Quantas vezes chorou no teu regaço
a minha infância, terra que eu pisei:
aqueles versos de agua onde os direi,
cansado como vou do teu cansaço?
Virá abril de novo, até a tua
memória se fartar das mesmas flores
numa última órbita em que fores
carregada de cinza como a lua.
Porque bebes as dores que me são dadas,
desfeito é já no vosso próprio frio
meu coração, visões abandonadas.
Deixem chover as lágrimas que eu crio:
menos que chuva e lama nas estradas
és tu. poesia, meu amargo rio.
a minha infância, terra que eu pisei:
aqueles versos de agua onde os direi,
cansado como vou do teu cansaço?
Virá abril de novo, até a tua
memória se fartar das mesmas flores
numa última órbita em que fores
carregada de cinza como a lua.
Porque bebes as dores que me são dadas,
desfeito é já no vosso próprio frio
meu coração, visões abandonadas.
Deixem chover as lágrimas que eu crio:
menos que chuva e lama nas estradas
és tu. poesia, meu amargo rio.
Carlos de Oliveira
in: Terra de Harmonia, 1950
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Imagem: aqui
Poema: Trazido do Banco de Poesia -
Casa Fernando Pessoa
Na poesia se derrama lágrimas do riso, da felicidade e oxalá da tristeza
ResponderEliminarMuito belo este poema
Um feliz domingo amiga Olinda
Beijos
Um bom poema do Carlos de Oliveira.
ResponderEliminarComo eu gostava que neste momento caísse alguma chuva.
Bjs. amiga
Irene Alves
Não conhecia o poema, mas gostei.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
Poema encantadro amei, obrigado pela visita, tenha uma semana abençoada.
ResponderEliminarBlog:https://arrasandonobatomvermelho.blogspot.com.br
Canal:https://www.youtube.com/watch?v=DmO8csZDARM
Que chova
ResponderEliminarcom o nosso Carlos de Oliveira
A imagem casou muito bem com o poema. Não conhecia esse Soneto.
ResponderEliminarMaravilhoso Olinda.
Um abração e ótima semana!
Quando leio pérolas como esta, ocorre-me sempre que mais valia engavetar os meus escritos!
ResponderEliminarObg pela partilha, Olinda.
Bjo :)
Bonito poema!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Sublime e doce Soneto. Trás lágrimas de Poeta para amolecer o húmus da Poesia.
ResponderEliminarSabedoria e sensibilidade na escolha.
Parabéns, Olinda.
Beijo
SOL
Beijos caem nos lábios
ResponderEliminar------
Quando ouço os gemidos
Das ondas de mar de amor
Lembro-me dos meus queridos
Com saudade, perda e mais dor.
Peço a cada pássaro
que canta minha solidão
E me leva pra o caro
Que queima meu coração.
Quando sinto sua saudade
Os beijos caem nos lábios
Em cada poema verdade
E nas palavras dos sábios
Lá olho nossas estrelas
brilhando nos todos lados
Não desligue as nossas velas
Nos meus olhos nublados
Ouço você me suspirar
Nos remos dos marinheiros
penteando as ondas do mar
E no canto dos ceifeiros
O que vale um beijo seco
Sem colo e sem ternura ?
O que vale um lábio rico
Sem alma e sem captura?
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O poeta Marroquino
Mohammed Hamdi
Gostei de conhecer...
ResponderEliminarGrato abraço, minha amiga
Gostei muito do soneto e nestes dias dificeis com tantos incendios, as lágrimas das árvores não conseguem apagar a chama que se aproxima. Seria bom que a chuva caisse forte para lavar esse negrume que cobre as nossas florestas e também as mentes sujas das pessoas que causam toda esta tristeza e sofrimento. Obrigada, por nos dares a conhecer este poeta, Olinda. Um beijinho e até sempre
ResponderEliminarEmilia
Não sou muito atenta à poesia, mas este soneto é maravilhoso!
ResponderEliminarBeijinhos