Canção Dos rapazes da Ilha
Eu sei que fico.
Mas o meu sonho irá
Levado pelo vento, pelas nuvens, pelas asas.
Eu sei que fico
Mas o meu sonho irá ...
Eu sei que fico
Mas o meu sonho irá
Nos frutos, nos colares
E nas fotografias da terra,
Comprados por turistas estrangeiros
Felizes e sorridentes.
Eu sei que fico mas o meu sonho irá ...
Eu sei que fico
Mas o meu sonho irá
Metido na garrafa bem rolhada
Que um dia hei de atirar ao mar.
Eu sei que fico
Mas o meu sonho irá ...
Eu sei que fico
Mas o meu sonho irá
Nos veleiros que desenho na parede.
Aguinaldo Fonseca
Cabo Verde
Cabo Verde
»»»»»
A saudade do ilhéu, querendo partir mas ter de ficar, mas acabando sempre por voltar quando sai. Confinado na sua ilha, ei-lo a querer correr mundo, nem que seja em sonhos, porquanto, para os sonhos não existem fronteiras. E, neles, os veleiros desenhados na parede, a garrafa bem rolhada atirada ao mar, cumprem a sua missão: O meu sonho irá...
Desejo-vos uma excelente semana.
Olinda
»»»»»»
Fonte, poema e imagem:Lusofonia Poética
(Obrigada, Mara)
Os nossos sonhos são muitas vezes levados pelo vento, pelas nuvens, pelas asas.
ResponderEliminarBeijinho
ResponderEliminar:)
Incontáveis são os caminhos...
Abç
Olinda
Por vezes, a nossa mente é a nossa ilha. Se quisermos o mundo é nosso, em sonhos ou não. Lindo poema!
ResponderEliminar
ResponderEliminarBelas as tuas palavras, Carina. Eu não saberia dizer melhor...
Bj
Olinda
OI OLINDA!
ResponderEliminarENTENDI COMO O ORGULHO PELA TERRA A QUAL NÃO SE QUER DEIXAR, MAS, SE É FELIZ POR SABER QUE SUAS BELEZAS SÃO LEVADAS A OUTROS MUNDOS...
LINDO DEMAIS.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
EliminarSim,Zilani, rasgar fronteiras e testar os nossos limites em contacto com outros mundos, poderá ser aliciante...
Bj
Olinda
Como dizia o poeta nenhum homem é uma ilha, mas há homens que trazem as ilhas no coração e na mente. Mesmo quando estão longe.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
EliminarÉ o que se verifica quando mesmo longe do nosso rincão, continuamos fechados num mundo nosso, muitas vezes dificultando o intercâmbio com os outros,não é?
Bj
Olinda
Não há fronteiras para o sonho; ele irá até onde quisermos e liberdade de sonhar toda a gente a tem; os trabalhadores do Bangladesh trabalham em regime de quase escravatura, sem liberdade para reivindicarem pelos seus direitos, mas têm a liberdade toda para sonharem e voarem em pensamento até aqueles países magníficos que os exploram. Espero que as promessas não fiquem por isso mesmo e que os poderosos comecem finalmente a entender que não podem viver à custa da miséria dos outros. Fiquei contente por essa tardia tomada de consciência, mas ainda é cedo para comemorações. Vamos lá ver se avança essa tal fiscalização. Um beijinho, Olinda e obrigada por essa boa notícia e também por este belo poema.
ResponderEliminarEmília
EliminarQuerida Emília
Realmente, a liberdade de pensamento alimenta-nos o espírito e ampara-nos em horas dificeis.
Concordo, com o que dizes. Apesar da abertura mostrada pelos responsáveis em relação aos trabalhadores do Bangladesh, ainda é cedo para se cantar vitória.Como a iniciativa se deveu em reacção à tragédia,há sempre o perigo de a mesma arrefecer. Esperemos que não...
Bjs
Olinda
É preciso partir, é preciso ficar...destino da terra caboverdiana. Hora di bai...
ResponderEliminarÉ um belo poema.
Grata por ler-te, minha amiga.
beijinho
EliminarQuerida Ana
Hora di bai ê hora di dor... Um destino imposto pela secura das ilhas, pela falta de perspectivas de vida para um povo amorável, hospitaleiro. Outrora quase um êxodo mas ainda preocupante, no presente.
Bj
Olinda
É um bonito poema, de um povo sonhador...
ResponderEliminarEles veem beber cultura....mas acabam voltando,para
engrandecer a sua Terra...
Abraço
Um belo poema cheio de ambiguidades, desejos de ir, e tendo que ficar; e o mundo que vêm e que vai em cada veleiro desenhado na parede dos sonhos!
ResponderEliminar(Eu mato as minhas saudades de Cabo Verde, escutando as músicas e conversando com meus amigos de lá...)
Beijos, amiga!
;))
Esse poema se refere a que ??
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