mas a mulher do meu horizonte
na imperfeição e na incoincidência do dia-a-dia
Por ti desejo o sossego oval
em que possas identificar-te na limpidez de um centro
em que a felicidade se revele como um jardim branco
onde reconheças a dália da tua identidade azul
É porque amo a cálida formosura do teu torso
a latitude pura da tua fronte
o teu olhar de água iluminada
o teu sorriso solar
é porque sem ti não conheceria o girassol do horizonte
nem a túmida integridade do trigo
que eu procuro as palavras fragrantes de um oásis
para a oferenda do meu sangue inquieto
onde pressinto a vermelha trajectória de um sol
que quer resplandecer em largas planícies
sulcado por um tranquilo rio sumptuoso
António Ramos Rosa,
na imperfeição e na incoincidência do dia-a-dia
Por ti desejo o sossego oval
em que possas identificar-te na limpidez de um centro
em que a felicidade se revele como um jardim branco
onde reconheças a dália da tua identidade azul
É porque amo a cálida formosura do teu torso
a latitude pura da tua fronte
o teu olhar de água iluminada
o teu sorriso solar
é porque sem ti não conheceria o girassol do horizonte
nem a túmida integridade do trigo
que eu procuro as palavras fragrantes de um oásis
para a oferenda do meu sangue inquieto
onde pressinto a vermelha trajectória de um sol
que quer resplandecer em largas planícies
sulcado por um tranquilo rio sumptuoso
António Ramos Rosa,
in 'O Teu Rosto'
Nem musa nem deusa, mas a mulher na imperfeição
e incoincidência do dia-a-dia
António Vítor Ramos Rosa, (1924-2013), foi um poeta, tradutor e desenhador português.
Desenvolvendo uma importante atividade nos domínios da teorização e da criação poética, o nome de António Ramos Rosa surge ligado a publicações literárias dos anos 50, como Árvore, Cassiopeia ou Cadernos do Meio-Dia, que primaram não só por uma postura de isenção relativamente aos diversos feixes estéticos que atravessam a década de 50 (legado surrealista; evolução da poesia neorrealista, entre outros), como por um critério de respeito pela qualidade estética dos trabalhos literários publicados.
Ler mais aqui
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Poema de: aqui
Boa tarde de muito Amor, querida amiga Olinda!
ResponderEliminarSó a foto já fala por si... uma lindeza tremenda, amorosa e inebriante...
Nem musa nem deusa... uma incoincidência...
Adorei isso, de verdade!
Bem real, na vida amorosa nossa, amiga.
"... onde reconheças a dália da tua identidade azul..."
"... é porque sem ti não conheceria o girassol do horizonte..."
O vídeo eu amo ouvir, fiquei nisso até agora e vou continuar um tempo. Já o postei também, adoro as românticas daí.
Vamos na continuação do tema que inebria a humanidade: o Amor em suas diversas nuances.
Tenha dias amorosos, amiga!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
De musa ou deusa todas temos um pouco.
ResponderEliminarE isso reflecte - me nas entrelinhas de uma grandiosamente mulher.
Em cada horizonte de um viver.
Sorrisos de luz.
Megy Maia
Olá, estimada Olinda!
ResponderEliminarJá tinha pensado em António Ramos Rosa na sua "Quinzena do Amor", e, hoje, cá temos um poema deste grande poeta. Parabéns pela escolha!
Amar é aceitar as imperfeições e perfeições da pessoa amada, simplesmente isso e por isso. O poeta usa metáforas fantásticas, doces, subtis, apropriadas e mto significativas.
"Encosta-te a mim" é um clássico, tal como Jorge Palma, o eterno Jorge Palama e sua irreverencia. Gostei mto de voltar a ouvir.
Amanhã, o meu blogue fará cinco anos e estou a preparar um post um pouco diferente dos habituais. Será um prazer vê-la por lá. Mto obrigada, desde já!
Beijos e dias mto felizes.
Um belo poema e uma canção que adoro.
ResponderEliminarUma belíssima escolha.
Abraço
Ramos Rosa.
ResponderEliminarO Poeta do Algarve...
Este poema terá sido baseado numa quimera ou mum amor platónico?
Nunca tive conhecimento de ter tido uma relação amorosa...
Um grande pensador e criador que, como eu, recuso-me entrar na
fila da moda...
A canção é bem interessante.
Beijinhos, Olinda.
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"É por ti que escrevo..."
ResponderEliminarque melhor oferenda? ou dádiva de amor?
um poema muito belo, que não conhecia.
parabéns amiga Olinda
boa continuação para a Quinzena, que tem sido excelente
(enfim, passe a minha presunção de poeta mencionado)
abraço