sábado, 6 de junho de 2015

O desconcerto do mundo



Uma passadinha por aqui apenas para vos desejar um bom fim de semana e, de caminho, referir o que das minhas leituras de ontem mais me chamou a atenção:

5 de Junho - Dia Mundial do Meio ambiente, instituído na Conferência das Nações em Junho em 1972. Um tema que, pela sua importância na nossa vida, merece toda a nossa atenção. Vide aqui a Declaração sobre o meio humano produzida na altura;

A A.D.S.E. foi transferida para o Ministério da Saúde. Como sabem pertencia ao Ministério das Finanças. O futuro dirá se os beneficiários sairão beneficiados com esta mudança;

Entra-nos, todos os dias, pela casa dentro a novela sobre o futebol nacional e não só. Apesar de todos os pesares conservo intacta a capacidade de me espantar. Daí o meu espanto por tudo o que oiço e leio e vejo.

Do grande Camões estas palavras dedicadas ao desconcerto do mundo:

Os bons vi sempre passar
no mundo graves tormentos;

e, para mais m´espantar,

os maus vi sempre nadar

em mar de contentamentos.

Cuidando alcançar assim

o bem tão mal ordenado,

fui mau, mas fui castigado:

Assi que, só para mim

anda o mundo concertado.



Reitero os meus votos de um bom fim de semana.

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Poema trazido de aqui
Imagem de aqui

18 comentários:

  1. ♩♬ه° ·.

    Bom fim de semana!
    Beijinhos.
    ♬♪ه° ·.

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  2. Para o pobre o mundo está sempre concertado. Para os ricos, ele não existe.
    Um abraço e bom fim de semana.

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  3. Fantástico Camões lírico:)

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  4. Jesus (o Jorge)

    regressou aos pregos
    para nossa salvação

    Bj

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  5. Seja bem-vinda.....Sempre jovem...Camões
    Bom Domingo
    beijo

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  6. É como dizes, exactamente.
    Também, «Só, para mi/anda o mundo concertado».
    Bom fim-de-semana, minha querida amiga.

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  7. Camões, mais actual e interventivo que nunca.
    Será que "alguém" irá fazer-lhe uma referência na "oração" do Dia de Portugal?
    É que "[...] os maus vi sempre nadar
    em mar de contentamentos[...]"...



    Beijos


    SOL

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  8. Não conhecia estas palavras do nosso Camões, apesar de o ter estudado bastante, mas é isso o que pensamos, que aos maus nada acontece e aos bons parece que tudo de mal lhes aparece. É comum dizer-se " esta pessoa era tão boa...morreu com tanto sofrimento; há pessoas tão más e aí continuam firmes e saudáveis ". Claro que não é isso, mas muitas vezes temos essa sensação. Olinda ter a capacidade de ainda nos espantarmos com os desconcertos do mundo é muito bom; é sinal de que ainda não nos deixamos contaminar por esses absurdos enormes. Beijinhos, amiga e desejo-te uma boa semana, sempre com muitos espantos tanto pelas coisas absurdas quanto pelas maravilhosas que, felizmente ainda acontecem. Fica bem!
    Emília

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  9. Devemos pensar acima de tudo no nosso meio ambiente querida Olinda, este sim, necessita de nós, de nosso cuidado, está de mal a pior e gritando socorro. Basta termos olhos e ouvidos para sentir e escutar. A natureza é nossa vida!
    Beijos querida.

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  10. Olá, Olinda.
    Curioso que, ainda noutro dia, numa roda de "indignados", um lembrou-se desse poema de Camões e do quão "atual" parece a quem o ouve hoje, pela situação que vivemos e pelo descalabro que presenciamos...

    bj amg

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  11. Nada mais atual do que este Poema de Camões para ser recordado neste Dia 10 de Junho, Dia de Camões!

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  12. ~~~
    ~ ~ O IDH continua em estado regressivo em Portugal. ~ ~
    ~ Ambiente, saúde, educação, cultura são luxos destinados
    ao corte, a favor dos poderosos, visto que só para eles
    ~~~~~~~~~ «anda o mundo concertado».

    ~ Demasiado 'imperfeitos', hoje, os sorridentes pavoneiam
    o seu patético contentamento. perante a vã consternação da
    Lusa Nação que - mansa e dócil - suporta graves tormentos.

    ~~~~~ Abraço amigo ~~~~~
    ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

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    1. Olá, Majo

      Contente com o seu regresso ao nosso convívio. :)
      Desejo que as suas férias tenham sido agradáveis e revigorantes.

      Bj

      Olinda

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  13. Os versos de Camões são perfeitos para a atualidade, em todo o mundo. E temos que consertá-lo a partir de nós próprios. Bjs.

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  14. Como entendo a sensação de injustiça do poema de Camões!
    Beijinhos

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  15. Parece que é um mal que atravessa os tempos, ou os tempos cá em Portugal, se já Camões sofria com isso!
    Beijinhos :)

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