Depois da polémica sobre onde depositar os restos mortais do grande Eça de Queirós, o destino dos mesmos será o Panteão Nacional. Fica por saber se realmente ele o teria desejado ou não.
Neste fim-de-semana decorre uma homenagem na Casa de Tormes, lugar onde escreveu "A Cidade e as Serras", que consta das minhas leituras entre outros livros da sua obra.
Sobre a "A Cidade e as Serras" lê-se (excerto):
(...)
É uma obra das mais significativas de Eça de Queiroz. Nela o escritor relata a travessia de Jacinto de Tormes, um ferrenho adepto do progresso e da civilização - da cidade para as serras. Ele troca o mundo civilizado, repleto de comodidades provenientes do progresso tecnológico, pelo mundo natural, selvagem, primitivo e pouco confortável, no sentido dos bens que caracterizam a vida urbana moderna, mas onde encontra a felicidade, mudando radicalmente de opinião.
Por meio do personagem central, Jacinto de Tormes, que representa a elite portuguesa, a obra critica-lhe o estilo de vida afrancesado e desprovido de autenticidade, que enaltece o progresso urbano e industrial e se desenraíza do solo e da cultura do país.
(...)
No próximo dia 8 será a cerimónia da trasladação para o referido Panteão Nacional, cerimónia essa a cargo da Assembleia da República, como é referido neste artigo.
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imagem: net
Veja aqui, no Xaile de Seda, os vários funerais de Eça de Queirós, informação trazida de Tempo Contado
Enfim, a homenagem há de acontecer, mesmo sem saber a sua própria vontade! beijos, linda trarde de domingo! chica
ResponderEliminarUm excelente 2025, querida Olinda!
ResponderEliminarEsta publicação é um documento muito interessante e completo.
Parabéns, também pela perspectiva.
Um beijinho
Boa tardinha de domingo, querida amiga Olinda!
ResponderEliminarGosto dos escritores ousados, que transgridem paradigmas como foi Eça, conforme sua exposição aqui:
"mudando radicalmente de opinião".
Criticar o desprovido de autenticidade é louvável.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos fraternos
Olá, amiga Olinda
ResponderEliminarDe facto não se compreende esta polémica toda pela ida para o Panteão Nacional por parte de algumas pessoas. É obvio que nunca sabe qual seria o seu desejo, no entanto, faz todo o sentido que lá esteja. Junto de outras figuras proeminentes do nosso país.
A Cidade e as Serras, é um romance sublime. Como aliás, é prova este pequeno excerto que aqui nos traz.
Gosto particularmente de Eça de Queirós, na sua acutilância escrita, onde descreve com brilhantismo as vicissitudes da sociedade da época.
Excelente partilha, estimada amiga.
Deixo os meus votos de boa semana, com muita saúde e paz.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Nem sei que diga. Já nem existe nada, apenas as memórias:)
ResponderEliminar.
Degraus da vida...
Beijos e um Feliz Ano.
Muy interesante. Te mando un beso.
ResponderEliminarNão o leio há anos... Mas é um escritor que me acompanhou principalmente na juventude. E que muito aprecio.
ResponderEliminarQuanto ao ir para o Panteão, não sei... estão lá a Amália e o Eusébio... Mas também estão Camões, João de Deus, Guerra Junqueiro, Aquilino, Garrett e uns quantos Presidentes da República.
Boa semana.
Um abraço, minha amiga Olinda.
Eça de Queiroz se tornou um dos meus autores prediletos ao ler O Crime do Padre Amaro nos anos 90.
ResponderEliminarOlinda fica a curiosidade se ele desejava ou não, tenha uma ótima semana bjs.
ResponderEliminarÉ uma grande e merecida homenagem a Eça de Queirós que ficará "bem acompanhado" no Panteão. Compreendo no entanto os familiares serem contra a transladação.
ResponderEliminarBeijinhos e um Bom Ano.
Não podemos saber se Eça de Queirós queria ir para o Panteão. Mas sabemos que ela merece estar lá ao lado de outros grande escritores.
ResponderEliminarQue o ano de 2025 lhe permita a realização dos seus sonhos,
Uma boa semana.
Um beijo.