Hoje, Dia da Mulher. Dizemos todos os anos que o dia da mulher é todos os dias. Uma verdade inquestionável, se atentarmos na sua posição na sociedade e em todos os momentos da nossa existência. Contudo, este dia pode e deve ser aproveitado para falarmos dos problemas que continuam a massacrar a condição feminina. Ou então para assinalar o papel de mulheres que souberam ganhar o seu espaço e fazer da sua passagem por este mundo algo de positivo, para o bem de todos.
Fiz uma pequena pesquisa e de entre vinte e cinco mulheres portuguesas da actualidade escolhi falar de uma delas, nesta publicação, tendo em vista o tema em presença e pela sua dedicação a esta causa: a luta contra a fome. E assim, aqui me têm a homenagear:
Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome (BA) de Lisboa e da Federação que reúne todos os bancos alimentares existentes no país. Foi fundadora da Bolsa de Voluntariado, da Entreajuda, do Banco dos Bens Doados e, mais recentemente, do projeto Tempo Extra, que está a mobilizar cada vez mais voluntários na idade da reforma. É a cadeia logística formada pelos 21 bancos alimentares que permite que 2400 recebam os produtos que alimentam quase 400 mil pessoas. (Dados de 2019) aqui
Estruturou e lançou em 2005, proclamado pelo Conselho da Europa como o Ano Europeu da Cidadania através da Educação, o programa Educar para a Cidadania dirigido a crianças e jovens, o qual, através do caso prático do Banco Alimentar, mostra a importância dos valores na formação e na educação.
Foi Presidente do Conselho de Administração da Federação Europeia dos Bancos Alimentares entre Abril de 2012 e Dezembro 2017
Em novembro de 2012, foi criada uma Petição Pública para que abandonasse o cargo de presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, devido a declarações polémicas proferidas em época de austeridade, entre as quais "Vamos ter de reaprender a viver mais pobres" e "Se não temos dinheiro para comer bifes todos os dias, não podemos comer bifes todos os dias". No entanto, como resposta a esta petição, várias outras petições públicas, com muito mais assinaturas, surgiram em defesa da Isabel Jonet, pedindo-lhe que continuasse por muitos anos à frente dos destinos do Banco Alimentar Contra a Fome. aqui
É que a Fome anda aí...
Sempre soubemos da pobreza e das desigualdades que assolam algumas faixas da sociedade. Tudo um tanto longe, algo difuso, quase não nos tocando. Com a pandemia que se abateu sobre nós tomámos a dolorosa consciência de novo tipo de pobres a somar ao que já existia.
Trata-se de pessoas que tinham a vida organizada nos seus pequenos negócios e viram-se de uma hora para a outra privadas do seu ganha-pão. Não será preciso fazer uma lista do descalabro que vigora nos nossos dias, pois todos nós conhecemos a situação.
Com efeito, muitos têm sido os pedidos de ajuda para aquilo que há de mais básico: o pão para boca. E Instituições, como o Banco Alimentar Contra a Fome (BA) de Lisboa, que no passado recente faziam disso uma missão em relação a grupos sociais mais desfavorecidos , têm agora a atenção também centrada nessa grande fusão social que se tem verificado.
Daí a homenagem que ora presto a Isabel Jonet, bem como a todos os voluntários que labutam para fazer chegar aos que mais precisam essa preciosa ajuda.
Saudosa Maria Guinot!
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Momento de Poesia, com Graça Pires, do seu último livro, "Jogo Sensual no Chão do Peito", dedicado à vida da extraordinária bailarina e coreógrafa, Isadora Duncan:
O meu tempo vivi.
Tive amigos.
Eram actores, músicos,
bailarinos, boémios.
Escreviam o meu nome
nos jornais e em cartazes.
Em berlim chamavam-me deusa
Na grécia quis ser ninfa, calipso,
nausícaa, ou mesmo ulisses.
No egipto deixei que o deserto
e a vale dos mortos me fascinassem.
Por todos os lugares conheci
o esmorecimento ou a ânsia da perfeição.
Como contar aqui todos os tropeços,
todos os despojos, todas as solidões?
Teimei incansavelmente na mais cúmplice
presença do silêncio.
in Jogo sensual
no chão do peito
pg.42
Leia mais sobre a Autora, aqui, no Xaile de Seda
Saibamos fazer a vida acontecer.
FELIZ DIA DA MULHER!
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Veja mais sobre a Mulher
A mulher é o equilíbrio do mundo. A mágica estabilidade emocional do homem.
ResponderEliminarQue todas as mulheres do mundo sejam muito felizes.
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Votos de um dia feliz
Cuide-se
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Uma excelente forma de lembrar o dia.
ResponderEliminarGosto muito do tema musical que escolheu e da poesia de Graça Pires.
Abraço, saúde e feliz dia
Uma publicação maravilhosa a homenagear todas as mulher!
ResponderEliminar-
São dias assim no meu estado
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Beijos e uma excelente semana :)
Sabemos que, quando as dificuldades surgem, na linha da frente estão as mulheres para o bem, arregaçando as mangas, para o mal perdendo o emprego e ou rendimentos.
ResponderEliminarÉ uma luta sem fim e tanto por fazer.
Abraço
Querida Olinda
ResponderEliminarSer mulher é ser mais forte do que os olhos podem ver. É ter no coração lugar para todos os sonhos do mundo. Feliz dia da Mulher!
Beijinhos
Sim, o Dia da Mulher é todo dia, Olinda
ResponderEliminarExcelente postagem!
Feliz Dia da Mulher para você.
Um carinhoso abraço
Verena.
A Isabel Jonet merece bem esta sua homenagem, minha querida Amiga Olinda. Todos sabemos da entrega dela ao Banco Alimentar contra a Fome. E como diz a fome está aí a toda a força a atingir os mais desfavorecidos onde se encontram inúmeras mulheres. Gostei imenso de ouvir a Maria Guinot. Adoro a canção. E bem haja por divulgar o poema do meu novo livro. Afinal Isadora somos todas nós, nos bons e maus momentos, nas solidões, nas vitórias e nas derrotas.
ResponderEliminarUm grande beijo.
Olinda querida, que luxo de postagem!
ResponderEliminarE que bom que você trouxe o belíssimo poema de nossa amiga Graça Pires:
"Como contar aqui todos os tropeços,
todos os despojos, todas as solidões?
Teimei incansavelmente na mais cúmplice
presença do silêncio."
Uma ótima semana pra você, muita paz, saúde e esperança! Sei que Portugal se levantou e fico muito feliz por nossos amigos.
Beijos!
Sempre e cada vez mais são de louvar as pessoas e instituições, que contribuem para o equilíbrio e bem-estar sociais.
ResponderEliminarAbraço solidário.
Juvenal Nunes
a Fome é uma tragédia,
ResponderEliminare, no entanto, nunca, como na actualidade
tão poucos individuos acumularam para seu proveito tanta riqueza, fruto do trabalho humano...
saudemos, pois, todos aqueles de alma lavada se prestam a ajudar o próximo
sendo porém, na minha perspectiva a fome não se extingue se não lhe forem
extirpadas as raízes...
acompanho-te, Olinda no teu libelo contra a fome
e na homenagem as três mulheres que referes, em especial,
a amiga Graça Pires.
e, se me permites, associarei uma quarta - Olinda Melo
beijo, minha amiga
gostei muito dessa homenagem à mulher, e às mulheres
ResponderEliminarsão trabalhadoras, são defensoras dos mais desfavorecidos
mas também são poetas e guerreiras quando se trata de lutar por mais justiça social
Um post brilhante para homenagear as mulheres, que ficou ainda mais especial, com o belo poema da nossa amiga Graça.
ResponderEliminarBeijinhos
"Silêncio e tanta gente" traz-nos a belíssima e saudosa lembrança de Maria Guinot. E contra o flagelo da fome convém realçar o trabalho e a dedicação de Isabel Jonet.
ResponderEliminarÀ qualidade da poesia de Graça Pires, também, já estamos habituados. Este poema é magnífico em qualquer dia.
Boas escolhas, querida amiga Olinda. Parabéns.
Beijos e saúde!
Oi Olinda,gostei demais de sua visita. Fiquei mais feliz e conhecer o Banco Alimentar. Sou auxiliar de cozinha e vi muita comida ser desperdiçada, enquanto tanta gente morre de fome.
ResponderEliminarA postagem tá incrível. Belo poema!
Até breve
Uma excelente homenagem à Mulher com os exemplos referidos.
ResponderEliminarContinuação de boa semana, querida amiga Olinda.
Beijo.
Mulheres que dignificam a mulher e a sua , tantas vezes precária condição
ResponderEliminarTrês mulheres, cada uma prestigiando tanto a nossa sociedade.
Se uma mata a fome do corpo , outra mata a fome do espírito com uma poética- falo Graça Pires - do melhor que há actualmente no nosso panorama literário, na minha opinião. Depois essa voz saudosa nessa poesia tão imensa e tão intensa da Maria Guinot atestando os nossos dias actuais: tanta gente e cada vez mais sós!
Obrigada pelo fantástico post
Beijinho
O que dizer Olinda de uma publicação tão perfeita e completa para assinar o Dia da Mulher.
ResponderEliminarLamento que seja preciso ajuda para ajudar quem fica sem meios de subsistência.
Devia de haver outros mecanismos para não se ter de chegar a este estado. Há tanto dinheiro por este mundo, desperdiçado, mal gerido, mal ganho. Louvo no entanto, o papel de Isabel Jonet.
Para mim, esta foi a melhor canção que concorreu ao festival da canção.
Quando ao poema de da poeta Graça Pires, como sempre, perfeito e muito belo!
Um beijinho grato Olinda, por ter aderido ao meu convite.
Porque Dia da Mulher é todos os dias, ainda vou a tempo de aplaudir esta linda homenagem a 3 mulheres portuguesas.
ResponderEliminarParabéns, querida Olinda, por mais uma publicação esplêndida.
Beijo, bom fim-de-semana, saúde.
Tudo e todas as palavras que elevem e distingam a Mulher, são um pouquinho (apenas) da grandeza, da magnificência, da condição única de ser, ou vir a ser, Mãe, companheira, amiga, irmã...
ResponderEliminarNelas revejo o percurso que me tornou homem.
Beijo
SOL da Esteva
Bom dia Olinda,
ResponderEliminarBela forma de comemorar o Dia Internacional da Mulher na homenagem justa e merecida a Isabel Jonet.
Maria Guinot uma voz que muito admirava e que gostei de recordar aqui.
Graça Pires que tanto aprecio, expoente máximo da Poesia portuguesa num poema majestoso.
Magnífico post!
Beijinhos e boa semana, com saúde.
Ailime