De asas mais escuras, patas esverdeadas e porte superior em relação às gaivotas comuns, esta gaivota-dominicana foi avistada e fotografada, por um jovem, na semana passada.
Assim, biólogos e observadores de aves têm a atenção voltada para a praia de S. João da Caparica, dada a raridade dessa espécie por estas paragens. A sua proveniência situa-se no hemisfério sul, com colónias no Chile e na África do Sul. Vi aqui que o primeiro avistamento no território nacional ocorreu no ano passado.
Ficará por cá este gaivotão? Talvez se enamore dos céus de Lisboa e arredores ou mesmo de todo este jardim à beira-mar plantado, cruzando-se com as autóctones e oferecendo-nos gaivotinhas pintalgadas. Não seria mau, não. Precisamos é de renovação. Renovação de ideias e de mentalidades.
Entretanto, deixemo-nos levar nas asas destes versos de Eugénio de Andrade, Com as Gaivotas:
Contente de me dar como as gaivotas
bebo o outono e a tarde arrefecida.
Perfeito o céu, perfeito o mar, e este amor
por mais que digam é perfeito como a vida.
Tenho tristezas como toda a gente.
E como toda a gente quero alegria.
Mas hoje sou de um céu que tem gaivotas,
leve o diabo esta morte dia a dia.
bebo o outono e a tarde arrefecida.
Perfeito o céu, perfeito o mar, e este amor
por mais que digam é perfeito como a vida.
Tenho tristezas como toda a gente.
E como toda a gente quero alegria.
Mas hoje sou de um céu que tem gaivotas,
leve o diabo esta morte dia a dia.
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Poema de aqui
Noutro dia, vi uma enorme, cá em em Gaia. Seria dessa espécie?
ResponderEliminarBeijinhos, boa semana :)
É uma gaivota e tanto! Também espero que queira ficar entre nós. O céu de Lisboa já é lindo de qualquer maneira, mas com umas gaivotas assim fica ainda mais belo.
ResponderEliminarFantástica foto e, como sempre, fantástico poema.
Bjs
Isabel Gomes
(^◡^)✿
ResponderEliminarOh ! Que c'est beau !
J'adore ❤
MERCI Olinda pour ce superbe partage !
GROSSES BISES D'ASIE
et bon lundi !!!
Estou em afirmar que sim. Haverá alguém que não goste dos céus de Lisboa ??
ResponderEliminar~ ~
ResponderEliminar~~~~~~~~ «Arima»
~~~~ «Uma gaivota, dizes.
~~~~~~ Sim uma gaivota
~~~~ passa distante e arde.
~~~~~ O teu rosto é azul,
~~~~e contudo está cheio
~~~~~ de oiro da tarde.
~~~~~~~Uma gaivota.
~~~~~ alma do mar e tua,
~~~~~ abandona-se à luz.
~~~~ E na boca nem eu sei
~~~~se me nasce o coração
~~~~~~~~ ou é a lua.
~~~ Eugénio de Andrade ~~~
~ Abraço cúmplice e amigo.~
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Outro. :)
EliminarInteressante . E que venham renovar e alegrar as existentes... E digo - o porque na cidade do Porto , há locais onde há mais gaivotas pelos ares que no mar. Gritos estridentes, fazendo minhos nos telhados, voando noite dentro numa aflitiva agitação ! Que se passa com as gaivotas sempre em
ResponderEliminarTerra?
Beijinho , Olinda
Todos os dias vejo as Gaivotas aqui na Praia Azul..
ResponderEliminarBelo poema..... , grande poeta......
Beijo
Provavelmente Eugénio de Andrade viu algumas na Foz do Douro; tal como Nobre em Leça da Palmeira. Locais por onde elas abundam; e, de facto, bem se distinguem das outras, talvez suas primas...
ResponderEliminarDo mais... é um prazer (re)ler Eugénio de Andrade!
abraço, amiga.
jorgesteves
www.tintapermanente.pt
Fernão Capelo Gaivota
ResponderEliminarÉ uma espécie diferente.
Arrisca, dá boa nota,
Compete com toda a gente
E vence, todo contente,
Com a sua cambalhota.
Beijos
SOL
Belo regresso ao nosso Eugénio
ResponderEliminarBelos versos! Quando vejo programas que mostram aves, peixes, e mesmo animais que estão migrando para lugares distantes de seu habitat usual, fico pensando sobre as alterações havidas na natureza e que estão a provocar o fato. A foto ficou ótima e desconhecia essa gaivota. Por certo vai se encantar com o que ora vê por aí. Bjs.
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