Fogem, entre os dedos, do relógio lento,
Os minutos duros, duma espera vã.
Fogem,
flutuando, em meu pensamento
As esperanças caras, de hoje e de amanhã.
Apenas as mágoas tomam forma certa
Por entre a tristeza que minha Alma rói.
Eu não posso ter, assim, uma Alma aberta,
Porque jamais o destino se condói.
Mais remotas, as esperanças de te ter,
Por cada salto daquele contador;
E mais aceso se torna o meu querer.
E o fim do dia, que tanto prometeu,
Tornou-se a amarga tortura, ao meu Amor.
... Regressei sozinho, quando anoiteceu.
(Blog)
*****
Sol da Esteva! Um nome, um titulo, uma expressão que me atrai. Pode chover, ventar ou trovejar, há sempre este Sol que canta o Amor aliado à sua esteva, seja ele amor realizado, esperançoso ou infeliz. E fica-nos a certeza de que realmente o amor, este belo sentimento, existe. Poeta lírico, expressa-se em sonetos, emprestando um belo cunho rítmico às suas estrofes, de rimas cruzadas.
Quando chegamos ao blog, a porta é-nos franqueada ao som de excelente música. Demoro sempre uns bons minutos apreciando-a e relembrando, talvez, tempos idos ou tempos que hão-de vir, pelas suas características de música intemporal.
Para o Sol da Esteva e para os meus amigos leitores, esta bela canção de Ray Charles,
I Can't Stop Loving You
Um bom fim de semana. :)
Abraço.
Olinda
Imagem: daqui-Agradecimentos
Olá amiga Olinda!
ResponderEliminarEste é um belo soneto de um amor não correspondido. Ah! O amor...esse fogo que arde...essa ferida que dói... (lembrando Camões).
Bonita canção de ontem,de hoje e de sempre! Beijos.
M. Emília
O Sol, da Esteva merece e estou de acordo
ResponderEliminarcom este post.
Desejo que esteja bem.
Bom fim de semana.
Bj.
Irene Alves
Muitos regressam sozinhos....quando anoitece.
ResponderEliminarBeijinhos
Querida amiga
ResponderEliminarHá visitas aos lugares amigos,
para recolher palavras.
Há visitas a estes mesmos lugares
Para semear palavras.
A visita de hoje além da leitura
das preciosas palavras que aqui encontro,
é também para agradecer
a alegria de passar pela sua vida
e encontrar o perfume da amizade
de forma tão intensa.
Que a sede da alegria
Nunca cesse em ti.
O tempo
ResponderEliminarno ciclo das marés
Lindo ete poema, Olinda! Merece estar aqui bordado num lindo xaile de seda. Na realidade, quando estamos à espera de algo que nos preencha o vazio da alma, parece que os segundo são horas e as horas meses ou anos; nunca mais chega o que desejamos. As mágoas, essas entram a cada minuto...entram e nem sequer batem à porta; preciamos de muita coragem para as mandarmos para longe, mas elas teimam em ficar. O amor, esse, nem sempre vem por mais que o chamemos, por mais alto que por ele gritemos. Obrigada, Olinda, por este belo momento e cá estarei para continuar a participar desta festa de xailes. Beijinhos e parabéns também pela música escolhida
ResponderEliminarEmília
As 'estevas' trazem-me à memória uns verões passados numa pequena praia alentejana; o Ray, esse, leva-me a recordação para tempos mais distantes...
ResponderEliminarabraço.
Minha querida amiga Olinda
ResponderEliminarEste soneto é belíssimo, e a mim, especialmente hoje, dia 6, cala-me fundo!
Não conheço o autor; a seguir vou lá fazer uma visitinha.
O vídeo foi uma escolha óptima. Esta música é eterna, e Ray Charles... imortal.
Agradecendo o teu carinho sempre presente, desejo uma semana feliz.
Beijinhos
Olá, Olinda querida!
ResponderEliminarJá tinha me deliciado com esse belo soneto do SOL,no seu próprio espaço.
Você o descreveu, e à sua poesia, com forma fidedigna, perfeita:
SOL tem um delicado perfil. E ainda de "quebra",nos oferta Ray Charles.
Obrigada, meu carinhoso abraço.
Um tempo que nos foge mas...que fica neste sol de esteva e nesta canção da minha juventude...Há sempre portas para "apanhar" o tempo.
ResponderEliminarMil beijos
Graça
E um soneto formidável!
ResponderEliminarObrigada pelas tuas palavras, amiga. Na realidade ando exausta, que os tempos vão difíceis...
Beijinho e boa noite
Nostálgico e belo soneto. Não conheço o autor irei fazer uma visitinha. Minha amiga hoje venho especialmente para agradecer o seu carinho ao ter comemorado comigo o aniversário da minha filha, deixando a sua preciosa mensagem.
ResponderEliminar“A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas. “(Francis Bacon)
Beijinhos
Maria
Amiga passei de novo por aqui e deixo-lhe um beijinho.
ResponderEliminarIrene Alves
Sol da Esteva é já um nome consolidado na tessitura de belos e irrepreensíveis poemas, qualquer que seja a estação, lê-lo é garantia de emoção!
ResponderEliminar"Quando Anoiteceu", é mais uma bela obra da sua tão vasta criação, sempre vou lê-lo, embora nem sempre deixe meu registro. Como sabes, Olinda, não sou adepta da quantidade, se meu tempo (esse que anda cada vez mais exíguo, e que foi perfeitamente ilustrado na imagem do poema), não é o suficiente para eu degustar, sentir, me emocionar e dizer com a devida atenção o que a escrita causou em mim, da maneira como o poeta merece, prefiro sair em silencioso respeito... E é o que tenho feito na maioria das vezes.
Mas deixo beijos e aplausos para vocês, pela sua generosidade; e pela inspiração do Sol da Esteva, belo poema!
Querida Olinda
ResponderEliminarSinto-me, imerecidamente, louvado.
Agradeço a mesma comunhão que todos me votaram.
Bem hajam.
Beijos
SOL