Um mundo interessantíssimo que não me canso de tentar descobrir. Esse livro que aparece agora faz-me quase visualizar a imagem do mapa cor-de-rosa, o caminho percorrido entre Angola e Moçambique, agora a nível cultural, passado quase século e meio.
Com efeito, é na Conferência de Berlim de 1884/1885 que se verifica a divisão de África, de que resulta uma Acta assinada por: França, Grã-Bretanha, Portugal, Alemanha, Bélgica, Itália, Espanha, Áustria-Hungria, Países Baixos, Dinamarca, Suécia e Noruega, Turquia e EUA, na qual foi activada a obrigação de uma ocupação efectiva desses territórios, de que resultaram as tais Campanhas de África, de má memória para os Africanos. Portugal apresentou nessa altura a pretensão de ter para si o corredor que vai de Angola a Moçambique, ao que a Grã-Bretanha se opôs.
Tive a oportunidade de fazer esse caminho com amigos, não há muito tempo, através de três videos cujos links (Parte I, Parte II, Parte III) aqui deixo, com o título "De Angola à Contra-Costa", lembrando a obra de Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens e a sua travessia, um pouco antes do terminus da Conferência de Berlim. O mesmo é dizer que o trabalho desses dois cientistas/exploradores nada teria a ver com essa Conferência, porquanto foi realizada entre 6 de Janeiro de 1884 e 20 de Setembro de 1885, embora se integrasse num contexto político marcado por um forte surto expansionista europeu.
Mia Couto e Agualusa, mostram-nos nas suas obras, de ontem e de hoje, de quanto se fez esta viagem de séculos. Uma miscigenação, cultural neste caso, que traz para a Língua Portuguesa elementos de revigoração, a qual, por via disso, se perpetuará no tempo.
Façam esta viagem, amigos.
Nela encontrarão, porventura, muitos dos elementos que temos vindo a referir aqui no Xaile.
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Leia, se lhe interessar:
Conferência de Berlim
15/11/1884 a 26/02/1885
Mapa cor-de-rosa
Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens
De Angola à Contra-Costa
06/01/1884 a 20/09/1885
Videos: Youtube
15/11/1884 a 26/02/1885
Mapa cor-de-rosa
Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens
De Angola à Contra-Costa
06/01/1884 a 20/09/1885
Videos: Youtube
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Sem nada a ver com o tema do post, mas gostoso de ouvir,
Marisa Liz e Áurea
EU GOSTO DE TI
Sim, tão simples como isto :)
ResponderEliminarOlá:- Acredito que seja um bom livro de ler. Os autores são do melhor que África criou.
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POEMA ** Fremente Loucura **
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Desejando uma semana feliz
Já li algumas coisas sobre esse livro de Mia Couto e José Eduardo Agualusa, mas confesso que gostei da sua interpretação sobre o facto: "Esse livro que aparece agora faz-me quase visualizar a imagem do mapa cor-de-rosa, o caminho percorrido entre Angola e Moçambique, agora a nível cultural, passado quase século e meio." Boa a sua visão, minha Amiga Olinda.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Você elencou com propriedade o contexto do livro e nos motiva a conhecer mais profundamente a obra citada
ResponderEliminarGrande beijo amiga Olinda
Autores imperdíveis
ResponderEliminaradmirável, amiga Olinda, a aproximação que faz entre duas "geografias" aparentemente tão distantes - a geografia do "território" físico (as vicissitudes do mapa cor de rosa) e a "geografia" da língua e da cultura lusófona, simbolizando no livro e nos seus autores, Mia Couto e José Eduardo Agualusa, de nacionalidade moçambicana e nacionalidade angolana, respectivamente, a gesta heróica dos antigos "bandeirantes"(uso a palavra bandeirante deliberadamente) "construtores" de impérios.
ResponderEliminarhoje, porém, (e ainda bem), como o Padre António Vieira e, depois, Fernando Pessoa "profetizam" é o "Império Língua" , que, a exemplo dos autores citados) nos compete "construir" persistentemente.
muito grato, minha amiga, pelas suas reflexões
tão importantes quanto são prementes e indispensáveis.
abraço
O Mapa cor-de-rosa persiste através da língua comum.
ResponderEliminarE com estes dois grandes escritores de mãos dadas só poderia surgir um grande livro.
Um post muito interessante, como sempre.
Olinda, continuação de boa semana.
Beijo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarGostei de acompanhar esta viagem entre Angola e Moçambique. Pena que muitos animais tenham sido abatidos. A fauna de África já teve dias gloriosos.
ResponderEliminarMuito interessante, querida Olinda, esta revisitação histórica. Fico com vontade de ler o livro de Mia Couto e José Eduardo Agualusa. A língua Portuguesa é uma herança cultural na região, a marcar um forte período expansionista.
Parabéns, amiga, por trazer documentos importantes dos tempos de Portugal em África que não poderão ser apagados. Entre as vicissitudes, que a língua continue a ser seja factor de engrandecimento cultural e de união entre os povos.
Abraço amigo.
Magnífica postagemm, querida Olinda!
ResponderEliminarEstou a ler "O Terrorista Elegante e outras histórias". Já li a primeira das três pequenas histórias (dá nome ao livro) e..., hum, não digo!
Mas digo que me arrepiei quando ouvi Marisa Liz e Áurea cantarem juntas "Eu gosto de ti." Fabuloso!
"Mapa cor-de-rosa" cultural... vou tentar visualizar.
Beijo.
Uma postagem muito bem organizada, focando o tempo das grandes explorações que contribuiram para o mapeamento de África e a Conferência de Berlim, páginas tristes de domínio absoluto sobre os povos africanos.
ResponderEliminarQuanto a Agualusa é uma pessoa muito culta, mas não lhe reconheço talento para ser o escolhido para representar Angola num mapa cor-de-rosa literário.
Dias muito agradáveis, Olinda.
Beijinhos
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