No ano passado fiz a pergunta "Damos o salto?", com a proposta de tratarmos o novo ano com paninhos quentes, procurando não fazer muito barulho, andando com pezinhos de lã, tendo em conta que estávamos a sair de uma pandemia. Mas vimos que não serviu de muito, de uma maneira geral.
Pelo mundo fora, têm havido catástrofes com perdas de vida, a fome grassa por muitos sítios, a pobreza continua a castigar quem mais precisa, problemas sociais e de entre eles a situação da mulher que continua a ser escrava em algumas sociedades.
Guerras que se eternizam em várias partes deste planeta, das quais já nem se fala, mas quem as vive sabe o que é o inferno. Aqui bem perto, a guerra na Ucrânia já vai no seu décimo mês, sofrimento atroz infligido a quem apenas quer ter o seu lar e viver em paz. E, claro, no mundo global em que nos encontramos sente-se a sua repercussão em várias áreas, e é de prever a carência de muitos recursos se quem de direito não tiver vistas largas.
Por cá, obteve-se uma maioria absoluta que não nos veio resolver os problemas, pois eles vêm precisamente da classe política, nomeadamente de alguns membros do governo. Não se percebe bem porque é que, com tantas ferramentas existentes, nesta era tecnológica, não se consiga fazer uma triagem de modo a que sejam nomeadas pessoas para as instituições que nos tragam mais do que aquilo que nos tentam tirar.
Portanto, agora é boa altura para nos desejarmos um ANO DE 2023 condicente com os tempos que correm. Que haja mais igualdade. Mais Ética e competência nos cargos públicos. Menos egoísmo.