O teu beijo resume
Todas as sensações dos meus sentidos
A cor, o gosto, o tacto, a música, o perfume
Dos teus lábios acesos e estendidos
Fazem a escala ardente com que acordas o fauno encantador
Que, na lira sensual de cinco cordas,
Tange a canção do amor!
E o tacto mais vibrante,
O sabor mais subtil, a cor mais louca,
O perfume mais doido, o som mais provocante
Moram na flor triunfal da tua boca!
Flor que se olha, e ouve, e toca, e prova, e aspira;
Flor de alma, que é também
Um acorde em minha lira,
Que é meu mal e é meu bem...
Se uma emoção estranha
- o gosto de uma fruta, a luz de um poente -
chega a mim, não sei de onde, e bruscamente ganha
qualquer sentido meu, é a ti somente
que ouço, ou aspiro, ou provo, ou toco, ou vejo...
E acabo de pensar
Que qualquer emoção vem de teu beijo
Que anda disperso no ar...
(1890-1969)
Sua estreia na poesia se deu com a obra “Nós”, em 1917. Sonetista exímio, hábil manejador de versos, recebeu fortes influências de Olavo Bilac e do português Antônio Nobre. Fez conferências divulgando os ideais do Movimento Modernista. Difundiu a Poesia Moderna proferindo a conferência "Revelação do Brasil pela Poesia Moderna", nas cidades de Fortaleza, Porto Alegre e Recife. Participou da Semana de Arte Moderna, fundando em seguida, a revista "Klaxon". aqui
Nos poemas de "Simplicidade", publicado em 1929, retornou às suas matrizes iniciais, à perfeição formal desprezada pelos outros, mas não recaiu no Parnasianismo, porque continuou privilegiando a renovação de temas e linguagem.
Sobressaiu sempre o artista do verso, que o poeta Manuel Bandeira considerou o maior em língua portuguesa. aqui
Sua estreia na poesia se deu com a obra “Nós”, em 1917. Sonetista exímio, hábil manejador de versos, recebeu fortes influências de Olavo Bilac e do português Antônio Nobre. Fez conferências divulgando os ideais do Movimento Modernista. Difundiu a Poesia Moderna proferindo a conferência "Revelação do Brasil pela Poesia Moderna", nas cidades de Fortaleza, Porto Alegre e Recife. Participou da Semana de Arte Moderna, fundando em seguida, a revista "Klaxon". aqui
Nos poemas de "Simplicidade", publicado em 1929, retornou às suas matrizes iniciais, à perfeição formal desprezada pelos outros, mas não recaiu no Parnasianismo, porque continuou privilegiando a renovação de temas e linguagem.
Sobressaiu sempre o artista do verso, que o poeta Manuel Bandeira considerou o maior em língua portuguesa. aqui
====
Há tempos não lia nada de Guilherme de Almeida,
ResponderEliminarapesar de gostar muito da sua obra
e ter vários de seus poemas
gravados em minha vida...
Que bom a lembrança...
Abraço minha amiga...
Realmente linda estas tuas postagens sobre Guilherme de Almeida, li todas, escutei o 'Hino' e li a bela carta lá embaixo, uff...
ResponderEliminarA poesia, sempre sublime, essa 'Harmonia Vermelha' está encantadora! E Roberto Carlos cantando Índia... é ele, o de sempre!
Beijo, um ótimo fim de semana, Olinda.