O facto de não ter chovido é bom. É bom??? Admirar-se-á, e com razão, quem tenha a gentileza de me ler. Mas eu explico-me. Depois dos incêndios devastadores de vidas humanas e das nossas florestas, este compasso de espera da mãe-natureza poderá significar uma oportunidade para reparar e reconstruir as casas destruídas e tudo o mais que está à vista de todos. Nas nossas preocupações tem de estar, antes de tudo, o acarinhamento das pessoas que perderam os seus filhos e outros familiares e tudo o que tinham e que por isso mesmo se vêem perdidas na vida.
Por outro lado, há também toda uma envolvência ambiental que merece atenção. Não chove, o que é muito mau. Contudo, sabemos que as alterações climáticas criam situações de grande desequilíbrio e, por isso, tanto dá para não chover como para chover demasiado, com chuvas que poderão ser torrenciais. Aqui coloca-se o problema das cinzas decorrentes dos incêndios. Com a chuva, elas resvalam e vão alterar a qualidade da água nas barragens o que afectará a vida de todos nós. Diz quem sabe que há soluções técnicas para enfrentar o problema das cinzas resultantes dos incêndios, mas "dá trabalho" e exige que todos os vizinhos também o façam. Segundo a mesma fonte, a água corre porque tem um declive direito, mas se se fizerem valas isso já não acontece, vai-se infiltrando no terreno.
Há muita coisa em que pensar e outras tantas para fazer, reconheço. Mas isto de que estamos a falar, as cinzas, é assunto a que urge atender porque poderá transformar-se numa daquelas situações incontroláveis se não for acautelado a tempo e horas. Não esperemos pelas ansiadas chuvas para o fazer.
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Recebi este comentário da Ruthia, d'O Berço do Mundo, que espelha a nossa realidade nua e crua:
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Posts recentes, no Xaile, relacionados com a chuva e com a seca:
Gota a gota
Ler nas estrelas
Isto é Verão ou quê?
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Ver:
Ambientalista Eugénio Sequeira:
Especialista alerta para "grande problema" das cinzas quando chover
DN
Há muita coisa em que pensar e outras tantas para fazer, reconheço. Mas isto de que estamos a falar, as cinzas, é assunto a que urge atender porque poderá transformar-se numa daquelas situações incontroláveis se não for acautelado a tempo e horas. Não esperemos pelas ansiadas chuvas para o fazer.
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Recebi este comentário da Ruthia, d'O Berço do Mundo, que espelha a nossa realidade nua e crua:
Suponho que a reconstrução de muitas casas se vá prolongar por muitos meses, pelo que não se pode esperar que seja tudo concluído antes da "época das chuvas" se é que ainda se pode falar de uma época dessas, com o descontrolo climático que o mundo atravessa.
Por outro lado, a falta de água atrasa o trabalho de reflorestação, porque muitas das árvores vão secar sem água e regá-las a todas torna-se impossível no cenário de seca que vivemos.
Em resumo, com e sem chuva, o cenário não é animador...
Abraço
Ruthia d'O Berço do Mundo
Por outro lado, a falta de água atrasa o trabalho de reflorestação, porque muitas das árvores vão secar sem água e regá-las a todas torna-se impossível no cenário de seca que vivemos.
Em resumo, com e sem chuva, o cenário não é animador...
Abraço
Ruthia d'O Berço do Mundo
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Isto é Verão ou quê?
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Ver:
Ambientalista Eugénio Sequeira:
Especialista alerta para "grande problema" das cinzas quando chover
DN
Infelizmente pensamos devagar os os desastres nunca
ResponderEliminarmais vão parar. Na Galiza, estão a trabalhar em várias medidas,
desde os primeiros dias a seguir aos fogos.
Desleixo....,incúria... sem lá que mais.
Valeu a chamada de atenção.
Beijo
É verdade é o momento para agir com uma visão orientada para evitar aqueles desastres .
ResponderEliminarAbraço
É verdade, a falta de chuva tem as suas vantagens.
ResponderEliminarEntretanto, assiste-se precisamente hoje a um foguear desenfreado, com níveis de poluição talvez piores que nos meses de incêndios, dada a enorme quantidade de fogueiras que há por todo o lado (menos nas cidades). E ninguém quer saber que há leis para cumprir e fazer cumprir (distâncias das habitações, conhecimento dos bombeiros, etc., etc.). E também não querem saber que em mais de 90% dos casos há alternativa, já que há recolha de resíduos lenhosos pelos serviços camarários. Enfim, somos um país do 3º mundo...
Continuação de boa semana, Olinda.
Beijo.
Sabe, Olinda? Ao lê-la, parei, reflectindo...
ResponderEliminarComo não tinha ainda pensado nisso? Tão verdade e fantástica a sua observação!Realmente, além de dar tempo aos trabalhos de reconstrução das casas,que com as chuvas seria tão mais penoso, além da dificuldade de abrigo e aconchego, das pessoas que já sofreram tanto, penso que a mãe-natureza se alia a esta dor para que a cinza se vá "recolhendo" com o orvalho- ( às vezes tão denso que parece chuva correndo logo pela manhã...- Só quem está longe da própria dor,para acudir a outra dor colectiva, como a falta de água, é que "não pensa" que tudo vai correndo, tudo se vai resolvendo como que OUTREM estivesse atento às nossas mágoas!
Muito obrigada!
Beijinho!
Suponho que a reconstrução de muitas casas se vá prolongar por muitos meses, pelo que não se pode esperar que seja tudo concluído antes da "época das chuvas" se é que ainda se pode falar de uma época dessas, com o descontrolo climático que o mundo atravessa.
ResponderEliminarPor outro lado, a falta de água atrasa o trabalho de reflorestação, porque muitas das árvores vão secar sem água e regá-las a todas torna-se impossível no cenário de seca que vivemos.
Em resumo, com e sem chuva, o cenário não é animador...
Abraço
Ruthia d'O Berço do Mundo