moças sem graça
entregues à noite
riam p'ro Sol
que nessa tarde infinita
havia.
irmão!
Havia Sol,
- Sol nessa tarde
Sol
a brincar às esquinas
a colorir as cubatas
a enfeitar os olhares
Sol
irmão!
Sol
que tu procuraste
erguendo as mãos
simplesmente tocar.
JOÃO ABEL
Nasceu em Luanda aos 6 de Julho de 1938. Obras publicadas:
«Bom Dia» (1982) e «Assim Palavra de Mim» (2004).
MEUS AMIGOS:
VOU PASSAR UNS DIAS FORA.
AGRADEÇO A VOSSA PRESENÇA
NO "XAILE DE SEDA" E OS VOSSOS
BELOS COMENTÁRIOS.
ATÉ PARA A SEMANA.
ABRAÇOS
OLINDA
===
Poema aqui
Imagem: pixabay
Nota: Não encontrei mais nenhuma informação sobre o autor, para complementar a que se encontra acima.
Poema mágico dum Sol africano. Saudades!
ResponderEliminarNão conhecia a Obra de João Abel, mas a sua sensibilidade tocou-me neste Poema. Irei fazer uma incursão para meu gozo e conhecimento.
"Naquela tarde havia sol, irmão ...
Sol
brincando às esquinas
colorindo as cubatas
enfeitando os olhares ...
Havia sol,
lrmão! ....[...]"
DIVINO!
Grato,Olinda, pela escolha e partillha.
Beijo,
SOL da Esteva
Maravilhoso poema ao SOIL que tudo deixa mais lindo ,alegre e brilhante! Adorei! beijos, ótimo fim de semana! chica
ResponderEliminarBom dia:- Maravilhoso, fascinante de ler
ResponderEliminar..
“” Tenha um fim de semana com Saúde, Paz e Amor ““
.
Olá, querida amiga Olinda!
ResponderEliminarLendo, logo no.Inicio lembrei-me de Sao Francisco de Assis.
Onde há sol, há vida.
Hoje, abri a janela e o vi há pouco, quanta alegría, ele é um poema no firmamento.
Bonito poema nos oferta para A leitura.
Tenha um final de semana abençoado!
Beijinhos fraternos de paz
Belo poema!
ResponderEliminarHoje também há sol!
Abraço
Olá, amiga Olinda,
ResponderEliminarNão conhecia este poeta. Confesso. Fiquei a conhecer um pouco melhor, com esta excelente partilha que aqui nos presenteia.
Um belo poema sem dúvida. Onde o autor enaltece a beleza do Sol de África.
Que é sem dúvida de uma beleza tropical fantástica! Digo isto, porque estive lá e sei que é uma realidade.
Gostei bastante desta sua postagem.
Deixo os meus votos de um bom fim de semana, com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
This poem shines with warmth and hope, capturing the simple joys and quiet beauty of a sunny afternoon. The sunlight feels like a gentle blessing, reaching deep into the soul. I just shared a new travel post. I am excited for you to read it. Thank you. Happy weekend.
ResponderEliminarThis poem warmly paints a picture of a sunlit afternoon filled with life, hope, and simple joys. The repetition of “Sun, brother” gives it a heartfelt, almost sacred feel. I just shared a new travel post. I am excited for you to read it. Thank you. Happy weekend.
ResponderEliminarO sol é fonte de saúde. Eu, pessoalmente, acho mais fácil me refrescar em dias quentes do que me agasalhar em dias frios.
ResponderEliminarAbraços 🐾 Tirinhas do Garfield.
Querida Olinda,
ResponderEliminarHá poemas que não apenas se leem — acontecem dentro de nós. Esta criação de João Abel é um desses raros momentos em que a palavra se faz sol: aquece, acende memórias, devolve à vida um brilho antigo e, ainda que por instantes, desfaz a sombra do tempo.
A repetição sutil de “Havia sol, irmão” pulsa como um refrão da alma, uma espécie de litania de esperança em meio à dor. O poeta nos guia por um cenário tão simples quanto sagrado: crianças brincando, roupas secando ao vento, galinhas ciscando, moças rindo — quadros de uma vida que, embora ferida, insiste em florescer. É nesse cotidiano aparentemente banal que se esconde o milagre: a beleza do que ainda permanece, mesmo quando a alma se abriga na sombra.
Mas o mais comovente talvez seja o final: o gesto de quem, mesmo cansado ou perdido, ainda ergue as mãos para tocar o sol. Uma imagem de resistência terna, quase silenciosa, mas profundamente humana. Tocar o sol — não para possuí-lo, mas apenas para senti-lo, é uma forma de dizer que a esperança, quando é verdadeira, não grita: apenas permanece.
Obrigado por compartilhar! Este poema é mais que palavra, é luz que se oferece ao outro, mesmo quando mal se acende em si.
Com carinho e admiração,
Forte abraço!
Daniel
https://gagopoetico.blogspot.com/2025/05/lotus-alma-serena.html
Querida Olinda!
ResponderEliminarQue beleza de poema, que linda luz que o autor nos oferece! uma esperança vestida de sol.
bjss, marli.
Olá.
ResponderEliminarPoema sensacional!
O sol tem essa capacidade de servir de metáforas para eventos alegres e auspiciosos. Não tem como não celebrar se há sol!
Ocorre-me dizer algo de trivial. O sol quando nasce é para todos.
ResponderEliminarUm abraço
Bello poema. Te mando un beso
ResponderEliminarMina amiga Olinda, um bom dia! Um bom domingo!
ResponderEliminarHá reciprocidade na admiração. Os seus textos e suas postagens são sempre caprichosamente bem escolhidos. Por exemplo, a mais recente, Alegoria ao Sol, de João Abel nos possibilita os primeiros passos na poesia dele. Aliás, também pesquisei, salvo o fragmento abaixo em que o articulista faz alusão à palavra poética considerando-a “presa na noite”, mas não apagada (Abel, 1971), confira o fragmento abaixo:
Mas mesmo quando o sol se esconde
e os sapos cantam louvores à Lua
a poesia não fugiu ainda
Alí está ela presa à noite
a matraquelhar a mesma sinfonia
que transpira sangue e vida
e encharca de quilates as chipanzas
¾ malunga malunga
malunga
malunga malunga
malunga
cassolé cubema
não encontrei nada substantivo que pudesse contribuir para conhecermos um pouco mais a poesia de João Abel. Mas se nota, digamos, certa convergência entre os poemas aqui mostrados, visto que o poema Bom dia pode ser considerado uma saudação ao futuro, ainda que outra seja a realidade.
Gostei dessa alegoria. Há de se reconhecer que, embora o sol esteja sendo prodigalizado, deve-se notar que o uso do imperfeito para o verbo haver revela que “havia sol naquela tarde”, tão somente naquela (ainda que infinita) depois da sequência dos gerúndios em ações continuadas, mantidas no passado. Há de se aproveitar o Sol, ele pode não voltar. Há manifesto o desejo de um Sol permanente, que pudesse ser tocado todos os dias...
Já me alonguei, minha amiga Olinda, receba o meu abraço,
Boa noite, amiga Olinda,
ResponderEliminarPassando por aqui, para desejar uma feliz semana, com tudo de bom
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Não conheço o autor, mas depois de ler este magnífico poema fiquei com vontade de ler mais.
ResponderEliminarObrigado pela partilha.
Boas miniférias.
Um abraço.
Olinda um lindo poema adorei a sua escolha, desejo uma ótima semana bjs.
ResponderEliminarQue maravilhosa alegoria ao Sol. O sol que dá vida, que nos aquece, que nos deslumbra.
ResponderEliminarUma boa semana, minha amiga Olinda.
Um beijo.
Me emocionei com as palavras. Parabéns!
ResponderEliminarBoa semana!
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Instagram
Até mais, Emerson Garcia
Linda essa composição ,Olinda
ResponderEliminarNão conhecia o autor e vou pesquisar porque gosto do que é bom e você sabe bem trazer-nos o melhor. E , é muito bom quando há sol iluminando os olhares. Beijinhos, amiga e nâo demore voltar.
Bom dia Olinda,
ResponderEliminarQue poema tão belo sobre o irmão sol, como dizia São João da Cruz!
Um dia de sol é como uma festa a iluminar os nossos corações , a guiar a nossa vida, a alegrar a natureza, a envolver-nos de esperança.
Seja bendito o irmão sol.
Desejo-lhe uma boa pausa.
Beijinhos e até breve.
Emília
Olá minha querida! Que linda e terna alegoria ao sol, amo a natureza e você fez uma bela escolha poética! Parabéns! braços.
ResponderEliminarNo mínimo, é caso para dizer que o sol quando nasce é para todos.
ResponderEliminarBoas férias.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Olá, amiga Olinda,
ResponderEliminarPassando por aqui, para desejar um bom fim de semana com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Aproveite o Sol nestes dias que, com ele, descansa. É benesse ter a sua companhia a iluminar os nossos dias.
ResponderEliminarRevi e reli e sinto-me em casa, Olinda.
Beijo,
SOL da Esteva
Uma excelente partilha. Giremos com a alegria solar. Boa pausa. bjs
ResponderEliminarhttps://pensandoemfamilia.com.br/contos/quem-conta/
Olá, amiga Olinda,
ResponderEliminarPassando por aqui, para desejar uma feliz semana, com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Obrigado pelo compartilhamento.
ResponderEliminarBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
Voltando aqui para ver o sol continuar a brilhar em suas palavras.
ResponderEliminarSPOILER ALERT! 😺
Nova tirinha publicada.
Abraços 🐾 Garfield Tirinhas.
Minha amiga Olinda,
ResponderEliminarO Sol que nasce e se põe no Céu todos os dias tem seu nome em referência à estrela central do nosso sistema solar. A palavra Sol também é usada para descrever a quinta nota musical da escala de Dó Maior e aqui, o Sol aqueceu sua postagem com as palavras do poeta.
Beijos!!!
Olá, amiga Olinda,
ResponderEliminarPassando por aqui, para desejar um bom fim de semana, com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Ah! Que belo poema, com Francesco d'Assisi em pano de fundo...
ResponderEliminarBons dias por fora!
Eu regressei agora, depois do aniversário da pequena Madalena e da vigilância à varicela que, entretanto contraiu.
Um abraço, minha amiga.
Bonito poema nos dejas de este poeta hasta hoy desconocido para mí.
ResponderEliminarDisfruta de tu descanso y ya sabes que aquí estaremos para recibirte con un fuerte abrazo.
Kasioles
Sempre agradável estar aqui, rever, reler e sentir-me em casa.
ResponderEliminarObrigado, Olinda, pela presença intensa.
Beijo,
SOL da Esteva
Além dessa intimidade com o sol numa fraternidade comovente, o ritmo evoca toda essa energia e cor tão forte e única em África . Nao conhecia o autor pelo saio sempre mais enriquecida .
ResponderEliminarAproveite bem , querida Olinda e usufrua
Um abraço